Novo modelo de atendimento no Hospital OTOclínica Sul prioriza tecnologia no auxílio à saúde
Localizada no bairro Edson Queiroz, a unidade aposta no modelo ESI para classificação de risco e utiliza aplicativo no atendimento. Infraestrutura com boxes de exames preliminares e deslocamento do médico ao paciente são ainda ferramentas do hospital
A rapidez no atendimento é ponto crucial para a assertividade na classificação de risco, direcionamento e atendimento nas emergências de hospitais. O Hospital OTOclínica Sul, inaugurado no último dia 31 de maio, aposta em um modelo fora do tradicional, e investe em formato que objetiva diminuir o tempo de atendimento e ser mais resoluto com menos burocracias. Na unidade recém-inaugurada, no bairro Edson Queiroz, a humanização e o deslocamento ativo do médico até o paciente são também ferramentas que convergem para um atendimento mais cômodo a quem precisa de cuidados diante de dores e desconfortos.
“O que faremos é tirar o modelo centrado na figura do médico e focá-lo no paciente. Nossa ideia é que os recursos vão até o paciente e não o contrário, e, assim, assumirmos toda a responsabilidade sobre o fluxo do paciente dentro da instituição”, afirma o médico emergencista Khalil Feitosa, diretor médico do Hospital OTOclínica Sul. Ao chegar na unidade, o paciente passará pela classificação de risco e, em seguida, será direcionado ao box de atendimento, sala privativa que possui computador, oftalmoscópio, otoscópio e outros dispositivos para exames de caráter inicial. O médico é avisado da chegada do paciente ao box por aplicativo específico, vai até ele e inicia o atendimento.
Médica emergencista do Hospital OTOclínica Sul, Nicole Pinheiro explica que o box possui espaço estratégico para assistência preliminar e que, caso seja identificado na avaliação que o paciente tem necessidade de ser monitorado por outros equipamentos, como eletrocardiograma ou exame de ultrassom à beira do leito, eles serão levados à sala. A estratégia torna o atendimento mais cômodo, menos desgastante para o paciente, e reduz o tempo de espera para quem aguarda a vez de ser atendido.
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AssineMetodologia mais célere
Realizada por enfermeiros treinados, a metodologia utilizada no Hospital OTOclínica Sul, classificação de risco Emergency Severity Index (ESI), vai além do formato tradicional de mensuração de comprometimento da saúde do paciente, uma que vez que se baseia na estabilidade das funções vitais e em possíveis ameaças a órgãos vitais dele. Desenvolvida nos Estados Unidos, a métrica dita os graus da emergência ou de severidade com que o paciente está no momento da chegada ao pronto-atendimento. No Brasil, o protocolo de Manchester ainda é o mais conhecido.
“O ESI classifica de acordo com o grau de recursos e vai de 1 a 5. Faremos ainda uma analogia por cores, em que o mais grave será o vermelho, o menos grave será o azul. Temos um espectro de cores, azul, amarelo, verde até o azul”, observa Khalil. A classificação do paciente será baseada nos recursos de que ele necessitará. Pacientes que precisam de um procedimento cirúrgico ou intubação terão prioridade total no atendimento. “O paciente classificado com vermelho, por exemplo, vai direto a uma sala apropriada para pessoas em estado grave. Os demais serão alocados nos boxes de acordo com a prioridade. “Nossa ênfase será na eficiência de usar o tempo adequado para proporcionar, com segurança, o que é melhor para cada paciente”, ressalta o diretor.
Tecnologia em prol do paciente
“Temos buscado muito o uso da tecnologia no auxílio ao processo, ao paciente e ao médico também”, ressalta Khalil, informando que foi desenvolvido o aplicativo do hospital. Por meio do dispositivo, assim que o paciente for classificado mediante ESI, o controlador de fluxo, que vai estar com um tablet, receberá o nome do paciente de acordo com a classificação e a gravidade. Por meio do aplicativo, o sistema, com base em algoritmos, escolhe o médico que vai atender aquele paciente. Simultaneamente, no aplicativo do cliente, aparece o nome do médico que vai atendê-lo. O programa também informa o status dos exames laboratoriais que porventura tiverem sido realizados.
Nicole Pinheiro, médica emergencista do Hospital OTOclínica Sul, destaca que serão feitos simulados de funcionamento e, nos primeiros meses, realizados ajustes no aplicativo. Essa economia de tempo, argumenta, será benéfica porque otimiza o fluxo dos pacientes e diminui o tempo de resolução. “Nossa intenção é diminuir o tempo de espera, que muitas vezes se expande porque o médico fica aguardando para iniciar o trabalho com o paciente. O deslocamento ativo do médico acelera o processo. Além disso, quando o profissional encerra o primeiro momento com o paciente, virá outra pessoa para dar continuidade e explicar como se dará o restante do atendimento”, argumenta a médica.
“Estamos na expectativa de entregar um serviço de qualidade à população de Fortaleza. Algo com uma cara nova para que a pessoa se sinta confortável e, principalmente, acolhida. Quando alguém vai à emergência, precisa de uma humanização maior ainda. Para suprir essa necessidade, a gente investe em treinamento de como acolher e lidar com o paciente. A proposta é mudar esse paradigma do que se tem em mente hoje sobre o departamento de emergência”, finaliza Khalil.
Hospital OTOclínica Sul
Onde: Edilson Brasil Soares, 1520 - Edson Queiroz
Instagram: @hospital_otoclinica
Facebook: @HospitalOtoclinica
Site: www.hospitalotoclinica.com.br/
Mais informações: 3466-1133
