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Moradores do Alto da Paz fazem concentração na Habitafor

11:58 | Fev. 21, 2014
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Tipo Notícia

Atualizada às 15h35

Moradores da comunidade Alto da Paz, no bairro Vicente Pinzón, estão na sede da Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor), rua Nogueira Acioli, na manhã desta sexta-feira, 21. O grupo organizou uma comissão e foi recebido pela titular da Habitafor, Eliana Gomes.

Cerca de 20 pessoas, com algumas crianças, afirmam que não foram cadastradas e nem assinaram acordo com a fundação para receber um dos 1.472 apartamentos novos que serão erguidos no Vicente Pinzón. A Habitafor afirma que apenas 10 famílias solicitaram abrigos para a Fundação, o que está sendo providenciando pelo órgão. Com relação as famílias que estiveram na sede da Habitafor nessa manhã, disse que foi pedido a elas uma lista com a relação das pessoas que precisam de abrigo, que será entregue no prazo de 15 dias. Depois disso, será feita análise para ser apresentada solução para cada caso.

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Os moradores que estão na sede da fundação pedem uma proposta concreta da Prefeitura sobre as famílias que não tem teto. Segundo a Habitafor, eles estão tendo ajuda da Defesa Civil, da Secretaria Regional e agentes sociais. Um caminhão também está no local da desapropriação para ajudar na mudança com os móveis.

[SAIBAMAIS 2]  

Confronto e desocupação
Na última quinta-feira, 20, uma ordem judicial respaldou a retirada de cerca de 340 famílias que moravam em um terreno de 116 mil m² na Comunidade Alto da Paz. No local, será construído conjunto habitacional para abrigar outras famílias através do programa Aldeia da Praia, que pretende urbanizar uma área do bairro Serviluz, na Praia do Titanzinho.

Houve confronto, feridos, desespero, bala de borracha, bomba de efeito moral e pedras rasgando o céu. Havia adultos e crianças sem ter para onde ir e a promessa da Prefeitura, proprietária do terreno, é de que 219 famílias da comunidade terão direito a um dos 1.472 apartamentos que serão erguidos no local.

O terreno em questão foi desapropriado pela Prefeitura de Fortaleza ainda em 2011, pouco tempo antes da invasão por centenas de famílias.

Redação O POVO Online

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