Prefeito não descarta a situação e afirma que falta de carteiras está sendo investigada
Roberto Cláudio disse que as denúncias podem ter sido "criadas". Ele garantiu que caso é exceção e que, caso a veracidade seja comprova, a Prefeitura irá arcar com as consequênciasO prefeito Roberto Cláudio (PDT) disse não descartar a possibilidade de falta de carteiras para alunos da Escola Municipal Waldemar Barroso, no bairro Serrinha. Segundo ele, a Prefeitura está apurando se a situação foi “criada”. As crianças foram fotografadas no primeiro dia letivo, na última quarta-feira, 27, sentados no chão.
“Vamos investigar pontualmente cada uma dessas circunstâncias para saber se, de fato, houve. Não é para haver nenhuma”, disse o prefeito. Caso seja comprovada a veracidade do problema, ele garantiu que a Prefeitura irá responder pela falta de carteiras, “uma que seja”, afirmou.
Roberto Cláudio reforçou o que foi dito ao O POVO pelo secretário da Educação, Jaime Cavalcante, ao classificar a situação como “pontual”. O coordenador do Distrito de Educação da Regional IV, Fred Secundino Gomes, também comentou o caso. Para ele, o professor responsável errou ao não propor outra metodologia pedagógica que não precisasse apoiar os livros e cadernos sobre as cadeiras.
O coordenador afirmou ainda que não havia falta de materiais. “Havia cadeiras para eles sentarem, como se vê na foto”, argumentou. Ele disse ainda que a escola recebeu cadeiras e mesas no mesmo dia das denúncias.
%2b Confira na íntegra a entrevista com o Prefeito Roberto Cláudio
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MPCE solicita informações da SME
Em nota divulgada na tarde desta sexta-feira, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) informou que a 6ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude enviou ofício à Secretaria Municipal de Educação (SME) solicitando para Jaime Cavalacante, titular da pasta, justificativas para o caso.
No ofício, o promotor Luciano Tonet explica que deixar uma sala de aula lotada sem que os alunos possam se sentar fere o princípio de proteção integral de crianças e adolescentes. O prazo para que as justificativas sejam enviadas à promotoria é de dez dias.
“O fato pode ser considerado, conforme os direitos preconizados no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) como violadores dos direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes, quer seja em suas dignidades, quer seja no seu direito a uma educação de qualidade”, destaca o promotor.