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[Série] Com açúcar e com afeto, eles fazem seu doce predileto

Ressignificando ideias com criatividade: o case de sucesso Xibata 16cm
00:00 | Fev. 22, 2022
Autor O Povo
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Tipo Publieditorial

Um crepe nada convencional. No negócio da empreendedora cearense Glaucyellen Leite, 27, a sobremesa pra adoçar a vida vem com uma dose de humor agregada. Na pequena lojinha, aberta em dezembro de 2021 no bairro Pirambu, a estrela é o crepe em formato de pênis, calorosamente batizado de Xibata 16cm, pra fazer jus ao vocabulário cearense. Pronto! Foi o suficiente para chamar a atenção de muita gente.

Fisioterapeuta de formação, Glaucyellen sempre achou complicada a ideia de empreender. Na contramão do que muita gente imagina, ela sempre teve na cabeça que a missão não seria uma tarefa fácil. Até o dia em que despertou para a seguinte situação - a de que estaria cedendo todos os seus esforços para que a empresa de outra pessoa crescesse, quando poderia investir seu capital intelectual no seu próprio negócio. Mas empreender em quê?

Passeando pelas timelines da vida, ela viu um vídeo na internet que falava sobre o Festival da Fertilidade na Indonésia. No vídeo, porém, outra coisa lhe chamou a atenção: os crepes no palito que estavam sendo saboreados pelas pessoas no festival tinham um formato muito peculiar. “Meu Deus, o quê que é isso mesmo? Aí eu ri, porque eles iam comendo normalmente como quem come um pastel, uma batatinha frita na esquina. Aí pensei - não! tenho que trazer isso pra cá, isso vai dar muito o que falar. E comecei a imaginar mil coisas na minha cabeça, só que eu não sabia por onde começar”.

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A ideia veio da Indonésia, mas aqui ganhou um toque de cearensidade
A ideia veio da Indonésia, mas aqui ganhou um toque de cearensidade (Foto: Divulgação)

Começou pelo início: super incentivada pela irmã, que comprou a ideia já de cara, foram em busca de fabricantes de panelas que pudessem desenvolver o molde nada convencional: “Eu e minha irmã passamos duas semanas indo de fábrica em fábrica em busca de panela. Aí disseram que eu tinha que fazer um molde de gesso, lá vai eu atrás de gesseiro e o povo achando que eu estava fazendo hora, que era trote, ninguém me levava à sério. Teve uma pessoa até que disse que não poderia colaborar com isso porque ele era da igreja”, conta uma Glaucyellen que hoje ri da situação.

Disposta a fazer o tal crepe nem que fosse na frigideira como quem faz uma bruaca, ela persistiu na ideia. Muitas pesquisas depois, descobriu porém que seria impossível encontrar uma panela que lhe servisse. E a solução não estava nas proximidades. A tal panela, ou melhor, máquina para fazer o crepe em forma de pênis, teria que vir da China. Além do tempo que levou para juntar o dinheiro, o equipamento chinês demorou mais de três meses pra chegar.

Enquanto não chegava, a empreendedora já pensava adiante. Colocou na cabeça que para ter seu primeiro negócio, ele precisava existir de fato, com direito a ponto físico e tudo: “Eu ouvia muito assim - Tu é doida, só tem uma máquina e vai abrir uma loja? E se essa máquina der o prego? Menina, bota em casa mesmo, faz delivery”. Mas Glaucyellen não deu ouvidos à negatividade geral - Além dos pitacos, ela conta ainda que o preconceito foi grande. Mas nada que a fizesse desistir do plano.

Dois meses depois, a empreendedora já lançou novidade: o Xibiu
Dois meses depois, a empreendedora já lançou novidade: o Xibiu (Foto: Divulgação)

A máquina chegou e ela, junto com a irmã, deu início aos testes: “Foi difícil achar a consistência. A massa não endurecia, ficava um crepe mole”. Mas acharam o ponto de ereção perfeito da massa, e o Xibata 16cm abriu suas portas. Hoje, dois meses depois, o Instagram da marca já soma mais de 20 mil seguidores. : “A vida é um desafio, eu posso dar certo, eu posso dar errado, mas se eu não tentar eu nunca vou saber se eu vou dar certo”, conta a fisioterapeuta, que agora se dedica integralmente ao novo negócio. O sucesso, inclusive, foi comemorado com o lançamento de um novo produto: o crepe com formato de vagina. E para não sair da linha do cearensês, foi carinhosamente batizado de Xibiu.

