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Mulheres de presos na Cepis denunciam descarte de alimentos e materiais de higiene

Esposas, mães e irmãs de detentos da nova unidade prisional de Itaitinga fazem ato contra descarte de objetos enviados. As mulheres alegam ainda que os presos foram agredidos em vistoria desta semana. Sejus disse que vai apurar supostas ilegalidades
12:33 | Dez. 01, 2016
Autor Amanda Araújo
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Tipo Notícia

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Mulheres protestaram na manhã desta quinta-feira, 1º, em frente ao Centro de Execução Penal e Integração Social Vasco Damasceno Weyne (Cepis), no complexo prisional de Itaitinga II, na BR-116. As esposas e mães dos detentos da unidade prisional denunciam descarte de alimentos e materiais de higiene levados por elas, além de maus tratos contra os presos durante vistoria.

Uma das esposas, que preferiu não se identificar, contou que os alimentos e materiais foram jogados no lixo por agentes do Grupo de Apoio Penitenciário (GAP), nessa quarta-feira, 30. "Uma mãezinha ainda encontrou a sacola que tinha levado a bermuda do filho. Mandaram o caminhão recolher tudo bem rápido quando viram a gente fotografando", disse ao O POVO Online.

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Por volta do meio-dia, as manifestantes interditaram a BR-116 no km 27, sentido crescente. Uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi deslocada para o local, e a pista só foi liberada às 13h15min.

Uma outra manifestante informou ainda que, na terça-feira, 29, houve uma vistoria que resultou em agressões contra os detentos. "O diretor falou que essa vistoria era da Secretaria da Justiça para fazer uma limpa", afirma.

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A Secretaria da Justiça do Estado (Sejus) informa que será instaurado procedimento administrativo para apurar a ocorrência de alguma ilegalidade na vistoria realizada.

A secretaria respondeu ainda que as vistprias ''são parte da rotina penitenciária", e "cada unidade tem um dia específico para recebimento de materiais, que seguem especificações publicadas em portaria''.

O novo presídio foi anunciado pela Sejus como uma das medidas para contornar a superlotação do sistema carcerário do Estado. Atualmente, 1.500 presos estão recolhidos na Cepis.

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