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Conheça ideias de cearenses que viram oportunidade de negócio nas startups

PetWalk, PlantEdu e Urbis oferecem serviços baseados em soluções inovadoras

Depois da pandemia, com maior necessidade de soluções digitais para todos os setores econômicos, o setor tecnológico ficou em ainda mais evidência. A tecnologia é cada vez mais um bom caminho para quem deseja começar seu próprio negócio.

Segundo Simone Nunes, coordenadora do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo do Campus da Universidade Federal do Ceará (Inove), as startups têm se destacado nesse sentido. “Depois da pandemia houve um boom de startups que surgiram para trazer soluções para as novas demandas da sociedade. É muito difícil pensar no avanço dos negócios sem pensar em tecnologia hoje”, destaca.

Por isso, no campus da UFC de Quixadá, onde o Inove opera, o empreendedorismo é trabalhado como parte essencial das disciplinas e demais atividades relacionadas à graduação e pós-graduação. O núcleo trabalha como ponte entre projetos de alunos e quem pode viabilizá-los, como investidores e editais públicos.

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A coordenadora explica que o Ceará tem grande demanda para projetos de tecnologia aplicados a diversas áreas da economia, especialmente agronegócio e saúde – mas mesmo áreas já consolidadas no Estado, como turismo e gastronomia, podem avançar com novas soluções digitais. “A tecnologia é interdisciplinar e perpassa todas as áreas. Mesmo as que já se resolvem bem hoje podem avançar”, conclui.

Além das iniciativas no ambiente acadêmico, como o Inove e o programa Empreende UFC, quem busca orientação e networking no ecossistema do Ceará pode contar com ambientes de inovação como o Ninna Hub, em Fortaleza, e o Espaço Cuida, em Juazeiro do Norte.

Há ainda os hubs do Sebrae e do IEL Ceará e programas como Corredores Digitais e Clusters Econômicos de Inovação, ambos do Governo do Estado.

Ceará, terra de inovação

De acordo com o Mapeamento de Ecossistema Brasileiro de Startups 2022, elaborado pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups), o Ceará é o 8º estado com mais startups no País, com 50 empresas registradas nesse formato. Fortaleza, por sua vez, é a 7ª cidade do País com mais startups.

Conheça três ideias cearenses inovadoras:

PetWalk

Lucas Robson conta que sempre foi competitivo. Já nas gincanas e feiras de ciências da escola, procurava sempre inovar nos projetos. Para ele, essa foi sua primeira característica empreendedora – que se desenvolveria ainda mais no curso de engenharia de software da UFC campus Quixadá. Já na pandemia, começou a trabalhar como desenvolvedor júnior na cearense Mercadapp, onde conheceu o mundo das startups. Se encantou, decidiu empreender e começou a buscar uma demanda para solucionar. E foi olhando para sua rotina como tutor do cachorrinho Node, hoje com um ano e meio, que a ideia surgiu.

“Durante a pandemia, pensei em uma solução para o mercado pet. Percebi que o que faltava na nossa região era o lance dos serviços, pois as concorrentes não tinham dominado bem o mercado”, conta. Assim nasceu o PetWalk, aplicativo que liga tutores de pets a profissionais capacitados para passeios e atividades ao ar livre. “Já tive diversos pets e uma das coisas que percebi é que nem sempre a gente tem o tempo que eles precisam. Sinto na pele a dor desses tutores, então é um serviço que também resolve a minha dor”, completa.

Na plataforma, além da contratação dos serviços, há funcionalidades como envio de mídias e pagamento online. O app será lançado oficialmente nesta quarta, 31, e tem um modelo de negócios centrado nos prestadores de serviço, que serão diretamente ligados à plataforma ou a pet shops, diferente do modelo de parceria utilizado por concorrentes, explica Lucas. A ferramenta funcionará em Quixadá e Fortaleza. Em breve, o app chegará também a Quixeramobim. Para saber mais, acesse: www.petwalk.com.br.

PlantEdu

Foi por meio de ações do Inove e do programa Corredores Digitais que Ray Teixeira começou a se interessar por startups. Em 2019, ainda no 2o ano do Ensino Médio, ele participou do Corredores com um projeto intitulado Agritech, junto com amigos da escola. Um ano depois, participou com três colegas de um hackathon do Clusters de Inovação. Ali brotava a sementinha da PlantEdu, plataforma educacional voltada para a juventude camponesa. “O problema que buscamos resolver é voltado pro êxodo dos jovens do campo, algo que está diretamente relacionado à nossa história”, explica.

Segundo Ray, é comum que adolescentes da região, ao terminarem a escola, precisem mudar de cidade para conseguir se desenvolver a nível profissional. Por isso, o grupo decidiu criar a plataforma 100% online de formação e capacitação focada, inicialmente, na agricultura. A primeira atividade foi um curso teste de vermicompostagem para 40 pessoas. A demanda, no entanto, foi bem maior, e a equipe já trabalha para conseguir ampliar o público e o catálogo de formações. Recentemente, a escola lançou o curso de Produção de Horticultura.

“Prezamos sempre por uma metodologia agroecológica, de menor impacto ambiental. Tem muita coisa planejada para esse ano, inclusive formações em outros eixos temáticos que vão além da agricultura, porque o campo tem muitas potencialidades pra desenvolver além do eixo agrícola”, explica Ray, que hoje atua como CEO da plataforma. “Nosso objetivo é trazer novos horizontes para a juventude rural, principalmente na educação, agregando a tecnologia ao cenário rural”. A plataforma funciona no endereço www.plantedu.com.br.

Urbis

Foi atuando como diretor comercial de uma empresa júnior na UFC, onde cursou Direito, que Luis Santos,
atual CEO da Urbis desenvolveu um lado empreendedor. Focou em amadurecer ideias e se conectar com o ecossistema, o que o levou a um estágio na Urbis, empresa que cria clubes de vantagens personalizados.

“Fui o primeiro contratado, ainda como estagiário do comercial. Bati muita porta para angariar os parceiros para compor a rede de benefícios, o que me ensinou muito. Com um ano, fui chamado para fazer parte da sociedade”, conta.

Entre 2017 e 2018, a Urbis foi acelerada pela Casa Azul Ventures. Já em 2019, conseguiu o primeiro investidor profissional. Em 2020, Luis e os sócios Igor Paulino e Italo Lima decidiram mudar o modelo de negócios de B2C para B2B. “Isso nos deu um crescimento absurdo. Tínhamos 2 mil pessoas cadastradas; no primeiro ano da mudança, a gente já foi para 13 mil usuários, e em 2021 batemos 100 mil”, comemora.

Atualmente, a empresa tem quase 400 mil usuários, e pretende chegar a 1 milhão até o fim do ano. Em todo o País, mais de 50 empresas já criaram seus clubes de benefícios com a marca. “Elas nos contratam para pensar em benefícios para o cliente, gerando fidelização. No total, os usuários economizaram por volta de R$ 6,8 milhões com os descontos dos clubes, e projetamos superar a casa dos R$ 10 mi em economia ainda em 2023”, completa. 

A Urbis é uma das 60 startups selecionadas para o Programa de Aceleração Delta-V, realizado pela Casa Azul com apoio do BNB. Conheça: www.urbis.cc.

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