Uma grande ideia nem sempre quer dizer uma ideia inédita. Muitas vezes algo que deu certo num lugar pode ser replicado em outro local, com uma dose de criatividade. “A ideia nem foi minha, foi do pessoal lá da Indonésia que tem esse costume, mas quando eu pensei em trazer pra cá, por sermos um povo que ri de tudo, ri da desgraça, ri do que é bom, ri do que é ruim, então eu pensei assim acredito que vai ser bem legal misturar humor com erotismo, que o pessoal vai se divertir”.

Quer mais dicas valiosas sobre empreendedorismo? Acesse o site do Movimento Empreender e aprenda, na prática, como alavancar seu negócio.

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O que faz a sua marca ser lembrada?

#PubliEditorial
00:00 | Jun. 21, 2022 Tipo Publieditorial

Pense na sua marca favorita. Pode ser a do seu telefone, da sua televisão ou até mesmo daquela hamburgueria que você adora ir aos finais de semana. Provavelmente, as marcas que já fazem parte do seu dia a dia logo vão vir a sua cabeça. Quando você pensa em telefone, você pensa naquela marca, com o televisor e a hamburgueria do mesmo jeito. Isto acontece porque essas marcas despertam sensações em você. 

Isso significa que o trabalho de branding dessas empresas está sendo muito bem executado. Branding é o conjunto de ações voltadas para sustentar o posicionamento da marca, com o alinhamento certo de seus propósitos e valores. W Gabriel, especialista e consultor de marketing, mídias sociais e omnichannel, explica como é o funcionamento por trás do branding: “Com esse conjunto de ações, criam-se conexões tão fortes entre as pessoas e a marca que isso se torna um fator decisivo para que os clientes escolham sua marca, e não o concorrente, no momento de decisão de compra”.

E, ao contrário do que muita gente pensa, não são só as grandes empresas que precisam pensar em branding, a sua micro e pequena também precisa se ela quiser se destacar – e ser lembrada. “É óbvio que grandes marcas como Omo, Vanish, Nike ou Adidas são memoráveis em boa parte do mundo. Mas isso não quer dizer que, na gôndola do supermercado, na lista do iFood, no corredor do Centro da cidade ou na esquina do seu bairro, não possa existir uma marca que se conectou tanto com o público, que jamais será esquecida”, exemplifica o especialista. Mas como seu pequeno negócio pode ganhar investindo em brandind digital?

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A seguir listamos 2 dicas para seu negócio apostar nesta estratégia:

1)Desenhe sua marca com técnicas profissionais de design 
Não importa se você vai usar apenas on-line ou fisicamente, você pode desenhar sua marca apenas com texto ou também com ícones. Seja como for, lembre-se de que sua marca deve transmitir de imediato a promessa da sua empresa, como leveza, sabor irresistível, confiança na qualidade, status ou outros. Para transmitir isso, o desenho da marca precisa ter traços, cores, posições dos elementos, dentre outros aspectos que apenas um profissional da área saberá compor. Fazer isso é importante para que sua marca seja lembrada e entendida e, mais do que isso, que desperte uma sensação em quem vê. Como ela será a lembrança mais repetida que seu cliente verá, principalmente nos meios on-line, dê atenção redobrada a esse trabalho.

2) Construa sua fachada
(física ou on-line) de forma convidativa

Infelizmente, muitos empreendedores negligenciam a fachada (física ou on-line) de suas empresas. Certamente, você já deve ter ouvido que “aquela empresa está quebrando, parece que está abandonada” ou então “eu não vou entrar aí, tenho até medo” ou até “eu nunca encontro vocês na internet, desisto”. São sentimentos como esses que invadem a mente dos clientes quando eles encontram fachadas maltratadas. E certamente não é esse tipo de comentário que você quer ouvir de seus clientes.


