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Benefícios da tecnologia para o aprendizado

Alunos podem ser beneficiados pelo uso de ferramentas online que abordam as disciplinas de maneira lúdica. Elas também permitem que a escola acompanhe o desempenho dos estudantes
07:49 | Out. 24, 2018
Autor O POVO
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Cada vez mais, smartphones e outros dispositivos tecnológicos fazem parte do cotidiano de jovens e adultos. Em um cenário no qual se tem acesso a esses equipamentos desde cedo, as escolas podem adotar ferramentas digitais como aliadas do ensino em sala de aula. O uso da tecnologia pode ajudar a atrair os alunos e a diagnosticar possíveis dificuldades das turmas.

De acordo com a psicóloga Cristiane Amaral, assessora pedagógica da Somos Educação, a tecnologia atrai pessoas de diferentes faixas etárias por oferecer recursos interativos e lúdicos, além de facilitar processos. Ela aponta que, na educação, é necessário haver uma proposta pedagógica para uni-la ao estudo. "Nós já entendemos que a tecnologia precisa ter um foco de uso, porque senão vira meramente uma lan house, algo sem propósito, e com um fim somente de diversão, não de educação."

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A psicóloga afirma que o professor deve reconhecer as ferramentas como aliadas para facilitar o trabalho e para tornar mais "real" um conteúdo que, a princípio, é "abstrato" e possibilitar a interdisciplinaridade. Cristiane cita como exemplo que, ao estudar gráficos na aula de matemática, o aluno pode coletar dados sobre índices de pessoas acima do peso em determinada região. "Partiu de uma aula de matemática, passou por biologia, se quiser também a gente ainda insere a geografia. [...] Vai para qualquer conteúdo que a gente possa ajustar."

Vantagens para o estudo

O diretor do Colégio Lourenço Filho, Filgueiras Neto, aponta que os recursos tecnológicos trazem o conteúdo "para a linguagem do aluno", que, atualmente, já é familiarizado com o meio digital. No caso da escola, os estudantes podem aderir a ferramentas como Ludz e Mindzup, que abordam as disciplinas de sala de aula por meio de jogos. Além disso, alguns livros didáticos possuem canal online para tirar dúvidas com professores especialistas.

Utilizado por turmas do sexto ao nono ano desde junho de 2016, o Ludz, da Tamboro Educacional, é uma plataforma de ensino de matemática na qual o aluno passa por ilhas, responde a diferentes questões e conquista cápsulas. Já o Mindzup oferece desafios diários aos estudantes. Na escola, é utilizada nos Ensinos Fundamentais 1 e 2 nas áreas de conhecimento de Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Linguagens.

"O programa MenteInovadora é composto por jogos de tabuleiro que visam a desenvolver o raciocínio e a inteligência emocional do aluno. Há uma série de estratégias que ele aprende na hora do jogo e pode projetar para a vida, em termos de resolução de problemas. [...] Essa parte das habilidades sócio-emocionais estão na nova BNCC e precisam ser trabalhadas, de acordo com a nova Base Nacional Comum Curricular do Ensino Fundamental", explica. Em sala de aula, segundo Filgueiras Neto, as atividades são realizadas por meio de jogo de tabuleiro e em casa os estudantes resolvem, diariamente, cinco questões em meio online.

Walther Silva, supervisor do Ensino Fundamental 2 da instituição, afirma que, além de oferecer aos alunos formas lúdicas de estudar o conteúdo ministrado, as ferramentas fornecem relatórios sobre o desempenho dos estudantes. "Podemos fazer algumas intervenções para resolver esse problema de conteúdo que não foi bem assimilado em sala de aula, se houver. Então, ele participa, joga, nós recebemos o resultado e podemos fazer uma estratégia de resolução de conteúdos", aponta.

