Feirantes da Sé e Guarda Municipal entram em conflito neste domingo
Foi solicitado o apoio do Batalhão de Choque, do Comando Tático Motorizado (Cotam) e da Polícia Militar (PM), já que a Guarda Municipal esgotou a munição no conflitoUm confronto entre feirantes e Guarda Municipal ocorreu por volta das 4h da madrugada deste domingo, 31, em frente ao Mercado Central, em Fortaleza. A confusão, que teve arremesso de pedras e foi revidada com balas de borracha, bombas de gás lacrimogênio e spray de pimenta, aconteceu enquanto os policiais davam apoio à ação fiscal da Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor), na avenida Alberto Nepomuceno.
De acordo com a assessoria da Guarda Municipal de Fortaleza (GMF), um primeiro conflito teria ocorrido por volta das 22h40min, quando um morador de rua interveio por um dos feirantes que tinha a mercadoria apreendida, jogando pedras e garrafas, lesionando um dos fiscais. A operação foi interrompida neste momento, e os fiscais dirigiram-se ao 34º Distrito Policial (DP) para registrar a ocorrência.
Ao retornarem ao local, já por volta das 3h da madrugada, a operação fiscal foi retomada. Foi então que o conflito maior começou, por volta das 4h, quando houve uma nova apreensão de material no comércio, e, segundo a assessoria da Guarda Municipal, um dos feirantes, conhecido como “Paulista”, alegando ter sido agredido, incitou a população a se revoltar contra os fiscais e a Guarda.
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AssineUm dos fiscais que esteve no meio do conflito, que se identificou como Paulo Emerson, afirma que houve quebra-quebra e uma saraivada de pedras e pedaços de madeira. Enquanto isso, os policiais da Guarda agiram com balas de borracha, spray de pimenta e gás lacrimogênio. O grupo de fiscais e a polícia tentaram se proteger no estacionamento do Mercado Central, que teve as grades arrancadas durante a confusão.
Ainda de acordo com Paulo, foi solicitado o apoio do Batalhão de Choque, do Comando Tático Motorizado (Cotam) e da Polícia Militar (PM), já que a Guarda Municipal esgotou a munição no conflito.
Um dos feirantes que também esteve no local, Simão Furtado, afirma que esse problema já acontece há bastante tempo, e confirma que a confusão ocorreu porque a população da feira se revoltou depois que uma senhora teve o material recolhido. Simão reforçou que os feirantes possuem permissão da Prefeitura de Fortaleza para permanecerem com o comércio até às 7h da manhã.
A situação só foi contida exatamente por volta das 7h da manhã, depois que o apoio policial dispersou os feirantes, e liberou os fiscais e os policiais da Guarda que permaneciam no estacionamento do Mercado Central.
Cinthia Freitas especial para O Povo
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