Mesmo que você precise ter uma fachada física, coloque-se no lugar de quem está passando pela rua e que não conhece seu negócio. Essa pessoa se sentiria à vontade para entrar no estabelecimento? Despertaria nela a confiança necessária para comprar de você? E, mesmo que ela nem sequer entre, ela se lembraria da sua empresa em outra oportunidade? Tenha atenção: tudo hoje acaba nos meios digitais, ou seja, se sua fachada física não fizer qualquer link com os meios digitais, seja divulgando seu site, perfil do Instagram ou contato pelo WhatsApp (a partir do número ou QR Code), a pessoa interessada não poderá nem pesquisar por você mais tarde para se lembrar mais facilmente de tudo o que viu. Todas essas são perguntas para que você consiga decidir sobre a comunicação de informações e layout que colocará na fachada.


Mas, caso sua fachada seja on-line, a partir do seu site ou outra plataforma oficial, é importante que reflita se é fácil entrar em contato com você a partir dali, se é possível saber de forma rápida o que você realmente faz, se há como definir qual sua principal promessa para se difeenciar da concorrência e se existe alguma maneira que fará a pessoa lembrar de você em outra oportunidade. Após essas reflexões, fica mais fácil bater o martelo sobre qual a melhor fachada (física ou on-line) para seu negócio.

W. Gabriel fala justamente sobre este assunto no módulo 6 do curso Transformação Digital para Micro e Pequenas Empresas, o curso gratuito do Movimento Empreender, que tem como objetivo elevar a qualidade da presença dos pequenos negócios no digital. Para se inscrever basta acessar movimentoempreender.com Inscritos com CNPJ ganham benefício exclusivo.

 

 

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Monique Evelle, uma das 50 profissionais mais criativas do Brasil, participa de Webinar gratuito

#PubliEditorial
00:00 | Jun. 14, 2022 Tipo Publieditorial

Empresária, ativista, escritora e uma das vozes mais importantes da Inovação do Brasil, Monique Evelle é, antes de tudo, potente. Monique é ponte. Mulher preta, nordestina, trabalha na contramão das estatísticas e vive para mostrar que o estigma pode e deve ser quebrado, desde que disponibilizadas as ferramentas necessárias. Com 27 anos, a baiana é fundadora da Inventivos, plataforma de desenvolvimento de novos empreendedores, além de figurar na lista dos 50 profissionais mais criativos do Brasil, pela revista Wired. E ela, é uma das palestrantes convidadas da Semana em Movimento, um dos maiores Webinars gratuitos sobre empreendedorismo, que acontece de 20 a 27 de junho. Inscreva-se aqui.

Monique começou a pensar cedo nas causas sociais. Com apenas 16 anos deu o pontapé inicial do seu primeiro projeto – o Desabafo Social - que, mesmo sem saber, já começava ali sua jornada empreendedora. Mas algo já a incomodava: onde estavam seus pares? Onde estavam as referências de outras pessoas que se pareciam com ela? Onde estavam os negócios de mulheres pretas que estavam dando certo?

A inquietação ultrapassou o plano das ideias e Monique projetou. Não só, colocou em prática, pediu ajuda quando foi preciso. Vislumbrou um futuro possível e próspero não só para si, mas tem apostado firmemente na ideia de que pode levar outros a também idealizar. Empreender no Brasil não é fácil, principalmente para as maiorias silenciadas, mas encontrar no caminho histórias como a da Monique nos faz acreditar que é possível outra realidade. Como ela mesma concluiu durante sua jornada: “não é possível que as pessoas achem normal ter apenas uma Monique”.

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Nesta entrevista, ela divide um pouco da sua grande experiência. Fala sobre como começou, sobre os caminhos possíveis para empreender no Brasil, dificuldades, preconceito. Uma bate-papo direto, sem amarras e sem medo de dividir o que sabe. Talvez seja essa, inclusive, uma de suas maiores inovações: trabalhar na perspectiva de agregar, de subir, mas levar outras e outros. Se você não conhece Monique, deveria. Mesmo se não tem um negócio.


Movimento Empreender: Aos 27 anos, você é hoje reconhecida como uma das maiores vozes de Inovação no país. Mas sua trajetória começou muito antes, por volta dos 16. Você já pensava nessa perspectiva do empreendedorismo?