Airton Cleyton, professor de matemática do Colégio Lourenço Filho, conta que utiliza em suas aulas conteúdos didáticos na forma de quiz, jogos interativos, simulados, situações lúdicas e problemas do cotidiano, entre outros. "Novas ferramentas tecnológicas têm potencial para promover equidade e qualidade na educação, bem como aproximar a escola do universo do aluno. Esse universo rápido, dinâmico e estimulante faz com que ele se interesse pela disciplina. [...] Eles estudam se divertindo e isso repercute positivamente no aprendizado e consequentemente nas notas atribuídas ao desempenho", afirma.

Estudante do 9º ano da instituição, Pedro Enrico Damasceno dos Santos, 14, utiliza o Ludz desde o ano passado e conta que, pela afinidade com os conteúdos de matemática, às vezes, prefere realizar exercícios no caderno. Porém, reconhece que a possibilidade de ter as respostas no momento do estudo — sem precisar esperar a aula — e de poder acessar videoaulas enquanto resolve as questões podem ter ajudado outros alunos. "Acho a tecnologia algo muito bom, principalmente quando usada para o bem, que é o estudo. Mas não acho que seja necessário ser em formatos de jogos. É muito ficcional, de filmes e jogos, mas a gente pode ter uma tecnologia como hologramas, por exemplo. Holograma não é algo acessível, mas se um dia, daqui a décadas, um professor coloca em sala de aula, interage com ele para demonstrar alguma coisa. Com certeza ensina muito e faz com que muito mais alunos compreendam", afirma Pedro Enrico.

Cuidados

A psicóloga Cristiane Amaral aponta a necessidade de, seja na escola ou em casa, ensinar aos alunos sobre as maneiras de se comportar na internet, uma vez que valores e ética do "mundo real" também valem para publicações no meio online. Além disso, destaca a importância de esse uso ser inserido na rotina estabelecida pela escola e pela família. "E o outro ponto seria impor limite mesmo. Enquanto escola, saber que na sala de aula existe uma rotina, que a tecnologia é um meio e, como meio, precisa estar inserida nas regras e na rotina da escola. [...] Em casa, do mesmo jeito: tem que seguir as rotinas das famílias."

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Aspectos que devem ser considerados na escolha profissional

08:00 | Out. 31, 2018 Tipo

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Desde que cursava o oitavo ano do Ensino Fundamental, Gabriela Farias, 17, já havia decidido um dia ser psicóloga. Hoje na terceira série do Ensino Médio, a estudante do Colégio Lourenço Filho conta que pesquisar sobre a graduação por meio de vídeos na internet, por exemplo, e ir a feiras de profissões promovidas pela escola e por universidades foram atitudes que a ajudaram solidificar a escolha.

Em meio às inúmeras opções de cursos, estudantes podem ficar confusos no momento de escolher que profissão seguir. Para essa etapa, a psicóloga, orientadora profissional e coordenadora do curso de Psicopedagogia da Universidade Estadual do Ceará (Uece) Sâmia Gomes destaca a importância de o aluno pesquisar sobre o que caracteriza cada profissão, em que áreas o profissional pode atuar, as faculdades que ofertam a graduação, os passos para concluir o curso e a realidade após a formatura.

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Para começar essa pesquisa, o estudante deve selecionar algumas opções de graduações. Segundo a psicóloga, é necessário refletir sobre si, seus interesses, suas habilidades que se relacionam com o "mundo do trabalho" — como liderança e raciocínio lógico — e seu projeto de vida. "É importante também refletir acerca das diversas influências que existem na hora de escolher uma profissão. É o status? É a condição financeira? É uma missão de vida? É uma missão que ele quer cumprir no social? Toda profissão tem uma função social."

De acordo com Sâmia, "todo e qualquer processo de orientação profissional parte do autoconhecimento", tanto para quem escolhe a primeira graduação quanto para quem busca uma nova profissão. O autoconhecimento, pondera, envolve processos como reconhecer áreas de interesse e o que se gosta ou não de fazer no dia a dia. "Nesse contexto, o aluno pode buscar a ajuda de um psicólogo."

