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Paixão de infância que virou negócio

Conheça a história por trás da Tetê Bolos

O ano é 1992 e a pequena Deborah corre pela cozinha. O cheirinho de bolo que invade toda a casa vem de lá. Guiada pela memória olfativa, ela vai pra acompanhar o bonito processo que é ver sua mãe reunindo os ingredientes que, como numa formulação mágica, se transformam no bolinho de sabor acentuado e já conhecido por todos. Além de lamber a bacia aveludada – resultado da mistura de manteiga, açúcar, ovos, leite e fermento, ela aguarda ansiosa pelo dia em que poderá, finalmente, colocar suas mãozinhas para ter sua experiência.

Quando Deborah completa 10 anos, vê a alquimia de um bolo se desenrolar por meio de suas próprias mãos. O perfume também percorre pela casa. Quando a receita dá certo, ela liga para o trabalho da mãe e conta orgulhosa: “mãe, fiz um bolo!”. A Deborah dessa história, em 2022, é conhecida de muitos cearenses. Você pode até não a conhecer pelo nome, mas já deve ter visto o bolo dela por aí - e talvez, até experimentado - , mas seu negócio hoje é conhecido como Tetê Bolos. “Minha paixão pela cozinha começou muito cedo, aos 7/ 8 anos. Minha mãe sempre cozinhava e fazia bolos, principalmente aos fins de semana”, lembra.

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Mas Deborah Paiva Figueiredo Lopes, 36, ainda viveria muitas outras coisas antes de se tornar confeiteira. Formada em administração, em 2010 ela estava em busca de recolocação no mercado de trabalho. Foi seu Carlos Figueiredo, pai de Deborah, quem teve a ideia de levar seus quitutes, já conhecido e elogiado por toda a família, para vender num comércio próximo de casa. Foi ele também quem batizou o que viria a se tornar um negócio: Tetê, em homenagem à dona Maria Teresa, sua esposa e mãe da Deborah.

Deborah então encontrou um novo trabalho, mas ainda assim continuou fornecendo os bolos por cerca de 2 anos. Mas depois que seu pai faleceu, ela decidiu largar a ideia e dedicou-se a formalidade do emprego. Em 2013, após ter seu primeiro filho e procurando meios de passar mais tempo com o pequeno, ela decide que é hora de voltar pra cozinha. “Voltei a fazer bolo para os mêsversários dele. Pensando em passar mais tempo com meu filho, durante a minha licença maternidade, tive a ideia de voltar a fazer bolos para vender. Comecei a vender inicialmente para amigos, familiares, e colegas de trabalho, e logo a propaganda foi aumentando”.

 

Ela conta ainda, que foi nesse início que ela ouviu falar pela primeira vez em Naked Cake, hoje marca registrada do seu negócio: “Era uma moda que estava surgindo e minha irmã, que morava em outra cidade, me mostrou esse estilo novo. Foi amor à primeira vista, me apaixonei, e comecei a fazer quase que exclusivamente só esse estilo”.

Enquanto se dividia entres os cuidados com o bebê, o trabalho e os bolos, o melhor marketing ia acontecendo: a propaganda boca a boca. “Durante muitas noites eu dormia 1, 2 horas de sono apenas, para dar conta dos pedidos. Foi aí que surgiu a necessidade de me desligar do trabalho. Com muito apoio e incentivo do meu esposo, que tem muita veia de empreendedorismo, e que acreditava muito no nosso negócio”. Em 2014, ela decide que é hora de se dedicar somente ao novo negócio, rebatizado de Tetê Bolos, como forma de homenagear a ideia de seu pai.

Depois de 8 meses, o espaço de casa ficou pequeno e Deborah precisou alugar uma nova casa, que abarcasse suas necessidades de moradia, mas também da pequena empresa. Da cozinha saíam os bolos e a sala foi transformada na recepção. “As encomendas foram aumentando, nosso quadro de funcionários foi aumentando, tivemos mais um filho, e então nos mudamos mais uma vez. Desde 2017 essa casa é só empresa”, conta Déborah sobre o espaço onde hoje reside sua Tetê Bolos, que vende cerca de 7 mil bolos por mês.

Além da cozinha número 1, a Tetê Bolos é praticamente uma rede, alcançando vários pontos da cidade com uma loja na Parquelândia, um carrinho na Praça das Flores, um quiosque no Cambeba e, no início do próximo mês, o bairro Parangaba também ganha um quiosque Tetê pra chamar de seu.

Como dica de quem já está há quase uma década no segmento, Deborah é simples e direta: “A confeitaria é um mercado que está crescendo bastante, e tem vários segmentos. Tem espaço pra todo mundo! E dentro desse mercado, você precisa escolher seu nicho. Vou falar de três coisas que não abro mão: atendimento ao cliente, qualidade do produto e inovar sempre dentro do mercado Naked”.

Nove anos depois, com sua empresa estabelecida, ela conta que o segredo da perseverança no empreendedorismo é gostar do que faz e acreditar no seu negócio: “ Como todo negócio, tem momentos muito bons, e momentos difíceis, como foi a partir da pandemia. Mas pra gente temos um lema, só temos uma escolha: O nosso plano B, é fazer o plano A funcionar, fazer dar certo. E assim, todos os dias levantamos pra dar o nosso melhor e fazer dar certo!”, finaliza Deborah.

 

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