Monique: Na verdade, eu comecei sem saber que o que eu estava fazendo era empreender. Por diferentes motivos. Um deles é que a gente não tinha tantas referências como hoje de pessoas que empreendem - e se parecem comigo -, no lugar de empreender por autonomia, empreender por oportunidade. O Brasil tem muita gente preta empreendendo por sobrevivência. Mas até então, eu não tinha nenhuma referência de empreendedora que prosperava nos seus negócios por uma questão de escolha, de opção. Então eu não me entendia empreendedora, eu sabia que eu estava fazendo um projeto para resolver algum problema específico, que no caso era relacionado a educação e direitos humanos, há dez anos. Quando eu tinha 18 anos, eu comecei a entender que tá, não é possível que não tenha um caminho onde a gente possa mudar o mundo e ganhar dinheiro ao mesmo tempo. Por que eu já não estava conseguindo me ver, a longo prazo, trabalhando em alguma outra empresa, independente de qual. Eu não conseguia. Com certeza tem como criar alguma coisa nesse caminho. Corta, começo a entender que era possível empreender por uma questão de autonomia, uma questão de escolha, e de oportunidade também. Mas foi na jornada que eu comecei a identificar esse caminho, não foi de imediato.


ME: Quando você teve dimensão, real/oficial do tamanho e potência do teu trabalho?

Monique: Quando outras pessoas começaram a enxergar potencialidade naquilo que eu fazia eu falei: pra mim o que eu faço é tão óbvio, que não é possível que as pessoas estejam achando demais, estejam achando incrível. Então eu falei tá, existe um público que consegue enxergar potência, porque eu não posso ser essa pessoa também? Acreditando naquilo que eu estou fazendo. A partir disso, começaram os reconhecimentos, muito no lugar chamando de inovação e eu realmente acreditava - e eu acredito desde sempre - que inovação é fazer funcionar. Eu não estou inventando a roda, na época eu também não estava inventando a roda, mas diante do que eu tinha como ferramentas, eu estava fazendo funcionar dentro do que eu estava propondo.

ME: Alguns acreditam que, na maioria dos casos, só existe um tipo de empreendedorismo, aquele por necessidade, e falam que precisamos investir na criação de empregos formais, que não dá para “estimular” o empreendedorismo dentro de um contexto opressor, que empurra as pessoas para a informalidade. Como você enxerga isso?

Monique: Eu também tive esse momento, porque eu falei como é que eu vou dizer pra pessoa ser empreendedora se ela está passando fome, não tem como, é perverso. Mas aí eu também entendi que dentro do universo de empreendedorismo de negócios, existem diferentes narrativas. Uma delas é meritocrática, na qual eu não acredito. Outra é vai lá e faz, como se todo mundo pudesse ir ali e fazer. Não é verdade. E uma outra coisa que eu fiquei pensando é, será que, se tivesse incentivo na escola, a ponto de ver a possibilidade de empreender, eu não já teria empreendido antes? Porque eu comecei no colégio, mas ninguém me ensinou, eu fui fazendo. Até que depois de anos, eu entendi que era negócio e não apenas um coletivo, um mero projeto. Por que a escola não me ensinou? Por que a escola não mostrou possibilidades? Provavelmente porque nunca foi visto como um caminho possível. Sempre foi o lugar da “sevirologia”, tem que se virar. Então não dá pra mostrar o caminho de algo que não existe. Não à toda hoje eu criei a Inventivos, pensando nesse passo a passo pra quem quer empreender, porque com certeza se tivesse isso na escola eu não teria trocado três vezes de curso, Não teria ido pra engenharia ambiental, depois pra direito, depois me formar no bacharelado interdisciplinar em humanidades.

Existem narrativas plurais no empreendedorismo, a gente precisa entender e ouví-las. Não é exclusivamente por necessidade, até porque se a gente fica nessa negação de não preparar as pessoas, de não incentivar, ela vai estar empreendendo como hobby e ganhando dinheiro em outro trabalho CLT. Ou seja, a saúde mental vai embora, o sonho de empreender, também, e a possibilidade de ter uma perspectiva que era possível, já era. Por que sempre falaram que era por necessidade no Brasil, e não precisa ser. Além de necessidade, temos que falar de um empreendedorismo precarizado, num é legal a gente empreender e continuar passando fome, não é possível isso e achar normal, isso é precarização, está errado. A gente quer empreender pra poder contratar pessoas, gerar renda, ter desenvolvimento local. É uma outra perspectiva, eu empreendo por isso e para isso.

