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Polícia desarticula quadrilha de tráfico que levava materiais ilícitos aos presídios do Ceará

Dois homens e duas mulheres foram presos. Os objetos eram introduzidos no corpo das acusadas e também chegavam aos presos por intermédio de funcionários das cadeias
13:55 | Set. 12, 2014
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Dois homens e duas mulheres, envolvidas em uma quadrilha de tráfico de drogas, foram presos nesta semana, em operação da Polícia Civil. Ao todo, foram apreendidos 75 celulares, baterias, crack, cocaína e maconha, que seriam levados pelas mulheres a detentos recolhidos em presídios do Estado, segundo investigação da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD).

A primeira prisão ocorreu na noite da última quarta-feira, 10, na avenida Edson Mota Correia, no Centro de Caucaia, 15,8 km de Fortaleza. Foram presos Matheus Oliveira Amora da Silva, 20, conhecido como “Pepeu”, que responde por receptação e formação de quadrilha; e Adriano Carlos de Menezes, 42. Com eles, foram apreendidos 50 kg de maconha, um veiculo Kia Picanto de cor vermelha e uma quantia de R$2.357.

De acordo com o delegado Pedro Viana, Adriano fornecia a droga para “Pepeu”. Após denúncias anônimas, a Polícia descobriu que mais drogas estavam sendo guardadas por “Pepeu” na casa de uma mulher, identificada como Morgania de Lima Nóbrega, 28. Ela e outra mulher, Claudenia de Sousa Oliveira da Silva, 26, levariam drogas e aparelhos para os detentos. Morgania, que já responde na Justiça pelo Art. 384 (introduzir celular em presídio), foi capturada na rua 27, no Jereissati II, em Maracanaú.

[SAIBAMAIS 2] Claudenia foi presa em uma casa na rua Desembargador Gomes Parente, na Parangaba, em Fortaleza. Com as acusadas, foram apreendidos 1.094g de crack, 548g de cocaína, além de 90 chips, 75 celulares, 20 baterias, 30 fones de ouvido, balança de precisão e uma garrafa pequena de whisky. No local, também estavam celulares embalados em papel filme, que conforme o delegado, seriam levados para presídios, principalmente o CPPL I, em Itaitinga. Os objetos eram introduzidos no corpo das acusadas e também chegavam aos presos por intermédio de funcionários das cadeias.

Alguns dos objetos embalados, ainda segundo o delegado, possuíam as iniciais dos presos, como “Pi”, “Fe” e “T”. Estavam também separados e embalados para introdução uma talhadeira e uma serra amarela. Ainda não há informação sobre os funcionários envolvidos na ação. “Um celular na mão de um preso se transforma em uma arma, com a qual ele pode cometer crimes e comandar ações como sequestro relâmpago, homicídios, extorsão, aplicação de golpes. Tudo ordenado de dentro do presídio”, avalia Pedro Viana.

Redação O POVO Online com informações do repórter Thiago Paiva

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