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Conheça os principais passos para a recolocação profissional

Apesar de o desemprego ter recuado em trimestre fechado em julho, de 13,6% para 12,8%, ainda são 13,3 milhões de pessoas desempregadas no País. Com essa realidade, vejam dez dicas importantes para voltar ao mercado de trabalho
15:44 | Set. 25, 2017
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Apesar de o desemprego ter recuado em trimestre fechado em julho, de 13,6% para 12,8%, ainda são 13,3 milhões de pessoas desempregadas no País. Com essa realidade, vejam dez dicas importantes para voltar ao mercado de trabalho

 

Satisfação, expectativas de aprendizado e crescimento. É o que experimenta Pedrita Guerreiro, de 29 anos, formada em Administração de Empresas e recém-contratada como analista de planejamento da empresa Marquise. Já surpresa, dificuldade de assimilação e tristeza são os sentimentos vividos por Régis Gomes, de 50 anos, há três meses. Ele, que trabalhava como gerente de contabilidade de um grande grupo cearense, procura nova oportunidade profissional.

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Nesse contexto de busca de oportunidades de trabalho, empresas de recrutamento, coachs e profissionais de Recursos Humanos fornecem dicas valiosas sobre os passos para uma recolocação profissional.

Especialistas sugerem dez passos que contribuem para a recolocação no mercado:

     1. Procurar o que você gosta de fazer ou aprender a gostar do que faz. Pode   ser que no momento não tenha oportunidade de fazer aquilo com o que se identifica, mas você precisa trabalhar;

     2. Analisar o segmento que você gosta;

     3. Fazer uma varredura de mercado, cadastrando currículos nos sites de busca de vagas /candidatos. Ligar incansavelmente parar marcar entrevistas alinhadas com o seu perfil;

     4. Alimentar fortemente o network, cultivando relacionamento positivo com seus antigos empregadores, mesmo depois de sair de uma empresa;

     5. Autoconhecimento de habilidades, atualizando-se também tecnicamente;

     6. Buscar informações que são fundamentais sobre o que está acontecendo no mercado, no mundo, na sua área de trabalho e profissão;

     7. Ler muito para enriquecer o vocabulário e a escrita, desenvolver a argumentação e persuasão, tornando-se uma pessoa mais interessante de conversar;

     8. Ser flexível em relação à atuação e faixa de salários e benefícios;

     9. Ir para a entrevista bem preparado, com as informações sobre a empresa, buscando demonstrar as habilidades e competências pessoais com cases;

     10. Ter uma capacidade de interagir com as pessoas de maneira mais objetiva, trabalhando o equilíbrio entre a razão e a emoção.

 

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam a realidade de Pedrita e Régis. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE em agosto desse ano, mais de 1,4 milhão de brasileiros saíram da fila do desemprego no trimestre encerrado em julho, totalizando 90,7 milhões de pessoas ocupadas. Apesar de o desemprego ter recuado de 13,6% para 12,8% no período, o País ainda soma 13,3 milhões de pessoas desempregadas, como é o caso de Régis.

Visão dos especialistas

Para o diretor do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), Marcos Tito, excelentes profissionais sempre encontrarão oportunidades. Porém, ele alerta que no período de escassez quem vai conseguir se encaixar é quem está correndo mais. “Tem muita gente que está correndo no mesmo ritmo que corria quando o mercado estava normal, a pessoa não entendeu que agora é muito diferente”, adverte.

O diretor do IBC avalia ainda que o coaching de carreira é uma boa ferramenta para a recolocação. De acordo com Tito, o processo permite desenhar pelo menos três opções de carreira que estão alinhadas ao perfil da pessoa com o que poderia ter sucesso. A tríade habilidade, amor ao que se faz e mercado propício resulta no que o diretor denomina de “ápice profissional” ou “propósito profissional”.

Para Claudia Blaia, diretora da CMGB Consultoria e Treinamento, as empresas estão mais seletivas. O profissional precisa estar também mais preparado. “Pessoas que são competentes, que têm um conhecimento maior e são proativas, dificilmente ficam desempregadas”, avalia.

Mas o que as empresas têm buscado nos candidatos? A coordenadora de seleção do grupo Marquise, Ludmilla Moniz, explica. Além do perfil técnico qualificado e preparado para a vaga, as empresas buscam um profissional alinhado à cultura, valores e expectativas da organização. “Profissionais que se identifiquem com a empresa pelos seus projetos, negócios e estilo de gestão”, revela Ludmilla.

Satisfação profissional

Pedrita Guerreiro, analista de planejamento da Marquise sente-se alinhada com seu novo emprego. “Agora estou satisfeita, consegui encontrar uma vaga com a qual me identifico, em uma empresa com a qual me identifico e que acho muito bacana.” O período de desemprego durou dois meses, quando decidiu voltar ao mercado após um tempo de afastamento por motivos pessoais. Ela trabalhava como analista de processos da Transnordestina quando pediu demissão. Para se recolocar, Pedrita criou perfil na rede social Linked in e no site vagas.com. Nesse processo, ela destaca como fundamental o network, pois soube da vaga por meio do ex-chefe que enviou a oportunidade via WhatsApp.

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À procura de uma vaga

O contabilista Régis busca recolocação utilizando também o Linked in, além de outras estratégias, como contatar headhunters e fortalecer o relacionamento com colegas de profissões e gestores. Régis, que passou 13 anos em Manaus, período de crescimento profissional onde foi gerente de grandes empresas, tem sentido o contraste com o mercado cearense. Observa salários e empresas menores, com perfil mais familiar e resistente a pessoas de mais idade como ele. “Tive até orientação para retirar a idade do currículo, porque eu poderia ser eliminado só por essa informação.”, conta.

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