O poder da inteligência artificial no mundo dos games
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O poder da inteligência artificial no mundo dos games

Ferramentas de IA aceleram produções, ampliam possibilidades criativas e fortalecem aplicações que vão do entretenimento à aprendizagem
Atualizado às Autor Estudio O POVO Tipo Publieditorial

A inteligência artificial (IA) vive um momento de protagonismo global e, no universo dos games, esse movimento ganha contornos ainda mais profundos. Se hoje os jogadores se impressionam com NPCs mais inteligentes, personalização de experiência e ferramentas generativas acelerando produções inteiras, a verdade é que essa revolução começou muito antes do hype atual.

É o que afirma Daniel Gularte, arquiteto, mestre em computação para games e CEO do Instituto Bojogá, que atua em inovação com jogos aplicados à saúde, educação, cultura e cidadania. Para ele, compreender o impacto real da IA exige revisitar momentos-chave da história dos videogames.

Gularte lembra que o maior salto da IA nos games surgiu ainda na segunda geração de consoles, quando o Fairchild Channel F incorporou chips capazes de simular um segundo jogador. Essa inovação permitiu que uma máquina substituísse o oponente humano, oferecendo novos desafios e inaugurando uma experiência solo mais dinâmica. Décadas depois, nos anos 1990, essa lógica evoluiu para inimigos que reagiam ao comportamento do jogador, especialmente em gêneros como tiro em primeira pessoa.

“Jogos de perseguição, jogos de tiro em primeira pessoa começaram a ter a inclusão de inimigos baseados em inteligência artificial que analisam o comportamento do jogador, seus padrões e criam contrapadrões para poder derrotar o jogador”. Essa progressão tornou a IA parte estrutural da diversão, com novos níveis de interação se tornando possíveis a cada avanço tecnológico.

 

IA como ferramenta de impacto social

Além do entretenimento tradicional, a IA levou os games para novos territórios. No Instituto Bojogá, a tecnologia permite ampliar a atuação em saúde, educação e cidadania.

Daniel explica que trabalhar com jogos aplicados exige processar grandes volumes de dados e interpretar padrões de comportamento. “Sem a inteligência artificial, é impossível você conseguir construir e trabalhar com bases de dados muito grandes que podem trabalhar essa predição”.

O Instituto desenvolveu, por exemplo, um game em realidade virtual para reabilitação de pessoas com AVC, analisando movimentos e desempenho em tempo real para apoiar o tratamento por neuroplasticidade. “Se não fosse pelas matrizes de dados, a inteligência artificial de tratamento das informações, eu não teria como criar um modelo computacional que dissesse o percentual de performance de uma atividade A ou de uma atividade B dentro de um jogo usando realidade virtual”, afirma.

A IA também vem otimizando processos internos do Bojogá, como pesquisa histórica do acervo do museu da instituição. “Uma coisa que demorava quatro dias agora em 40 segundos, 1 minuto ele me traz esse estado da arte comentado, pegando padrões que a gente tem de pesquisas históricas nossas, a forma da gente falar e construindo textos em que o ser humano vai fazer a validação e a curadoria desses dados no processo.”

 

IA generativa: aceleradora de processos, não substituta da criatividade

Sobre a IA generativa, Gularte destaca seu potencial, mas reforça que a criatividade humana permanece central. “Toda ferramenta tecnológica vem para otimizar e acelerar processos. O ser humano tem uma coisa chamada criatividade, e isso nenhuma ferramenta ainda substitui”.

No desenvolvimento de jogos, a IA generativa tem se tornado aliada na criação de assets para testes, na prototipação rápida e na experimentação de narrativas. Daniel destaca, porém, que essas ferramentas ampliam a produtividade, mas não substituem o componente humano, especialmente nas áreas de criação, arte e design.

Para ele, trabalhos repetitivos podem ser automatizados, mas a essência criativa permanece nas mãos dos profissionais. Essa convivência, afirma, abre espaço tanto para produtos autorais quanto para produções otimizadas com apoio da tecnologia.

Fábrica de Programadores: formando talentos para o futuro dos games e da IA

Em sua quarta edição, o Fábrica de Programadores - Aprendendo a Programar com Games e IA entra em uma nova etapa, ampliando o foco em inteligência artificial. Essa expansão dialoga diretamente com o propósito do projeto, que há quatro anos prepara jovens cearenses para compreender e criar tecnologias que moldam o presente e o futuro.

Gratuito e 100% digital, o curso realizado pela Fundação Demócrito Rocha (FDR) em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC) conecta estudantes do ensino médio ao universo da programação, dos jogos digitais e dos fundamentos de IA em uma linguagem acessível.

Acesse fdr.org.br/fabricadeprogramadores e saiba mais!

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