Para fazer uma boa escolha

Antes de optar pela Psicologia, Gabriela Farias tinha dúvidas entre esse curso e Direito. Decidiu pesquisar sobre as duas áreas. "Isso foi muito importante para que eu pudesse realmente ter uma visão clara do que vai ser o meu futuro. Do que vou estudar, com o que vou trabalhar. [...] Hoje, sei o caminho que quero trilhar e os concursos que quero fazer", conta. Gabriela buscou uma profissão que a permitirá utilizar os próprios talentos para ajudar outras pessoas e se sentir realizada pessoal e profissionalmente. "O que me chama muita atenção na Psicologia é ter várias áreas de atuação. É uma coisa que me agrada muito, porque sempre sonhei em trabalhar em uma profissão dinâmica."

Segundo Juliete Xerez, psicóloga do Ensino Médio do Colégio Lourenço Filho, a instituição orienta os alunos sobre a importância de escolher uma profissão com a qual se identifiquem e os oferece suporte nesse momento. "Tem que escolher algo que goste. Se um aluno escolher a Medicina porque é status e não tiver aptidão nenhuma, provavelmente não vai ter sucesso", exemplifica. A psicóloga destaca também a importância do apoio familiar. "O suporte familiar é fundamental para essa escolha e também para ele se autoconhecer. Ele vai carregando características da família e isso o ajuda a se construir."

Sâmia complementa que a família deve deixar o jovem à vontade, mas demonstrando interesse e oferecendo ajuda caso seja necessário. Para Gabriela, a escolha foi "muito leve", uma vez que, da mesma forma que ela, os familiares seguiram profissões relacionadas às aptidões de cada um. "Sempre fui muito livre em relação à minha escolha, ao que eu queria fazer, aos meus sonhos, principalmente", afirma.

Iniciativas

De acordo com Juliete, o Colégio Lourenço Filho oferece diferentes iniciativas para auxiliar os estudantes nesse momento, respeitando a subjetividade de cada um. Uma das atividades é a Feira das Profissões, que conta com a presença de profissionais de diferentes áreas de atuação. Entre os temas abordados, os especialistas explicam sobre como se deu a escolha pela profissão e a aceitação por parte da família. "Também falam sobre como estão hoje no mercado, se se sentem realizados ou não, se existem outras opções naquela profissão para atuar em outras áreas. É um evento muito rico", afirma.

Além disso, ao longo do ano, os alunos contam com visitas a diversas instituições para conhecer o dia a dia das profissões. Essa atividade, segundo Juliete, pode ser uma oportunidade para os estudantes conhecerem diferentes possibilidades para atuar em uma mesma profissão. Essas dúvidas sobre as possibilidades de cada profissão também são trabalhadas no atendimento pessoal realizado pela escola no Serviço de Orientação Educacional e Psicologia (Soep) da instituição. "A informação que eles têm ainda é muito rasa. No atendimento individual, vamos quebrando essas barreiras, abrindo o leque de opções."

Preparação para o Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cuja edição 2018 acontece no próximo dia 4, emprega a Teoria de Resposta ao Item (TRI) na elaboração das provas. Conforme Filgueiras Neto, diretor do Colégio Lourenço Filho, a metodologia leva em conta a coerência das respostas em relação ao conjunto de perguntas e é aplicada na correção dos simulados realizados pela instituição a partir do nono ano. "A prova tem que ser calibrada. Ter, de um mesmo conteúdo, questões consideradas fáceis, medianas e difíceis", afirma. "Quando o aluno acerta todas as difíceis e erra as fáceis, não faz sentido e a nota dele cai", afirma.

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Em meio às inúmeras opções de cursos, estudantes podem ficar confusos no momento de escolher que profissão seguir. Para essa etapa, a psicóloga, orientadora profissional e coordenadora do curso de Psicopedagogia da Universidade Estadual do Ceará (Uece) Sâmia Gomes destaca a importância de o aluno pesquisar sobre o que caracteriza cada profissão, em que áreas o profissional pode atuar, as faculdades que ofertam a graduação, os passos para concluir o curso e a realidade após a formatura.

