Participamos do

''A justiça começou a ser feita'', diz irmã de pedreiro espancado e morto na Maraponga

Soldados do Ronda teriam confundido Francisco Ricardo Costa de Souza com um assaltante. Ele foi espancado e morto em fevereiro deste ano
14:29 | Set. 12, 2014
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

A notícia da expulsão de três soldados, acusados do espancamento e morte do pedreiro Francisco Ricardo Costa de Souza, no bairro Maraponga, foi recebida com alegria pela família da vítima. A irmã dele, Ana Cristina Costa Souza, 36, disse ao O POVO que eles vão continuar lutando para que os acusados sejam condenados pela Justiça Comum.

Ana disse que amigos da família informaram sobre a decisão da CGD após leitura do jornal. “A justiça começou a ser feita. Nós ficamos muito felizes. De certa forma, esse foi o segundo passo de uma caminhada. No primeiro, eles foram presos e indiciados. Agora, foram expulsos da Polícia Militar”, pontua Ana Cristina.

Francisco Ricardo foi assassinado há seis meses, no dia 13 de fevereiro, no bairro Maraponga. Confundido com um assaltante, ele foi espancado por PMs no meio da rua Francisco Glicério e, conforme o laudo pericial, teve edema cerebral, fratura em sete costelas do lado direito e seis do lado esquerdo, hematomas ou escoriações em braços, pernas, tórax, abdômen, perfuração do fígado, lesão pulmonar.

Confira depoimentos de familiares de Francisco Ricardo:

[VIDEO1]

[SAIBAMAIS 2] “A nossa luta continua. Hoje, porém, nós estamos revivendo aquela quinta-feira, apesar de ser sexta”, explica Ana Cristina. A expulsão dos PMs Washington Martins da Silva, Dennis Bezerra Guilherme e José Milton Alves Maciel Júnior, que integravam o Ronda do Quarteirão, foi publicada na edição de quinta-feira, 11, do Diário Oficial do Estado, validando a decisão da CGD.

O pedreiro tinha 41 anos, era divorciado e pai de cinco filhos. Sua morte teve repercussão na mídia e foi comparada ao “caso Amarildo”, no Rio de Janeiro, em que um ajudante de pedreiro foi preso na porta de sua casa e depois torturado por PMs.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

[FOTO2]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Redação O POVO Online com informações do repórter Thiago Paiva

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente