Cartazes fazem alerta de insegurança em delegacias de Fortaleza e RMF
Alertas foram fixados pelo Sinpol devido às fugas e superlotação das unidades. No 2º DP, pelo menos oito cartazes estão fixados nos arredores da delegaciaO Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Ceará (Sinpol) fixou cartazes com alertas de insegurança nas paredes do 2º, 34º, 7º, 30º distritos policiais e na Delegacia de Maracanaú. Os avisos deixam algumas pessoas temerosas e dizem: “Cuidado. Área Perigosa. Fuga de Presos”.
“Queremos alertar à população que temos delegacias que são verdadeiras bombas relógios. Tem 43 presos onde não cabem nem 10”, diz a vice-presidente da entidade, Ana Paula Cavalcante.
No 2º DP, na rua Costa Barros, pelo menos oito cartazes estão fixados nos arredores da delegacia. A última fuga no distrito foi em outubro de 2015, quando 10 detentos escaparam. Apesar disso, a inscrição deixa a técnica de enfermagem Natália Girão, 45, que mora no Mucuripe, ainda mais temerosa. “A gente sempre anda com aflição. Quando vê escrito isso, o medo aumenta”, diz.
Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Civil afirmou que reconhece o problema gerado pelo elevado número de presos e diz que busca meios para minimizar o problema.
Na madrugada do último sábado, 2, 14 detentos conseguiram escapar do 3º Distrito Policial, na avenida Bezerra de Menezes. Na última segunda-feira, 27, 12 presos fugiram do 20º Distrito Policial, em Maracanaú.
No sábado passado, foram cinco detentos que escaparam do 8º Distrito Policial, no José Walter, após serrarem as grades da unidade.
Veja a nota da SSPDS, na íntegra:
''A Polícia Civil do Estado do Ceará informa que ações estão sendo desenvolvidas visando a diminuição da população carcerária nas delegacias. Para traçar estratégias e desenvolver um trabalho nesse sentido, reuniões são realizadas na Chefia do gabinete do governador com representantes das Secretarias de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) e representantes do Poder Judiciário e Ministério Público.
A Polícia Civil reconhece o problema gerado pelo elevado número de presos, principalmente nas Delegacias de Polícia da capital e Região Metropolitana, buscando meios de tentar minorar o problema.
Com o advento da nova legislação de Serviço Extraordinário, recentemente sancionada, foram reforçadas as permanências afim de tentar evitar fugas e fornecer uma maior segurança''.
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Assineinformações da repórter Angélica Feitosa