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Curso gratuito debate direito das mulheres ao esporte. Inscreva-se!

Com inscrições abertas até fevereiro, o projeto busca estimular a reflexão sobre igualdade de gênero no esporte

Basta ligar a TV para perceber que as mulheres estão ganhando mais visibilidade no esporte. Mas esse fenômeno, realidade no Brasil e no mundo, ainda é tímido e acontece pautado em preconceitos e desigualdades, com desafios muito maiores para elas. Para debater essas questões e refletir sobre igualdade de gênero no esporte, a Universidade Aberta do Nordeste (Uane) e a Fundação Demócrito Rocha (FDR) realizam o curso de extensão “Esporte Delas – Empoderamento, inclusão e permanência de meninas e mulheres no esporte”. O curso, inteiramente gratuito, recebe inscrições até o dia 15 de fevereiro e contempla ebooks, videoaulas e radioaulas, bastando realizar a inscrição no site para ter acesso instantâneo ao conteúdo.

O curso é voltado para todas as pessoas que desejam mergulhar no universo das mulheres no esporte. “Profissionais do esporte e da educação física, jornalistas, gestores de secretarias, coordenadores de projetos, estudantes e demais interessados no tema”, elenca a coordenadora do curso, Daiany Saldanha.

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A formação, disponibilizada na modalidade de ensino à distância (EaD), possui carga horária total de 70 horas, estruturadas em seis módulos: 1 - A história das mulheres no esporte; 2 - O esporte como espelho da sociedade: corpo feminino e estereótipos; 3 - Promoção de programas seguros e inclusivos; 4 - Como trabalhar a igualdade de gênero na educação física escolar; 5 - Mulheres na carreira esportiva: o caso de Aline Silva e 6 - Boas práticas de fortalecimento de meninas e mulheres por meio do esporte.

Com aulas disponíveis desde 11 de janeiro, a cada semana, um novo módulo é liberado para a turma. O último, de caráter integrativo, é ministrado pela coordenadora, que é também profissional de educação física. O foco é em políticas públicas, liderança feminina e promoção de políticas de diversidade.

“Dialogamos sobre a promoção de políticas públicas inclusivas, a construção de novas narrativas na mídia esportiva para uma cobertura mais equitativa e o desenvolvimento de programas de fomento à liderança feminina. Além disso, abordamos estratégias para garantir diversidade, equidade e inclusão em federações e associações esportivas, bem como a realização de festivais e competições mistas e específicas para mulheres”, adianta Daiany Saldanha, também mestre em mudança social e participação política (EACH-USP).

Ela diz que o curso “é uma resposta aos desafios enfrentados pelas mulheres no contexto esportivo”, mas que não se restringe apenas a refletir sobre os direitos das mulheres ao esporte, uma vez que o curso destaca os benefícios do esporte e da atividade física “não apenas para a saúde, mas também para o empoderamento e desenvolvimento de habilidades socioemocionais”, explica.

Ao fim da formação, os aprovados terão direito a certificação pela Universidade Estadual do Ceará (Uece) e Uane/FDR.

O esporte como espelho social
A socióloga Carolina Farias Moraes, mestre pelo Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), é uma das conteudistas do curso, contribuindo no segundo módulo. Ela diz que há uma ligação intrínseca entre esporte e sociedade – e que esta, como um espelho, reflete e influencia as estruturas sociais, valores e crenças culturais. “Apesar dos aspectos positivos, o esporte também pode refletir as desigualdades sociais e econômicas existentes”, explica.

“Diferentes esportes têm popularidades variadas em culturas distintas, o que revela o que cada sociedade valoriza, como força, velocidade ou trabalho em equipe. Além disso, o esporte serve como um meio de união e formação de identidade, o que é particularmente evidente em eventos de grande escala, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas”, exemplifica.

Segundo Carolina, o impacto da relação entre esporte e sociedade na formação de meninas e mulheres “é profundo e multifacetado”. “Ainda há desafios a serem superados, como a falta de igualdade em oportunidades e reconhecimento em comparação aos homens. Essas disparidades são evidentes na visibilidade da mídia, nos valores de prêmios, e nas oportunidades de gestão e administração no esporte”, informa a socióloga.

Para ela, a presença feminina no esporte, embora “crescente e positiva”, enfrenta barreiras estruturais e sociais que exigem políticas mais eficazes, o que garantiria a promoção da igualdade e reconhecimento no esporte.

Serviço
Curso Esporte Delas – Empoderamento, inclusão e permanência de meninas e mulheres no esporte
Inscrições até 15 de fevereiro
Onde: https://fdr.org.br/esportedelas

 

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