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Professores de universidades estaduais querem entregar documento a Camilo

Docentes querem aproveitar o seminário "Os 7 Cearás" para entregar para o governador eleito Camilo Santana propostas de políticas públicas para a categoria
16:50 | Dez. 03, 2014
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Durante a programação do seminário "Os 7 Cearás", última etapa de planejamento participativo do programa de governo do governador eleito Camilo Santana - que iniciou neste terça, 2, e termina quinta, 4, no Centro de Eventos - professores representantes dos sindicatos das universidades estaduais - Universidade Estadual do Ceará (Uece), Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA) e Universidade Regional do Cariri (Urca) - pretendem, em encontro com o Camilo, vai entregar um documento com propostas e reivindicações da categoria. Ainda em campanha eleitoral, no dia 15 de outubro, Camilo recebeu docentes e firmou compromisso de realizar concursos públicos para as universidades estaduais.

Leia aqui o documento

"Entregar essa proposta no seminário é manter o diálogo aberto e fazer com o que o governador defina em seu plano de governo uma política voltada para esse setor", comenta o presidente do Sindicato dos Docentes de Uece (Siduece), professor Célio Coutinho. O presidente afirma que as propostas já foram entregues a vice-governadora Izolda Cela e ao coordenador do plano de governo Eudoro Santana. "Esperamos entregar ao governador até o final do seminário", afirma.

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O documento apresenta demandas emergenciais e de médio e longo prazo e é assinado de forma unificada pelo Sinduece, o Sindicato do Docentes da Urca (Sindurca) e o Sindicato dos Docentes da UVA (Sinduva). "Pedimos uma política que possa fortalecer a autonomia das universidades, com financiamento público e um repasse de pelo menos 5% da arrecadação. E a questão-chave é a realização de concurso público imediato', comenta Coutinho. De acordo com a vice-presidente do Sindiuva, Luiz Pontes, o déficit de professores nas três universidade é de 409 docentes.

Pontes ainda destaca pontos particulares que dizem respeito a UVA. "Partimos de questões em comum, mas cada universidade apresenta reivindicações próprias. No Caso da UVA, em 2014 recebemos apenas um terço do custeio destinado, por exemplo, a Urca; não temos sede própria e as eleições para reitor são indiretas", enumera.

Greve

Há 76 dias em greve, os docentes, segundo Coutinho, esperam a retomada das negociações. “Queremos que o governo apresente propostas concretas e que as negociações possam avançar”, opina Coutinho.

Demandas emergenciais apresentadas pela proposta dos sindicatos

- Realização de concurso público para professor efetivo, com edital para uma primeira etapa emergencial em tempo de atender as necessidades de funcionamento das Instituições Estaduais de Ensino Superior (Iees) no primeiro semestre letivo de 2015.1.

- Estabelecimento de calendário de certames com vistas à reposição das carências de pessoal docente e técnico e administrativo das Iees.

- Compromisso com a continuidade das melhorias já consignadas como fruto das últimas conquistas do movimento, como: a Lei de Regulamentação da Carreira de Professor Associado, aditivo à licitação da obra de expansão e modernização da Facedi/Uece, inclusive com a implantação do novo curso de graduação desta faculdade já acordada com o atual governo (22 vagas de professor efetivo), manutenção da verba da assistência estudantil, nomeação dos 31 professores concursados e convocados da Urca, UVA e Uece, realização de concurso para técnico-administrativo das Iees.

- Realização de audiência com as entidades representativas das comunidades universitárias na primeira semana do novo governo, com a finalidade de discutir os encaminhamentos dos itens assumidos na Carta Compromisso de 22 de outubro do ano em curso.

 

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