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De acordo com Sâmia, "todo e qualquer processo de orientação profissional parte do autoconhecimento", tanto para quem escolhe a primeira graduação quanto para quem busca uma nova profissão. O autoconhecimento, pondera, envolve processos como reconhecer áreas de interesse e o que se gosta ou não de fazer no dia a dia. "Nesse contexto, o aluno pode buscar a ajuda de um psicólogo."

Para fazer uma boa escolha

Antes de optar pela Psicologia, Gabriela Farias tinha dúvidas entre esse curso e Direito. Decidiu pesquisar sobre as duas áreas. "Isso foi muito importante para que eu pudesse realmente ter uma visão clara do que vai ser o meu futuro. Do que vou estudar, com o que vou trabalhar. [...] Hoje, sei o caminho que quero trilhar e os concursos que quero fazer", conta. Gabriela buscou uma profissão que a permitirá utilizar os próprios talentos para ajudar outras pessoas e se sentir realizada pessoal e profissionalmente. "O que me chama muita atenção na Psicologia é ter várias áreas de atuação. É uma coisa que me agrada muito, porque sempre sonhei em trabalhar em uma profissão dinâmica."

Segundo Juliete Xerez, psicóloga do Ensino Médio do Colégio Lourenço Filho, a instituição orienta os alunos sobre a importância de escolher uma profissão com a qual se identifiquem e os oferece suporte nesse momento. "Tem que escolher algo que goste. Se um aluno escolher a Medicina porque é status e não tiver aptidão nenhuma, provavelmente não vai ter sucesso", exemplifica. A psicóloga destaca também a importância do apoio familiar. "O suporte familiar é fundamental para essa escolha e também para ele se autoconhecer. Ele vai carregando características da família e isso o ajuda a se construir."

Sâmia complementa que a família deve deixar o jovem à vontade, mas demonstrando interesse e oferecendo ajuda caso seja necessário. Para Gabriela, a escolha foi "muito leve", uma vez que, da mesma forma que ela, os familiares seguiram profissões relacionadas às aptidões de cada um. "Sempre fui muito livre em relação à minha escolha, ao que eu queria fazer, aos meus sonhos, principalmente", afirma.

Iniciativas

De acordo com Juliete, o Colégio Lourenço Filho oferece diferentes iniciativas para auxiliar os estudantes nesse momento, respeitando a subjetividade de cada um. Uma das atividades é a Feira das Profissões, que conta com a presença de profissionais de diferentes áreas de atuação. Entre os temas abordados, os especialistas explicam sobre como se deu a escolha pela profissão e a aceitação por parte da família. "Também falam sobre como estão hoje no mercado, se se sentem realizados ou não, se existem outras opções naquela profissão para atuar em outras áreas. É um evento muito rico", afirma.

Além disso, ao longo do ano, os alunos contam com visitas a diversas instituições para conhecer o dia a dia das profissões. Essa atividade, segundo Juliete, pode ser uma oportunidade para os estudantes conhecerem diferentes possibilidades para atuar em uma mesma profissão. Essas dúvidas sobre as possibilidades de cada profissão também são trabalhadas no atendimento pessoal realizado pela escola no Serviço de Orientação Educacional e Psicologia (Soep) da instituição. "A informação que eles têm ainda é muito rasa. No atendimento individual, vamos quebrando essas barreiras, abrindo o leque de opções."

Preparação para o Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cuja edição 2018 acontece no próximo dia 4, emprega a Teoria de Resposta ao Item (TRI) na elaboração das provas. Conforme Filgueiras Neto, diretor do Colégio Lourenço Filho, a metodologia leva em conta a coerência das respostas em relação ao conjunto de perguntas e é aplicada na correção dos simulados realizados pela instituição a partir do nono ano. "A prova tem que ser calibrada. Ter, de um mesmo conteúdo, questões consideradas fáceis, medianas e difíceis", afirma. "Quando o aluno acerta todas as difíceis e erra as fáceis, não faz sentido e a nota dele cai", afirma.

