Atualizado às 15h40min

Cerca de 50 pessoas, em sua maioria mulheres, protestam nas cercanias do Palácio da Abolição, na manhã desta quinta-feira, 24. O Movimento Organizado de Trabalhadores Urbanos e Rurais (Motu) exige a entrega de 400 apartamentos, parte do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), na Cidade Jardim, no conjunto Prefeito José Walter. Por causa do protesto, as vias em torno à sede do Governo do Estado estão bloqueadas.

Uma comissão do movimento espera debater essas reivindicações junto ao assessor de Acolhimento aos Movimentos Sociais, Acrísio Sena, que, neste momento, reúne-se com vigilantes — também em manifestação. Além da entrega das moradias, os manifestantes pleiteiam melhora na infraestrutura para a Cidade Jardim. Em um megafone, ativistas queixavam-se da falta de creches, escolas, transporte urbano, centro cultural, bibliotecas, lavanderias e usina para trato de material reciclável — o que daria emprego a catadores lá residentes.

Moradores da Cidade Jardim ainda falaram ao O POVO Online que as contas de água e eletricidade veem, em média, duas ou três vezes acima do preço comum, entre R$ 200 e R$ 300.

Os manifestantes também endossam defesa ao MCMV, repudiando retirada de recursos do projeto. “Queremos que o Minha Casa, Minha Vida seja ampliado”, afirmou Eliane Almeida, diretora do Motu. “Não aceitamos retirada de direitos", completa.

Cerca de 30 homens das polícias Militar (PM) e a Rodoviária Estadual (PRE) estão no local. Nenhum confronto foi registrado no local até às 11h, mas os manifestantes queixavam da presença da polícia. “Não precisava dessa recepção”, disse Eliane Almeida.

Nota da Secretaria das Cidades

Em nota enviada às 15h30 desta quinta-feira, a Secretaria das Cidades afirmou que ao todo 500 famílias estão sendo atendidas por meio de apartamentos no residencial Cidade Jardim.

"100 famílias já tiveram seu imóvel entregue no módulo 2 do residencial e as 400 restantes serão atendidas no módulo 4 do empreendimento. A conclusão da quarta etapa está prevista para o primeiro trimestre de 2016", diz a nota.

Segundo o documento, foi feito contato com a Cagece a respeito de possíveis irregularidades na cobrança de contas de água, mas não foram identificadas "anormalidades no faturamento".