Empreender

A magia e os desafios de empreender: a história da Patuá

Após os percalços iniciais, o restaurante completa 4 anos de existência com direito a casa nova

No universo desafiador da gastronomia, onde a paixão pela culinária se mistura aos desafios do empreendedorismo, há histórias que transcendem os obstáculos e exalam inspiração. Uma dessas narrativas é a trajetória das empreendedoras Débora Martins e Rebeka Feitosa, criadoras da Patuá, um espaço que vai além de um simples restaurante: é um refúgio gastronômico.

Desde a sua concepção, a Patuá se destaca por sua proposta, que combinando bebidas e drinks especiais com uma gastronomia de excelência, em um ambiente acolhedor. Mas a jornada para transformar esse sonho em realidade foi permeada por desafios que testaram a resiliência e determinação das empreendedoras.

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"A gente abriu em agosto de 2019 e quando foi em março de 2020 veio a pandemia. A gente tinha sete meses de casa somente. Então veio aquele negócio surreal que ninguém soube o que fazer exatamente", relembra Débora, destacando o impacto avassalador da pandemia logo nos primeiros meses de operação.

Mesmo diante das adversidades, as empreendedoras não se deixaram abater. Vivendo dentro do restaurante – literalmente, as duas se desfizeram de um apartamento para levar o sonho adiante - cada uma desempenhando papéis cruciais para manter o negócio funcionando durante os meses de lockdown, mostraram uma determinação inabalável.

"Eu na cozinha, Rebeka no delivery, falando com o cliente e comunicando a empresa. A gente conseguiu sobreviver ali nesse tempo. Mas foi uma loucura total esse período, fizemos pastel, sopa, tudo o que foi possível para sobreviver", relata Débora, evidenciando a união e comprometimento que foram essenciais para superar aquele momento de crise.

Mas os obstáculos não pararam por aí. "Logo depois que a gente voltou da pandemia, pra completar ainda, o dono da casa veio e disse que ele ia vender o espaço. Na época era um valor bem expressivo, à vista, coisa que a gente nunca teria tido a oportunidade de chegar a esse valor, sabe?". Essa reviravolta inesperada obrigou as empreendedoras a se readaptarem, encontrando um novo espaço para a Patuá. Na procura encontraram o endereço mais conhecido do restaurante, que o abrigou a maior parte do tempo. Uma casa antiga, enorme, localizada na rua Monsenhor Bruno.

“Era uma escola de gastronomia anteriormente, mas que tinha sido saqueada e também não tinha mais nada, não tinha um pedaço de fio elétrico dentro dessa casa, um forro de gesso, absolutamente nada”, conta. A solução? Juntar-se a outros empreendedores, que também estivessem procurando um espaço físico para o seu negócio, “para fazer as coisa acontecerem”.

Apesar dos desafios, a Patuá floresceu, tornando-se um verdadeiro oásis gastronômico em Fortaleza. "Hoje, depois desses quatro anos, a gente vê como é importante primeiro a gente ter um time, uma equipe próxima,", reflete Débora, destacando a importância dos laços construídos ao longo da jornada empreendedora.

Agora, após 4 anos de casa, a Patuá lança novamente vôo para um outro espaço, mais integrado à natureza e com o ambiente que as empreendedoras sempre sonharam. “Também é uma casa antiga que precisou de reforma, mas que traz aí um leque sortido de várias plantas frutíferas. No imóvel a gente tem mangueira, caju, seriguela, limão, laranja, pé de ata, romã, goiaba, enfim, é realmente essa ponte com a natureza que a gente sempre buscou fazer”, conta uma Débora orgulhosa do novo momento. O novo espaço, agora localizadi na Rua José Vilar – 2876, já está de portas abertas.

Hoje, com a casa estabelecida, um negócio mais maduro e uma equipe de 18 funcionários, Débora cuida da parte operacional do restaurante e Rebeka do marketing. Uma vantagem que chega com o tempo, dividir as tarefas para desempenhá-las melhor. É nessa parte em que o empreendedor tem mais liberdade de sonhar: já que consegue ter uma visão melhor do negócio e perspectiva de futuro sem os percalços do primeiro, que costuma ser longo e desafiador.

A Patuá não é apenas um restaurante, é um símbolo de perseverança, criatividade e amor pela gastronomia. É um lembrete de que, mesmo nos momentos mais difíceis, é possível encontrar magia no empreendedorismo. E, com uma equipe unida e uma visão clara, os desafios podem ser superados, transformando sonhos em realidade.

Débora divide ainda alguns aprendizados importantes que acumulou ao longo dessas 4 décadas como empreendedora: “empreender na área de A/B é bem intenso. É dedicação, é correria mas tudo é mais fácil quando se planeja. Então um bom planejamento, uma boa cotação de fornecedores (aqui é um grande gargalo do setor - compras) já é um grande impulso para o sucesso da empresa”. E finaliza: “alinhamento de valores junto aos colaboradores, fichas técnicas... bater mesmo nessa “burocracia” traz toda a margem de sucesso pra empresa”.

 

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