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De acordo com a psicóloga Cristiane Amaral, assessora pedagógica da Somos Educação, a tecnologia atrai pessoas de diferentes faixas etárias por oferecer recursos interativos e lúdicos, além de facilitar processos. Ela aponta que, na educação, é necessário haver uma proposta pedagógica para uni-la ao estudo. "Nós já entendemos que a tecnologia precisa ter um foco de uso, porque senão vira meramente uma lan house, algo sem propósito, e com um fim somente de diversão, não de educação."

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Vantagens para o estudo

O diretor do Colégio Lourenço Filho, Filgueiras Neto, aponta que os recursos tecnológicos trazem o conteúdo "para a linguagem do aluno", que, atualmente, já é familiarizado com o meio digital. No caso da escola, os estudantes podem aderir a ferramentas como Ludz e Mindzup, que abordam as disciplinas de sala de aula por meio de jogos. Além disso, alguns livros didáticos possuem canal online para tirar dúvidas com professores especialistas.

Utilizado por turmas do sexto ao nono ano desde junho de 2016, o Ludz, da Tamboro Educacional, é uma plataforma de ensino de matemática na qual o aluno passa por ilhas, responde a diferentes questões e conquista cápsulas. Já o Mindzup oferece desafios diários aos estudantes. Na escola, é utilizada nos Ensinos Fundamentais 1 e 2 nas áreas de conhecimento de Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Linguagens.

"O programa MenteInovadora é composto por jogos de tabuleiro que visam a desenvolver o raciocínio e a inteligência emocional do aluno. Há uma série de estratégias que ele aprende na hora do jogo e pode projetar para a vida, em termos de resolução de problemas. [...] Essa parte das habilidades sócio-emocionais estão na nova BNCC e precisam ser trabalhadas, de acordo com a nova Base Nacional Comum Curricular do Ensino Fundamental", explica. Em sala de aula, segundo Filgueiras Neto, as atividades são realizadas por meio de jogo de tabuleiro e em casa os estudantes resolvem, diariamente, cinco questões em meio online.

Walther Silva, supervisor do Ensino Fundamental 2 da instituição, afirma que, além de oferecer aos alunos formas lúdicas de estudar o conteúdo ministrado, as ferramentas fornecem relatórios sobre o desempenho dos estudantes. "Podemos fazer algumas intervenções para resolver esse problema de conteúdo que não foi bem assimilado em sala de aula, se houver. Então, ele participa, joga, nós recebemos o resultado e podemos fazer uma estratégia de resolução de conteúdos", aponta.

Airton Cleyton, professor de matemática do Colégio Lourenço Filho, conta que utiliza em suas aulas conteúdos didáticos na forma de quiz, jogos interativos, simulados, situações lúdicas e problemas do cotidiano, entre outros. "Novas ferramentas tecnológicas têm potencial para promover equidade e qualidade na educação, bem como aproximar a escola do universo do aluno. Esse universo rápido, dinâmico e estimulante faz com que ele se interesse pela disciplina. [...] Eles estudam se divertindo e isso repercute positivamente no aprendizado e consequentemente nas notas atribuídas ao desempenho", afirma.

Estudante do 9º ano da instituição, Pedro Enrico Damasceno dos Santos, 14, utiliza o Ludz desde o ano passado e conta que, pela afinidade com os conteúdos de matemática, às vezes, prefere realizar exercícios no caderno. Porém, reconhece que a possibilidade de ter as respostas no momento do estudo — sem precisar esperar a aula — e de poder acessar videoaulas enquanto resolve as questões podem ter ajudado outros alunos. "Acho a tecnologia algo muito bom, principalmente quando usada para o bem, que é o estudo. Mas não acho que seja necessário ser em formatos de jogos. É muito ficcional, de filmes e jogos, mas a gente pode ter uma tecnologia como hologramas, por exemplo. Holograma não é algo acessível, mas se um dia, daqui a décadas, um professor coloca em sala de aula, interage com ele para demonstrar alguma coisa. Com certeza ensina muito e faz com que muito mais alunos compreendam", afirma Pedro Enrico.