ME: Quais são os caminhos possíveis para quem quer empreender no Brasil?

Monique: Tem uma coisa, empreendedor quer resultados rápidos, né? Sim, a gente planeja pra ter resultados daqui a seis meses. Quando esse resultado não chega em 6 meses, a gente desiste. Fim. E vai seguindo a única narrativa de pra ter sucesso tem que fazer isso, aquilo, mas tem que ser rápido. Gente, não é. Tem realidades diferentes. A minha realidade é diferente da sua e de qualquer outra, porque são histórias diferentes. Quando a gente entende isso, a gente começa a equilibrar expectativa e realidade. Não dá pra gente achar que vai correr e utilizar a mesma ferramenta que fulano ou ciclano, que conseguiu em 6 meses. Não é assim, esse é um passo importante.

A gente já tem no nosso imaginário, a sociedade já entende, que tem um processo. Que processo é esse? Faz o vestibular ou o Enem agora. Passa, comemora, tem as provas, TCC, formatura e, quem sabe, você trabalha na área que você estudou. Pronto. Existe um passo a passo por que o imaginário da sociedade foi construído por séculos em cima disso. E na hora de empreender não existe fórmula mágica. Mas existem alguns caminhos possíveis, e eu acredito em um: começar com o que tem. Mas começar com o que tem, não significa continuar nesse estado. Porque não dá pra crescer apenas com o que tem, também não dá pra crescer sozinho. Logo, o segundo passo é: encontre sua tribo.

ME: E o que isso significa?
Se eu sou da área, por exemplo, de gastronomia, minha tribo é da área de alimentação, minha tribo é da área de gastronomia. Preciso procurar pessoas que estão no mesmo estágio que eu, e isso se chama mentoria entre pares. Por que às vezes a gente só quer a pessoa que conseguiu, né? Alguém que tem uma rede de restaurantes, aí eu quero estar com ela. Não, né minha gente? Mentoria entre pares, pessoas no mesmo estágio. E também, claro, pessoas que estão em estágios diferentes, inclusive à frente porque começou antes e começou com outras ferramentas. Por que aí entra o terceiro passo: pedir ajuda! A gente está tão na lógica de ser nosso próprio chefe, que esquece de pedir ajuda. Parece óbvio o que eu estou dizendo, mas é sério, as pessoas não pedem ajuda e ficam assim, como você falou, até madrugada fazendo. Esquecem que nesse pedir ajuda, é a parte que a gente consegue errar menos. A gente aprende com o erro dos outros, minha gente. Eu tive esse momento e falei assim: não é possível que eu vou ficar a vida inteira virando noite, já que eu quero continuar no meu negócio, não tem condições. E aí entra uma outra coisa: delegar tarefas. As pessoas não delegam. Por que empreendedores quando começam sozinhos acreditam que nós somos os únicos capazes de criar o que a gente cria - só eu sei fazer o bolo desse jeito, só eu consigo entregar o portfólio de comunicação desse jeito - , a gente acha que a nossa ideia é a melhor sempre.

ME: E sem delegar…

Monique: Quando a gente não consegue delegar, a gente não consegue crescer. Porque você vai chegar num momento de esgotamento mental por conta do trabalho e depois vai desistir e vai dizer que “empreender não é pra mim”. Empreender não é pra mim, logo eu estou sobrecarregada e vou voltar pro CLT porque tudo o que eu passei foi frustrante. A gente não quer saber do processo, a gente quer o resultado final, e isso não existe. A gente não encontra a nossa tribo, a gente não pede ajuda, a gente não delega, a gente quer o resultado o mais rápido possível e não testa nenhuma ideia antes. A gente coloca toda energia, esforço, tempo, dinheiro, às vezes que nem tem, em algo que não sabe se vai funcionar. Eu testo TUDO, antes de colocar todo esse esforço. A Inventivos foi um teste. Eu falei assim: gente, não é porque hoje eu tenho condições melhores, que eu vou colocar todo o meu tempo, dinheiro e energia nisso, não é possível. Vamos testar. Como foi o teste? Quanto custa o domínio, o nome Inventivos? R$50 por ano. É isso o que eu preciso, registrar o domínio, ver se as pessoas vão acessar esse site e colocar vendendo. Então a gente lança a Inventivos como um protótipo, um mínimo produto viável, porque eu preciso de um portal, e começo as vendas. Em 5 dias a gente tem 463 pessoas pagantes. Sim, funciona, a gente testou. Viu que tem demanda. E a gente teve que mudar em tempo real tudo, porque o dinheiro entrou. Então testem antes de gastar energia, tempo e dinheiro pra fazer isso acontecer.

