Hospital de Messejana realiza ''maratona'' de transplantes
O Hospital do Coração, em Messejana, realizou uma verdadeira maratona de transplantes. O primeiro começou às 20h desta terça-feira, 16. O transplantado foi um homem de 38 anos, que aguardava um coração há três meses.
Durante o transplante, a equipe recebeu a notícia que outro coração estava disponível. A luta contra o tempo começou mais uma vez, já que o coração precisa ser retirado do corpo do doador e colocado no transplantado num curto período de tempo. Dessa vez, a beneficiada foi uma mulher de 44 anos, que estava na fila do transplante há uma semana.
Os pacientes estão em observação e só na manhã dessa quinta-feira, 18, será possível obter informações sobre o estado de saúde dos transplantados. Em 2014 o Hospital de Messejana realizou 14 transplantes, número abaixo do realizado em 2013 (30). Segundo a assessoria do hospital, a diminuição é causada pela mudança na legislação, que estipula idade máxima de 60 anos para o doador.
De acordo com a coordenadora da Central de Transplantes, Eliana Barbosa, após a confirmação de morte encefálica a equipe de médicos conversa com a família sobre a doação dos órgãos. “Muitas famílias pedem um tempo para pensar. Não interferimos nesse tempo, mas insistimos que quanto mais rápido for tomada uma decisão favorável, o transplante tem mais chances de ser bem sucedido,” explica.
A coordenadora enfatiza que a negativa das famílias é o principal motivo para a não doação de órgãos. “O Ceará é um dos estados com o maior número de famílias que não permitem a doação de órgãos dos parentes.”
Para um coração ser transplantado são levados em conta, entre outros fatores, o histórico do doador, compatibilidade sanguínea e proximidade de pesos. Atualmente o Ceará tem 13 pessoas na fila de espera por um coração.
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