Os impactos da inteligência artificial: Ceará prepara jovens para o mercado digital
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Os impactos da inteligência artificial: Ceará prepara jovens para o mercado digital

Escolas profissionalizantes e projetos de tecnologia mostram como a inteligência artificial transforma aprendizagem e empregabilidade de estudantes

A educação profissional do Ceará vem se conectando cada vez mais à tecnologia e à inteligência artificial. Nas escolas que integram o ensino médio à formação técnica, alunos vêm aprendendo programação, robótica e ferramentas digitais, incluindo o uso crítico da IA, preparando-se para um mercado de trabalho cada vez mais automatizado e tecnológico.

Coordenador dos cursos técnicos do Eixo de Informação e Comunicação da Secretaria da Educação (Seduc), Renanh Araújo explica que o Ceará é hoje destaque nacional no parâmetro educacional.

“Um dos maiores sucessos é essa parte de educação profissional, que é uma modalidade de ensino do Governo do Estado do Ceará onde os alunos fazem o ensino médio integrado ao ensino técnico. Então, eles vêem disciplina da base comum e disciplinas da base em técnica. Ao final dos três anos cursando o ensino médio, ele já está com uma formação sólida na parte técnica, seja ela em informática, redes de computadores, computação gráfica, desenvolvimento de sistemas, que são os cursos do eixo informação e comunicação”, explica.

Hoje, o eixo de Informação e Comunicação conta com cerca de 247 professores atuando em 121 das 133 escolas profissionais do Estado, o que mostra a abrangência e o alcance dessa formação técnica no Ceará.
O coordenador destaca que a inteligência artificial já faz parte do cotidiano das escolas, com treinamento especializado para professores e incentivo para que alunos usem a IA de forma crítica, evitando depender exclusivamente da tecnologia.

“A gente sabe que é uma necessidade. Os alunos estão exigindo, o mercado está exigindo, os professores estão exigindo, então a gente já está trabalhando isso. Não é um futuro. É o agora, é o presente. Então assim, já é uma realidade”, pontua.

Entre as iniciativas no Ceará, ele destaca a parceria com o Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec) para a formação de professores em IA; e o projeto C-Jovem, realizado em parceria com empresas globais, como Google, Dell e AWS Amazon, que garantem certificações internacionais e aproximam os alunos do mercado de trabalho, ampliando o uso de tecnologia e IA no aprendizado.

“Essa certificação internacional, para nós que somos profissionais da área, é algo até mais valioso do que uma própria pós-graduação, porque comprova com o mercado que você sabe tanto na prática como na teoria”, afirma o coordenador.

A incorporação da IA ao currículo também se reflete na prática das salas de aula. Professor do eixo de tecnologia da Seduc, Carlos Elmen detalha como o acompanhamento individualizado potencializa o aprendizado. Desde o primeiro ano, os estudantes aprendem a programar e testar soluções próprias, muitas vezes antecipando conteúdos previstos para anos posteriores. “Na primeira disciplina que eles têm, que é informática básica, eles já conseguem trazer mini sites projetados em HTML, CSS, colocando JavaScript para rodar”.

Para ele, um dos desafios é a utilização da inteligência artificial para que o estudante entenda o funcionamento do processo e possa usá-la como ferramenta pedagógica. “A gente tem essa inclusão da inteligência artificial, que não tem como fugir. O que acontece, o aluno vai querer pegar a inteligência artificial para construir uma atividade. Ele tem que utilizar ela da melhor forma possível, a fim que ele aprenda a fazer os prompts, como a gente chama, da inteligência artificial, e não deixar que a inteligência faça por ele”.

 

Fábrica de Programadores

Além das escolas, o Ceará investe em projetos complementares, como o Fábrica de Programadores – Aprendendo a Programar com Games e IA. O curso 100% digital e gratuito, desenvolvido pela Fundação Demócrito Rocha com apoio da Universidade Federal do Ceará, oferece a estudantes de ensino médio e jovens a oportunidade de aprender lógica de programação, criar jogos e explorar fundamentos da inteligência artificial.

Chegando à quarta edição em 2025, o projeto já revelou talentos e aproximou a juventude do universo tecnológico, com foco em pensamento computacional e resolução de problemas. Em edições anteriores, estudantes desenvolveram projetos que partiam de problemas reais de suas comunidades, conectando tecnologia às demandas do dia a dia.

Acesse fdr.org.br/fabricadeprogramadores e saiba mais!

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