Me: É difícil empreender no Brasil?

Monique: Sim, é difícil empreender no Brasil. Principalmente se você é uma pessoa preta, periférica, mulher ou faz parte das maiorias silenciadas. Fim. O racismo vai estar ali todo dia, o machismo vai estar ali todo dia. LGBT fobia também. Então não é só pensar no negócio, somos atravessados e atravessadas por tantas questões, que fazem com que a gente paralise muitas vezes. Você está vendendo e no processo de venda você sofre racismo, como lidar com isso? O acesso ao crédito, por exemplo, a gente sabe que empreendedores negros tem acesso negado muito mais do que empreendedores não negros e não indígenas. E assim por diante, então sim é difícil empreender no Brasil se você faz parte das maiorias silenciadas.

ME: E o que que falta na mente empreendedora brasileira?
Sobre ter a mentalidade empreendedora é um exercício, mas que envolve algumas coisas antes. A gente tem medo de errar porque não temos a chance de errar. Não dá pra errar. Se você é uma pessoa preta, periférica, não tem a chance de errar. Crescemos nesse universo do medo do erro. Eu tive muito medo do erro. Mas um exercício que eu fiz era muito nesse lugar de - o que eu sei fazer? Por que era só eu, né? Não tinha como ser outra pessoa fazendo, então naquele momento a única coisa que eu coloquei na minha cabeça era: o que eu sei fazer e o que eu consigo fazer com aquilo que eu tenho? E algo sem sofrimento também. Se no caso de uma pessoa do Piauí o que ela sabe fazer é cozinhar, talvez seja por ali que ela deva começar. Fim. Não precisa analisar mais nada. Agora, a partir do momento que deu o passo 2, ou seja, as vendas começaram, têm que recorrer sim, ou pede ajuda ou aprende a parte de gestão, a parte de finanças e por aí vai. Então assim, nesse lugar da mentalidade empreendedora é muito sobre começar com o que tem e o que sabe fazer. Eu não acho que nem que iniciar pirando demais. O próximo passo é realmente pedir ajuda.

Me: Você sempre teve essa cabeça inquieta, de pensar na frente, fora da caixa?

Monique: Minha mãe sempre disse que eu era uma criança madura demais. Enquanto outras crianças queriam brincar, eu queria assistir jornal. E quando eu entendi, a partir do Desabafo Social, que eu podia criar coisas interessantes, e no meu caso negócios, eu planejei isso. Por que tem isso aí de tá acontecendo e a gente vai no fluxo. Mas se está funcionando esse fluxo eu preciso, intencionalmente, criar outras coisas. Quando eu vi que estava funcionando, eu me vi me planejando em dez anos. Eu queria chegar onde eu estou hoje. Como? Passo a passo também. Então eu realmente coloco no papel as possibilidades. Eu sempre fui assim, mas muito no lugar de ter que virar a chave várias vezes pra ser intencional. Eu entendia que estava vindo muita coisa, mas como eu filtro? Como eu sei dizer sim/não? Como eu tenho responsabilidade, inclusive, quando você não é responsável por aquilo? É uma questão de associação, se eu disse sim pra trabalhar como consultora em alguma empresa, eu tenho responsabilidade sobre isso mesmo não sendo Monique. Tendo A, B ou C. E eu tive que entender tudo isso. Pedindo ajuda, pausando quando deveria pausar – que tá tudo também -, acelerando quando devia acelerar, mas foi planejado. Quando eu vi que era possível, eu desenhei meu caminho nos próximos dez anos, não à toa eu passei o bastão do Desabafo quando fez dez anos pra outra pessoa. E agora eu estou planejando os meus próximos dez anos.


Me: O Movimento Empreender trabalha na perspectiva de incentivar e trazer capacitação para os micro e pequenos negócios, como você enxerga essas pequenas potências que, por exemplo, neste ano, puxaram a criação de empregos formais?

