A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira, uma operação no Ceará e em mais sete Estados e no Distrito Federal para combater o tráfico de aves silvestres e exóticas. Segundo a investigação, as associações criminosas chegaram a movimentar, na última década, cerca de R$ 30 milhões.

A operação ganhou o nome de “Estalo” e deve cumprir 20 mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, 33 de busca e apreensão e ainda conduzir mais sete pessoas à delegacia. Além do Ceará, as ações ocorrem em Pernambuco, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Amazonas, Santa Catarina e Roraima. As apurações do caso foram acompanhadas, desde o início, pelo Ministério Público Federal em Pernambuco.

Conforme a investigação, a grande maioria dessas aves têm como habitat natural as selvas do Peru, Equador e Venezuela. Elas são contrabandeadas para servir a criadores de canários, que ganham a vida com a briga desses animais, a chamada rinha.

Os animais são adquiridos nesses países por valores entre R$ 12 e R$ 15, e vendidos no mercado clandestino dos atacadistas por valores que vão de R$ 130 a R$ 220.