Cuidados

A psicóloga Cristiane Amaral aponta a necessidade de, seja na escola ou em casa, ensinar aos alunos sobre as maneiras de se comportar na internet, uma vez que valores e ética do "mundo real" também valem para publicações no meio online. Além disso, destaca a importância de esse uso ser inserido na rotina estabelecida pela escola e pela família. "E o outro ponto seria impor limite mesmo. Enquanto escola, saber que na sala de aula existe uma rotina, que a tecnologia é um meio e, como meio, precisa estar inserida nas regras e na rotina da escola. [...] Em casa, do mesmo jeito: tem que seguir as rotinas das famílias."

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Aulas em campo ajudam alunos a entenderem assuntos estudados

08:00 | Out. 17, 2018 Tipo

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Ir além da sala de aula tradicional pode ajudar estudantes a entenderem melhor alguns assuntos abordados pelos professores. Mais do que um passeio comum, aulas em campo proporcionam vivências, aproximando dos alunos a teoria explicada pelos docentes. Levar a turma para visitas a museus e lugares históricos ou até mesmo ao cinema para assistir a filmes relacionados aos temas estudados pode ajudar nesse processo.

Atualmente, de acordo com o professor pesquisador Casemiro Campos, mestre e doutor em Educação, pesquisas na área da Pedagogia apontam que o conteúdo é fixado quando há vivência ou contextualização. "Quando o professor não faz com que o conteúdo interaja com a realidade da vida do aluno, ele vai ficando mais distante, porque fica muito abstrato. [...] O professor passa uma atividade e o aluno a responde, mas ele não tem a relação daquilo com o concreto das suas relações do dia a dia. Isso deixa a aprendizagem mais distante", afirma.

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A pedagoga e coach educacional Débora Menezes afirma que a aprendizagem é fixada quando é "significativa". De acordo com ela, em sala, o aluno pode não assimilar o conteúdo por não ter vivências sobre a situação ensinada. "Muitas vezes, por exemplo, indo viajar, [a família] passa sempre pela entrada de uma cidade, os pais não têm conhecimento de que ali aconteceu algum fato importante e aquilo passa despercebido. Quando a criança vai com a escola, tudo que aconteceu ali de fato histórico, de relevância, abre-se para ela como uma possibilidade enorme de aprendizagem", exemplifica.

Porém, a pedagoga destaca que essa atividade só cumpre sua função avaliativa quando os professores conseguem extrair a experiência vivida pelos alunos. "A aula em campo não é um passeio. Então, conhecimentos têm que ser extraídos, elaborados. É preciso gerar discussão sobre isso", aponta. Mais do que um relatório, por exemplo, Débora sugere um diário de bordo em que o estudante explique o trajeto feito, o que vivenciou e o que aprendeu. "É preciso que o professor coloque muito claro os objetivos dele com a aula e os pais percebam o retorno disso na forma do discurso da criança e do adolescente", afirma.

Casemiro Campos pontua que não basta que os professores repitam conteúdos em sala de aula. As metodologias problematizadoras — como a "aprendizagem baseada em problemas" (ou problem-based learning, em inglês) — podem estimular a curiosidade dos alunos. "Ao invés de o professor fazer uma aula expositiva, puramente teórica, ele vai problematizar. Quando problematiza, ele mobiliza os alunos sobre a circunstância da atenção, para que guardem significativamente aquilo que tem sentido na vida deles", afirma. Nesse cenário, segundo o pesquisador, as aulas em campo e as metodologias problematizadoras abrem possibilidades para "uma escola desafiante para a vida".

Experiências

As aulas em campo fazem parte do planejamento do Colégio Lourenço Filho. De acordo com Walther Silva, supervisor do Ensino Fundamental 2 — que inclui do 6º ao 9º ano —, são realizadas cerca de duas aulas em campo por ano letivo, que, segundo o supervisor, têm "quase 100% de participação" dos alunos. "Hoje, não dá para trabalharmos com os adolescentes simplesmente a aula expositiva. [...] Quando eles vivenciam realmente o que está sendo estudado, valorizam muito mais, voltam bastante felizes."