Monique: Mesmo num momento como esse com a pandemia e outras crises que a gente vai enfrentar, são os pequenos negócios que reconhecem a importância da empregabilidade. Por que os unicórnios, olha o que está acontecendo agora no universo das startups, as grandes empresas, que conseguiram grandes rodadas de investimento de milhões de dólares, foram as primeiras que começaram a demitir. É uma falácia hoje ser unicórnio no Brasil e em qualquer lugar do mundo. Na primeira crise demissão em massa. Porque é isso, queimam dinheiro e não pensam em um crescimento sustentável.

Eu aposto cem por cento nos pequenos negócios porque é um crescimento sustentável. O caixa existe, o dinheiro entra, o emprego funciona, desenvolve o território, mesmo que seja um bairro. São cinco pessoas contratadas no bairro, no caso são cinco famílias que mesmo em crise estão empregadas. Então a potência dos pequenos negócios está aí, não só a potência, mas o encanto dos pequenos negócios de continuar fazendo o Brasil se movimentar. O Brasil existe enquanto economia por conta dos pequenos negócios. E pequenos negócios de pessoas que se parecem com a gente, é o norte e nordeste fazendo, são as mulheres movimentando, são as pessoas pretas fazendo tudo acontecer. E por que a gente ficou desesperado nesse movimento da pandemia? Por que pessoas pretas, periféricas pararam de consumir. Então, se a gente tirasse todos os unicórnios por aí talvez o Brasil continuasse existindo, porque os pequenos negócios estavam existindo. Então por que é que a gente não consegue incentivá-los? Por que o crédito e a isenção de impostos que começaram na pandemia para as grandes empresas, não vieram para os pequenos negócios? Por quê? Porque a gente vê o nome pequeno, pequeno demais. Não no lugar da abundância, sempre no lugar da escassez, e esse é o maior erro para os Brasileiros.


Me: Olhando em retrospecto, como você se enxerga hoje e qual a importância desse lugar que você, mulher preta, nordestina ocupa? O que significa?

Monique: Significa tanta coisa. Mas tem um lugar de como não me tornar uma exceção, né? Não é possível que as pessoas achem normal ter apenas uma Monique, sabe? Que eu tenha os direitos básicos atendidos, porque tive ascensão social. Mas ascensão social não embranquece ninguém, muito menos eu. Então tem uma mistura de responsabilidade com fardo, clandestinamente feliz, por que às vezes é tanta tragédia que não dá tempo nem de comemorar. É tanta tragédia que não dá tempo nem de comemorar porque você não demitiu ninguém no meio de uma pandemia. Isso é importante, enquanto tem gente demitindo a gente está contratando, olha aqui! Mas não deu tempo, né? E penso todos os dias também em como continuar passando o bastão. Por isso eu realmente estou focada na Inventivos, porque eu não quero ser a exceção.

Me: No dia 27 de junho você fala no Webinar sobre o tema ‘o que abre portas para um negócio crescer’. Pode nos dar um spoiler?

Monique: Tem algumas coisas. Uma delas é mais do que uma ideia criativa, é ter uma ideia, uma solução que resolva um problema. Por que empreendedor tem um problema sério, que é se apaixonar tanto pela solução, mas não tá resolvendo nada. É só você que gosta. É mais sobre se apaixonar pelo problema, pela dor e ir atrás disso. Esse é um ponto que parece óbvio, mas é o que eu mais falo para os empreendedores. Uma segunda coisa é aquele momento, que foi o meu maior erro, que é ser futurista no tempo errado. Não adianta você visualizar que daqui há dez anos as pessoas vão precisar de algo, se neste momento do mundo as pessoas ainda não entenderam. O nome disso é contexto. Não adianta criar um negócio fora do contexto de agora. Por que fica difícil convencer o público, o cliente, o mercado e a sociedade. Isso é importante.

