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Homem denuncia perfil falso com ameaças a policiais criado no nome dele

Imagens viralizaram nas redes sociais. João Carlos Nobre chegou a prestar queixa em uma delegacia
15:40 | Jul. 21, 2016
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Tipo Notícia

O auxiliar de pedreiro João Carlos Nobre, de 22 anos, desde a terça-feira, 19, só anda na rua com a cópia de um boletim de ocorrência (B.O) que fez na Delegacia de Chorozinho, a 40 quilômetros de Fortaleza. É uma forma de se resguardar, no "desespero grande" que vive com a família desde que viralizaram na Internet ameaças a policiais contidas em prints de um perfil no Facebook atribuído a ele.

As imagens mostram o que seria uma publicação no site de relacionamento com os dizeres: "policial bom é policial morto!", acompanhado de trechos de músicas dos grupos de rap E-509 e Racionais MC — veja ao lado. Na discrição do perfil, há menções a facções criminosas. Na capa do perfil, uma foto do Coringa, personagem da série de quadrinhos e filmes Batman, que virou símbolo de assassinos de policiais. A imagem foi feita a partir de uma conta criada por uma pessoa que João Carlos ainda não sabe quem é. Já na quarta-feira, 20, o perfil falso havia apagado as imagens de perfil e capa. Nas imagens, é possível ver as configurações de edição do perfil, o que indica que o autor do print é o dono da conta.

O print foi compartilhado em uma página destinada a publicar ocorrências policiais, que conta com mais de 300 mil seguidores. Segundo o que o administrador da página contou a João Carlos, a publicação foi feita após dezenas de mensagens com o print terem sido enviados à página e ao grupo dela no aplicativo para celulares WhatsApp. A publicação foi apagada ainda nesta quarta-feira, 20.

Em uma outra página, a imagem dele é atrelada a de um homem assassinado na terça-feira, 19, no bairro Pirambu, momentos após ser liberado do 7º Distrito Policial (7º DP). José Lúcio Santos foi morto por um homem ainda não identificado, em uma moto, logo após assinar Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por porte de uma pequena quantidade de maconha.

João Carlos Nobre diz temer ser reconhecido como o autor dessas publicações. Além de prestar queixa na polícia, ele diz que irá buscar ajuda judicial e veículos de comunicação para explicar o caso, já que, mesmo que o perfil falso tenha sido descaracterizado, os prints continuam a viralizar, principalmente em grupos do WhatsApp.

 

Redação O POVO Online

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