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Maior unidade prisional do Ceará é inaugurada nesta sexta-feira

Cepis, em Itaitinga, deve contribuir para reduzir superlotação no sistema prisional. A unidade tem capacidade para 1.016 internos
21:23 | Nov. 11, 2016
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Foi inaugurado na tarde desta sexta-feira, 11, o Centro de Execução Penal e Integração Social Vasco Damasceno Weyne (Cepis), no complexo prisional de Itaitinga II, na rodovia BR-116, Região Metropolitana de Fortaleza. Com capacidade para 1.016 internos, o presídio é o maior do Estado.

 [SAIBAMAIS]

O governador Camilo Santana afirmou, na solenidade de inauguração do equipamento, que espera zerar o número de detentos nas delegacias do Estado. "Até pouco tempo atrás, nós tínhamos 1.300 presos nas delegacias. Com a inauguração dessa unidade, a nossa meta é zerar o número de presos nas delegacias até o final do ano".  O Cepis é destinado a presos que cumprem sentença penal condenatória em regime fechado.

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Nos mais de 13 mil m² de área construída da unidade, há 180 celas, alojamentos, pavimento térreo com seis galpões, salas de atendimento aos familiares e internos, parlatório, duas quadras poliesportivas cobertas e oito solários. A obra foi financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e custou R$ 26,3 milhões.

 

Os galpões da unidade prisional serão ocupados por indústrias. As empresas privadas montarão unidades oficinas de trabalho. No momento, três já estão ocupados com as têxteis D’Noite e Vicunha Têxtil, além da  produtora de artigos esportivos Siker.

 

Além do trabalho, a Coordenação de Inclusão Social do Preso e do Egresso da Sejus (Cispe) leva ao Cepis diversos projetos de capacitação, beneficiando 600 internos com oficinas de trabalho e projetos. Os internos do Cepis também terão acesso a aulas de informática e projeto de incentivo à leitura, além do ensino básico de níveis fundamental e médio.

 

O novo presídio foi anunciado pela Sejus como uma das medidas para contornar a superlotação do sistema carcerário do Estado. Durante a crise nos presídios entre maio e julho deste ano, quando foram registrados casos de rebeliões e assassinatos, o titular da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), secretário Hélio Leitão, apontando a superlotação como “o grande complicador de qualquer gerência prisional”.

 

O Centro de Execução Penal e Integração Social se chama Vasco Damasceno Weyne em homenagem ao ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE). O jurista foi professor de direito, diretor geral do Sistema Penitenciário e procurador-geral do Estado. Ele faleceu em 2012, aos 81 anos.

Redação O POVO Online

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