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Funcionários da Emlurb entram em greve por tempo indeterminado

Após a assembleia geral que decidiu pela greve, os trabalhadores seguiram para a Câmara dos Vereadores para tentar dialogar com os parlamentares
10:15 | Abr. 23, 2014
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Os trabalhadores da Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) entraram em greve por tempo indeterminado e paralisaram as atividades na manhã desta quarta-feira, 23. Após a assembleia geral que decidiu pela greve, os trabalhadores seguiram para a Câmara dos Vereadores para tentar dialogar com os parlamentares as reivindicações da categoria, que entre elas estão itens da campanha salarial 2014 e a melhoria nas condições de trabalho. A Câmara fará audiência para discutir a greve dos funcionários da Emlurb.

De acordo com o Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort), na assembleia foi aprovada uma programação que inclui, nesta quinta-feira, ato na Praça do Ferreira, a partir de 8h, com distribuição de carta aberta à população explicando as razões da greve, e sexta-feira, quando haverá nova assembleia geral na sede da Emlurb, às 8h, para avaliação do movimento e eventuais propostas da direção da Emlurb e Prefeitura.

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A categoria requer a distribuição de fardamento adequado, melhor estrutura e reforma nas sedes das Zonas Geradoras de Lixo (ZGLs) e material de trabalho. Segundo o Sindifort, muitos garis são transportados na ida e na volta para o trabalho sobre caçambas e junto com o lixo recolhido. O grupo ainda reivindica o direito ao recebimento diário de leite. De acordo com o Sindicato, a Prefeitura estaria há cinco meses sem realizar a distribuição aos trabalhadores.

Os garis também cobram o recolhimento do FGTS devido e a revisão do reajuste salarial. Segundo o Sindifort, a Prefeitura enviou o projeto à Câmara Municipal em 2013, com o reajuste dos salários do conjunto dos servidores e empregados em 5,7%. Porém, a categoria argumenta que a porcentagem está abaixo da média. De acordo com os trabalhadores, a inflação de Fortaleza, medida pelo IPCA, aumenta o valor para 6,8% e a média nacional chega aos 5,9%.

A categoria cita um suposto esvaziamento da Emlurb, com possibilidade de extinção do órgão, como outro motivo para a greve. De acordo com o Sindifort, a última contratação da Emlurb ocorreu em 1992 e, desde então, não há concurso público. Em setembro de 2013, o Sindicato esteve reunido com o presidente da Empresa, José Ronaldo Rocha Nogueira. Na época, diante da denúncia dos trabalhadores, ele afirmou que não é intenção da Prefeitura extinguir o órgão.
Outra questão abordada na pauta de reivindicações da categoria é a reforma da sede e subsedes da Emlurb. De acordo com os garis, a estrutura dos locais está danificada.

Procurada pela O POVO Online, a Emlurb que enviou resposta sobre o caso através de uma nota. "As demandas apresentadas pelos empregados da Emlurb serão levadas para as Mesas Setoriais do Sistema de Negociação Permanente (Sinep), que já apresentaram avanços em 2013 junto aos empregados da Empresa", disse a Emlurb. 

"A Prefeitura de Fortaleza reforça o compromisso de manter uma política de transparência e diálogo com os servidores e empregados, consolidada pelo SINEP, criado por lei em maio de 2013 e reitera que não negocia com servidores em greve", completa a nota.

Redação O POVO Online

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