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Edifício Sul America, com obra embargada, funciona normalmente

Parte do piso do 4° andar do prédio cedeu e funcionários temem acidentes. A reforma realizada no 6° andar do edifício está embargada desde junho

11:35 | 21/07/2015

O Edifício Sul América, localizado no bairro Centro, funciona normalmente na manhã desta sexta-feira, 21,  e não há risco iminente de desabamento, conforme a Defesa Civil do município. Uma ocorrência no 4° andar do prédio, quando cerâmicas de um banheiro feminino caíram, deixou os funcionários apreensivos na tarde da última quinta-feira, 20. Uma reforma realizada no 6° andar está embargada e deve ser fiscalizada, novamente, durante a noite.

Segundo a Defesa Civil, uma equipe de fiscais visitou o prédio durante a manhã e houve interdição parcial de algumas salas, mas o local foi liberado. “O que aconteceu no 4° andar foi que a cerâmica do banheiro soltou, mas não tem relação nenhuma com a obra. A reforma está parada há mais de dois meses por falta de alvará. Notificamos a empresa responsável pela obra para retirar os entulhos e evitar riscos na estrutura”, explicou o coordenador especial de proteção e Defesa Civil do Município, Cristiano Férrer.

De acordo com a Secretaria de Regional Centro, a obra estava irregular e não tinha autorização da Secretaria do Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma). A assessoria da pasta explicou ao O POVO Online que houve demolição de paredes durante a reforma, e dois fiscais devem ir ao prédio, novamente, na noite desta sexta-feira, 21.

Um funcionário do prédio, que preferiu não se identificar, disse que os funcionários ficaram em pânico na tarde de quinta-feira, 20. “Ligamos pra Prefeitura e disseram que era com a Defesa Civil, que disse para chamar o Corpo de Bombeiros. Só deu certa a visita porque uma das funcionárias do 4° andar tinha um familiar na prefeitura”, critica.

A fonte disse ainda, que apesar da obras estar embargada – também após denúncias de funcionários – ,a reforma continuava durante a madrugada. “Os trabalhadores continuavam a obra até de manhã e desciam os entulhos bem cedo. A gente tem medo, no 6° andar tinha paredes todas derrubadas”, avalia.

Reforma interna
O superintendente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), Modesto Cavalcante, explicou que a reforma interna do 6° andar do edifício foi registrada por um engenheiro civil, contratado pelo proprietário do andar. “Como determina a lei, o engenheiro civil se comprometeu a acompanhar a obra. Ele é o responsável técnico, mas hoje mesmo já solicitamos um técnico de avaliação estrutural do edifício. O objetivo é tranquilizar a sociedade, pois nossa preocupação é com a segurança”, detalhou ao O POVO Online.

Modesto destaca, no entanto, que o Crea é responsável pela fiscalização do exercício profissional, mas cabe à Prefeitura averiguar riscos da reforma. “Qualquer obra ou serviço de engenharia precisa ser registrada no Crea para sabermos que é acompanhada por profissional habilitado”, completa.

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