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Operadoras do Ceará se posicionam contra os planos de Internet limitada

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) afirmou ao O POVO Online, por meio da assessoria, que a interferência em mudanças é "mínima" e que as empresas são livres para oferecer os planos de banda larga
18:58 | Abr. 15, 2016
Autor Rubens Rodrigues
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Rubens Rodrigues Repórter do OPOVO
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Tipo Notícia
A oferta de novos planos limitados para banda larga fixa mobilizou os consumidores nas últimas semanas. Após o anúncio da Vivo em reduzir ou cortar o acesso de usuários na região sudeste no fim da franquia e da criação de um abaixo-assinado contra o limite de dados, o ministro das Comunicações, André Figueiredo, recomendou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) adote medidas contra práticas abusivas das empresas.
 
Na contra-mão da tendência nacional, as empresas que operam na capital cearense se posicionaram contra o limite de dados. O coordenador de marketing da Multiplay, Júnior Oliveira, disse que a empresa "não é obrigada" a aceitar as novas diretrizes. "Não queremos impor ao nosso cliente um modo de se usar a Internet. Esse serviço é dele, e ele o utiliza da forma que quiser e, principalmente, o quanto quiser", defendeu. 
 
A empresa vai expandir o atendimento, a partir do próximo mês de junho, aos bairros José Walter, Maraponga, Alagadiço Novo, Jardim Cearense, Eusébio e Aphaville. Mais cinco fases de expansão serão realizadas até o próximo ano. "Seria totalmente contraditório num momento como este impor ou modificar a forma de utilizar a internet quando nossa previsão é oferecer mais velocidade para os atuais e futuros clientes da Multiplay", afirmou o coordenador.
 
O sócio diretor da Mob Telecom, Sayde Bayde, também se posicionou contra a mudança dos planos. "Consideramos um retrocesso esta discussão, além de ser prejudicial para o desenvolvimento da Internet em geral", disse. Bayde comentou ainda que aplicativos de mensagem instantânea, como o WhatsApp, favorecem o crescimento do acesso à rede. 

A Net já trabalha com os planos que limitam o acesso do usuário, como acontece com as franquias de Internet movel. Por meio da assessria, a empresa informou que não houve qualquer alteração recente nas políticas e características de banda larga e que os clientes podem conferir tudo que está previsto em contrato. "Com a franquia, a Net consegue dimensionar adequadamente sua rede e oferecer a seus clientes sempre as maiores velocidades e os melhores preços".  
 
Para o diretor regional da Vivo Nordeste, Renato Pontual, colocar "regras de uso é justo" porque permitirá reduzir os custos de clientes que utilizam volume de dados abaixo da média. "Mas aqui no Nordeste decidimos não alterar nada, até dezembro de 2016. Apenas em 2017 é que vamos avaliar esse tema na região". Já a Oi informou que trabalha com planos de banda larga fixa limitada, mas que não pratica redução de velocidade após o fim da franquia, "embora o regulamento de ofertas preveja a possibilidade". 
 
A assessoria de imprensa da Anatel esclareceu ao O POVO Online que as empresas de telefonia têm liberdade para oferecer diferentes planos e que, caso os clientes não concordem com as possibilidades, "podem mudar de operadora". É necessário, portanto, que as companhias respeitem as diretrizes previstas em contrato, além de avisar com, no mínimo, 30 dias de antecedência qualquer mudança.
 
Redação O POVO Online

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