Natal, Beleza e Poesia: quando a palavra vira presépio
Natal, Beleza e Poesia

Natal, Beleza e Poesia: quando a palavra vira presépio

Caderno especial traz textos selecionados que transformam o Natal em gesto de silêncio, luz e humanidade
Atualizado às Autor Estudio O POVO Tipo Publieditorial

Como um presente cuidadosamente preparado para a dia de Natal, o jornal O POVO traz encartado na edição desta quarta-feira (24) o caderno especial “Natal, Beleza e Poesia”, idealizado e organizado pela jornalista Lêda Maria. A publicação reúne poemas e textos que celebram a fé, a esperança e a sensibilidade humana, em um convite à contemplação e ao encantamento.

Publicado anualmente na edição do dia 24 de dezembro, o caderno “Natal, Beleza e Poesia” reúne poemas e textos enviados por autores de diferentes trajetórias, selecionados a partir de um cuidadoso processo de curadoria conduzido por Lêda Maria. A proposta é oferecer ao leitor um espaço de silêncio, reflexão e beleza, onde a palavra poética se torna gesto de fé e humanidade.

Ao longo das páginas, o leitor encontra uma diversidade de vozes que abordam o Natal sob múltiplas perspectivas: a infância, a memória, a dor, a esperança, a justiça social e a espiritualidade cristã. Entre os destaques está o poema de Dom Gregório, que dialoga com o tempo, a fé e o amadurecimento espiritual, somando-se a textos que transformam o Natal em exercício de escuta e presença.

 

Maria, cheia de Graça

A LUA BONITA chegou iniciando dezembro. Surgiu, ali, entre a floresta do Coco, após o por do sol, e alimentou a luz dos meus olhos para eu recitar a fé, o perdão, enxergando a quantidade de luzes azuis de esperanças que ainda ocupam meu coração. Lembro Medugorje dizendo para nós: “Si supieras cuanto te amo, llorarias de gozo”. Na beleza do luar, das estrelas, do sol, encontro Maria. Em todo NATAL, nos últimos 12 anos, vou além da montagem do presépio. Minha profissão permite que realize eventos unindo a espiritualidade com a arte musical.

Começamos na Catedral de Fortaleza, com o Domingo de Luz, lotando aquele templo. Agora, hÁ 5 anos com o jornal O POVO, fazemos o “Natal, Musica e FÉ”, no cenário do Shopping RioMar Fortaleza. O evento, que aconteceu no último dia 6 de dezembro, iniciou com um Ato Ecumênico, orando pela Paz para o mundo, e prosseguiu com um lindo festival de músicas natalinas, com a regência do Maestro Poty.

Em tudo invocamos “Maria Imaculada, meu primeiro amor”, frase de João Maria Vianney, o Cura d’Ars. Foi minha mãe Águeda quem impulsionou em meu coração esse amor a Nossa Senhora, desde a escolha do meu nome. Depois as cantigas de ninar, a recitação todos os dias da Ave Maria. Vieram as ladainhas, Consagração a Nossa Senhora, citações e estudos bíblicos, relatos de milagres com a formação familiar e das Irmãs Doroteias. Vivências e outras “sonoridades” vida a fora. “Eis aqui a serva do Senhor. Fazei em mim conforme a Vossa palavra”.

Na cruz Jesus já disse: “Eis aí a tua mãe”. Sim, Maria é minha Mãe, a mim dada por Jesus. Maria, Mãe de Jesus. Mãe da humanidade. Acompanhando nossa vida, nossos combates, nossa fadiga, dores e preocupações. Também nossas alegrias, amores e trabalho. Nossa família. Nossos Natais e muitos nascimentos em nós.

Então é Natal e Ano Novo também, onde queremos ser mais felizes, e só conquistamos esta felicidade com a prática cristã, acolhendo os sofridos, os necessitados. É oferta e oração. É silêncio e vigília. Reflexão e renovação. É partilha. É na caminhada diária que também fortalecemos a busca de compreender que a vida plena de minha Mãe Maria se resume em graças colhidas em três palavras - Ecce: Eis aqui a Escrava do Senhor (Lc. 1,38); Fiat: Faça-se em mim segundo a tua palavra (lC 1,38); Magnificat: Minha alma engrandece o Senhor (Lc. 1,46). Ave Maria cheia de graça! Feliz Natal!

Lêda Maria Feitosa Souto

 

Uma luz resiste ao tempo

Nas ruas embelezadas por luzes cintilantes e vitrines enfeitadas, o Natal se revela muito além de um calendário comercial. É narrativa coletiva que se repete a cada ano sem jamais perder a força de comover. O espírito natalino, tantas vezes descrito como abstrato, encontra sua materialidade nos gestos simples, no abraço que se renova, na caridade que nos faz perceber os excluídos dos círculos de felicidade, na mesa que se abre, no silencio que se transforma em oração.

Mais do que presentes, o Natal é memória. Memória de um tempo passado, que se renova a cada ano, para que acolhamos no tempo presente, Aquele que foi rejeitado pelos corações endurecidos, pela cegueira do egoísmo e pelas portas de almas trancafiadas: “não há lugar”, disseram há dois mil anos para a parturiente de Nazaré; “não há lugar” para o Menino que quer nascer no coração da humanidade. Em suma, não há humanidade para o Deus humanado.

Em tempos de incertezas, a data se impõe como um lembrete de que a solidariedade ainda é capaz de transformar vidas e vencer polarizações. O Natal gera ritos de pertencimento, cria pausa no ritmo acelerado da vida; se manifesta em cada gesto de partilha e em cada sorriso oferecido sem custo.

O Natal é notícia que nunca envelhece, pois é Menino que nasce, é Criança que sorri, é Mãe que descansa, é Vida que vence a morte, é Luz que resiste ao tempo, e Jesus: simples, criança, que deseja ser embalado por cantigas de ninar, compostas por corações renascidos pela força de seu amor.

Dom Gregório Paixão, arcebispo de Fortaleza

 

Confira o caderno

Para conferir a beleza dos poemas na íntegra, faça o download do caderno “Natal, Beleza e Poesia” em PDF e permita-se esse tempo de leitura, fé e encantamento. Clique aqui para baixar o PDF.

 

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