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Mercado de tecnologia: como fazer uma transição de carreira?

Uma das funções com maior oferta de vagas é a de desenvolvedor. Recrutadoras dão dicas para quem quer ingressar na área

Com a crise, milhões de brasileiros precisaram reformular a rotina e as metas pessoais. Além do empreendedorismo, uma opção que acabou ganhando força foi a da transição de carreira, fosse por necessidade - devido a demissões e cortes salariais - ou pelas novas percepções adquiridas durante a pandemia. E se nos últimos anos o mercado de tecnologia já estava aquecido, com oferta de vagas crescente e remuneração atrativa, a digitalização dos processos pós-isolamento social fez com que mais postos de trabalho na área fossem abertos no Brasil e no mundo.

Para muitos, esse foi o match perfeito. Em 2021, várias pesquisas demonstraram o desejo dos entrevistados de mudar de carreira, a exemplo de um estudo realizado pelo LinkedIn e do relatório Work Trend Index, feito pela Microsoft. Ambos calculam que quase metade dos participantes gostariam de adentrar em outra seara profissional. E a movimentação do mercado indica que boa parte dessas pessoas vê na tecnologia a possibilidade de obter novos conhecimentos e aumentar os ganhos.

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Um estudo da Brasscom apontou, no fim do ano passado, a demanda de 797 mil novos profissionais de tecnologia no Brasil até 2025. Mas para entrar no setor, mesmo em cargos iniciais, é preciso primeiro investir em capacitação, seja através do Ensino Superior ou de cursos livres, alerta a tech recruiter Keilyane Gomes.

“Quando há um hiperaquecimento de alguma área no mercado, sempre há uma migração para aquele segmento, mas é preciso ter minimamente um interesse e conhecimento básico sobre onde você vai atuar, pois nem todo mundo vai ter familiaridade”, ressalta.

Como o mercado digital é cada vez mais amplo, é importante também saber em que área o profissional deseja atuar. O primeiro passo para descobrir esse caminho, claro, é pesquisar muito - além do networking, que pode começar pelo LinkedIn, onde 90% das empresas buscam profissionais, segundo Keilyane -, ou em eventos como bootcamps e hackathons.

“É preciso ler, entender, conversar com outros profissionais, começar a fazer uma rede de contatos e procurar cursos voltados para o que você quer”, explica a recrutadora.

Oportunidades dentro e fora do Brasil

Por serem em grande parte remotas, as vagas do mercado tech possibilitam que os profissionais trabalhem em empresas nacionais e internacionais, ganhando, com frequência, em moedas estrangeiras como dólar e euro. Entre as posições que mais ofertam vagas estão as de Desenvolvedor, Cientista de Dados, Engenheiro de Dados e Tech Leads, com destaque para a primeira, que engloba diversos níveis de aprendizagem e linguagens de programação.

No Brasil, segundo Keilyane Gomes, a remuneração costuma variar entre R$ 4 mil e R$ 20 mil, de acordo com a senioridade do profissional, a região da empresa e as especificidades do cliente. Além de empresas maiores, como multinacionais, startups também têm sido responsáveis por boa parte das contratações.

De acordo com a tech recruiter Maria Celina Alves, apesar de o País ainda perder muita força de trabalho para o exterior, as empresas brasileiras têm conseguido atender às demandas dos profissionais de tecnologia, tanto em remuneração quanto em estímulo intelectual. “O profissional de tecnologia sempre busca o desafio, poder atuar com tecnologias novas, atrativas, em empresas com propósito e que ofereçam qualidade de vida”, explica.

A qualidade de vida, aliás, têm tido grande peso para quem busca mudar de carreira de 2020 para cá, segundo Celina. “Com a pandemia, a gente começou a valorizar mais os momentos que vivemos, a qualidade do tempo. Até o home office, que não era bem visto por muitas empresas, a gente viu que funcionou e que é um ganho que a gente tem, pois conseguimos reunir pessoas diferentes, de vários lugares. O poder de escolha é maior, tanto para a empresa, quanto para o empregado”, conclui.

SERVIÇO

Fábrica de Programadores

Como parte do projeto Fábrica de Programadores, O POVO Tecnologia realiza lives nos dias 1, 9, 13 e 15 de junho uma série de lives, sempre às 18h30min, com apresentação do jornalista Hamilton Nogueira.

Nesta segunda-feira, 13, a live terá como tema "Como fazer mudança de carreira para o mercado digital" e contará com a participação de Marcos Freitas, fundador e CEO da aceleradora de negócios Seja Alta Performance, e João Justo, head de Operação e Inovação do NINNA Hub. Acompanhe no canal do YouTube do O POVO.

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