Em 2018, por exemplo, o centro da Cidade foi um dos palcos para aulas fora da instituição. "Visitamos o Museu da Indústria quando os meninos estavam estudando sobre a industrialização no Ceará e aproveitamos para conhecer o Passeio Público e a história daquela região, da fundação de Fortaleza." Além disso, os estudantes também conheceram o Ecomuseu Natural do Mangue, no bairro Sabiaguaba, onde vivenciaram questões voltadas à Geografia, a Ciências e ao ambientalismo. O aluno Eduardo Silva, 12, cursa o sétimo ano no Colégio Lourenço Filho e conta já ter participado de aulas em campo em que a turma foi ao cinema para assistir a filmes educativos. Um deles foi o longa "Extraordinário" — que conta a história de Auggie Pullman, garoto que fez 27 cirurgias plásticas por ter nascido com uma deformidade facial e pela primeira vez precisa adaptar-se a uma escola.

"A última [aula da qual participei] foi para o Museu Senzala Negro Liberto [na cidade de Redenção], que contava a história dos escravos aqui no Ceará, mostrava como eles eram tratados e tudo mais", relata. Para ele, ir às aulas em campo ajuda a entender melhor os conteúdos aprendidos em sala — além de serem momentos de diversão. "É legal aula em campo, mas não seria legal se você fosse sozinho. Você vai com seus amigos, brinca durante a viagem, a aula fica mais divertida”, conta.

Mais benefícios

Para além do aprendizado, essas atividades podem ter outras vantagens. De acordo com Débora Menezes, questões como socialização, comportamento em grupo e respeito às regras do local visitado também são trabalhadas nelas. "Se for uma aula em campo em que a criança acaba passando um pernoite, por exemplo, tem toda essa vivência também de cuidar das suas próprias coisas, cuidar do seu material e não deixar nada jogado. É uma série de questões que são vivenciadas de uma maneira muito ampla."

Walther Silva acrescenta que esses momentos podem ser oportunidades para os alunos mostrarem "outro lado" de suas personalidades. "De repente, aqueles alunos que são calminhos, quietinhos em sala de aula [...] podem mostrar algumas lideranças. Aqueles que são mais introspectivos acabam se soltando", afirma.

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Aulas em campo ajudam alunos a entenderem assuntos estudados

08:00 | Out. 17, 2018 Tipo

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Ir além da sala de aula tradicional pode ajudar estudantes a entenderem melhor alguns assuntos abordados pelos professores. Mais do que um passeio comum, aulas em campo proporcionam vivências, aproximando dos alunos a teoria explicada pelos docentes. Levar a turma para visitas a museus e lugares históricos ou até mesmo ao cinema para assistir a filmes relacionados aos temas estudados pode ajudar nesse processo.

Atualmente, de acordo com o professor pesquisador Casemiro Campos, mestre e doutor em Educação, pesquisas na área da Pedagogia apontam que o conteúdo é fixado quando há vivência ou contextualização. "Quando o professor não faz com que o conteúdo interaja com a realidade da vida do aluno, ele vai ficando mais distante, porque fica muito abstrato. [...] O professor passa uma atividade e o aluno a responde, mas ele não tem a relação daquilo com o concreto das suas relações do dia a dia. Isso deixa a aprendizagem mais distante", afirma.

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A pedagoga e coach educacional Débora Menezes afirma que a aprendizagem é fixada quando é "significativa". De acordo com ela, em sala, o aluno pode não assimilar o conteúdo por não ter vivências sobre a situação ensinada. "Muitas vezes, por exemplo, indo viajar, [a família] passa sempre pela entrada de uma cidade, os pais não têm conhecimento de que ali aconteceu algum fato importante e aquilo passa despercebido. Quando a criança vai com a escola, tudo que aconteceu ali de fato histórico, de relevância, abre-se para ela como uma possibilidade enorme de aprendizagem", exemplifica.

Porém, a pedagoga destaca que essa atividade só cumpre sua função avaliativa quando os professores conseguem extrair a experiência vivida pelos alunos. "A aula em campo não é um passeio. Então, conhecimentos têm que ser extraídos, elaborados. É preciso gerar discussão sobre isso", aponta. Mais do que um relatório, por exemplo, Débora sugere um diário de bordo em que o estudante explique o trajeto feito, o que vivenciou e o que aprendeu. "É preciso que o professor coloque muito claro os objetivos dele com a aula e os pais percebam o retorno disso na forma do discurso da criança e do adolescente", afirma.

Casemiro Campos pontua que não basta que os professores repitam conteúdos em sala de aula. As metodologias problematizadoras — como a "aprendizagem baseada em problemas" (ou problem-based learning, em inglês) — podem estimular a curiosidade dos alunos. "Ao invés de o professor fazer uma aula expositiva, puramente teórica, ele vai problematizar. Quando problematiza, ele mobiliza os alunos sobre a circunstância da atenção, para que guardem significativamente aquilo que tem sentido na vida deles", afirma. Nesse cenário, segundo o pesquisador, as aulas em campo e as metodologias problematizadoras abrem possibilidades para "uma escola desafiante para a vida".

Experiências

As aulas em campo fazem parte do planejamento do Colégio Lourenço Filho. De acordo com Walther Silva, supervisor do Ensino Fundamental 2 — que inclui do 6º ao 9º ano —, são realizadas cerca de duas aulas em campo por ano letivo, que, segundo o supervisor, têm "quase 100% de participação" dos alunos. "Hoje, não dá para trabalharmos com os adolescentes simplesmente a aula expositiva. [...] Quando eles vivenciam realmente o que está sendo estudado, valorizam muito mais, voltam bastante felizes."

Em 2018, por exemplo, o centro da Cidade foi um dos palcos para aulas fora da instituição. "Visitamos o Museu da Indústria quando os meninos estavam estudando sobre a industrialização no Ceará e aproveitamos para conhecer o Passeio Público e a história daquela região, da fundação de Fortaleza." Além disso, os estudantes também conheceram o Ecomuseu Natural do Mangue, no bairro Sabiaguaba, onde vivenciaram questões voltadas à Geografia, a Ciências e ao ambientalismo. O aluno Eduardo Silva, 12, cursa o sétimo ano no Colégio Lourenço Filho e conta já ter participado de aulas em campo em que a turma foi ao cinema para assistir a filmes educativos. Um deles foi o longa "Extraordinário" — que conta a história de Auggie Pullman, garoto que fez 27 cirurgias plásticas por ter nascido com uma deformidade facial e pela primeira vez precisa adaptar-se a uma escola.

"A última [aula da qual participei] foi para o Museu Senzala Negro Liberto [na cidade de Redenção], que contava a história dos escravos aqui no Ceará, mostrava como eles eram tratados e tudo mais", relata. Para ele, ir às aulas em campo ajuda a entender melhor os conteúdos aprendidos em sala — além de serem momentos de diversão. "É legal aula em campo, mas não seria legal se você fosse sozinho. Você vai com seus amigos, brinca durante a viagem, a aula fica mais divertida”, conta.

Mais benefícios

Para além do aprendizado, essas atividades podem ter outras vantagens. De acordo com Débora Menezes, questões como socialização, comportamento em grupo e respeito às regras do local visitado também são trabalhadas nelas. "Se for uma aula em campo em que a criança acaba passando um pernoite, por exemplo, tem toda essa vivência também de cuidar das suas próprias coisas, cuidar do seu material e não deixar nada jogado. É uma série de questões que são vivenciadas de uma maneira muito ampla."

Walther Silva acrescenta que esses momentos podem ser oportunidades para os alunos mostrarem "outro lado" de suas personalidades. "De repente, aqueles alunos que são calminhos, quietinhos em sala de aula [...] podem mostrar algumas lideranças. Aqueles que são mais introspectivos acabam se soltando", afirma.

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