 

Semana Movimento Empreender

O maior Webinar de 2022 está chegando e você não pode ficar de fora desta incrível jornada. De 20 a 27 de junho, você vai aprender com os maiores nomes do empreendedorismo: Monique Evelle, Nath Finanças, Rijarda Aristóteles e muito mais. O evento é gratuito e com benefícios extra para quem se inscrever com o CNPJ. Faça sua inscrição aqui

 


 

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Semana em Movimento traz 6 dias de Webinar com foco nos micro e pequenos negócios

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00:00 | Jun. 07, 2022 Tipo Publieditorial

Nath Finanças, Monique Evelle, Rijarda Aristoteles, Espedito Seleiro, Gisleine Carneiro e Sebrae. Por trás destes nomes tem muita experiência e na Semana em Movimento eles irão dividir toda essa sabedoria empreendedora em um evento totalmente gratuito. Serão 6 dias de webinar com foco nos micro e pequenos negócios.

Já pensou pegar ensinamentos incríveis direto na fonte? Esse é o intuito do webinar do Movimento Empreender, que acontece de 20 a 27 de junho. Cada dia, um tema diferente. No dia 20/06 (segunda-feira), Alisson Oliveira e Robson Rangel, do Sebrae, falam sobre o novo perfil do consumidor e o impacto dessa mudança para os pequenos negócios.

Na terça-feira (22/06), tem a força do empreendedorismo feminino, com Rijarda Aristoteles, presidente do Clube Mulheres de Negócios de Portugal, que auxilia milhares de mulheres ao redor do mundo a realizarem o sonho do negócio próprio.

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Já no dia 22/06 (quarta-feira), Nath Finanças fala sobre o que mais entende: Gestão Financeira. Em sua linguagem descomplicada, a administradora de empresas, escritora e criadora do canal Nath Finanças, aborda o assunto aplicado à realidade dos pequenos negócios.

Tem dificuldades em seguir metas estabelecidas? Você é uma pessoa de iniciativa ou acabativa? No dia 23/06 (quinta-feira), Alcilane Mota, Mestre em Educação e especialista em Gestão Educacional, vai te ensinar não só a traçar metas, mas a realizá-las.

Já no dia 24/06 (sexta-feira), você será convidado a desvendar duas histórias incríveis de empreendedorismo: a do Mestre Espedito Seleiro, artesão cearense referência nacional e internacional na arte em couro, e Gisleine Carneiro, a jornalista que virou boleira e hoje mais que domina a arte da confeitaria.

Para fechar a Semana em Movimento, no dia 27/06 (segunda-feira), Monique Evelle, fundadora da Inventivos, plataforma de formação de empreendedores - e que está entre os 50 profissionais mais criativos do Brasil - , fala sobre o que abre portas para um negócio crescer?


Benefícios para CNPJ
Os 20 primeiros inscritos que colocarem o CNPJ na ato da inscrição, irão ganhar uma consultoria gratuita do Sebrae em Marketing Digital. Outro benefício disponível para os CNPJ’s que se inscreverem no webinar, é o Diagnóstico Digital. Ferramenta essencial para o planejamento de marketing, ele será desenvolvido e adaptado para a realidade do seu negócio pelo B2POP, empresa do Grupo O Povo de Comunicação especializada em estratégia digital.


Para se inscrever na Semana em Movimento, acesse > aqui

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Nath Finanças: educação financeira para transformar vidas

PUBLIEDITORIAL
06:00 | Mai. 31, 2022 Tipo Publieditorial

Foi em meados de 2018, quando ainda cursava a faculdade de Administração de Empresas, que a fluminense Nathália Rodrigues, hoje com 23 anos, começou a se interessar por finanças pessoais. Percebendo que o assunto, apesar de essencial, não era discutido de forma acessível na internet - especialmente para famílias de baixa renda -, decidiu criar o próprio canal sobre o tema no YouTube. Lá, compartilhava os vídeos gravados com um celular simples e editados precariamente, geralmente a noite ou na madrugada, após um dia cheio. A especialista em finanças é uma das palestrantes da Semana Movimento Empreender,  evento gratuito, que acontece de 20 a 27 de junho. Inscrições aqui.

“Eu trabalhava longe de casa, saía do trabalho para a faculdade e quando chegava, ia editar e fazer tudo sozinha. Tinha dia que eu chorava e achava que não ia conseguir entregar o vídeo da semana”, lembra. Assim, com muita dedicação e apoio dos seguidores nas redes sociais, nasceu a Nath Finanças, apelido que virou não só praticamente a nova “identidade” de Nathália, mas também o nome de uma plataforma que hoje alcança e beneficia milhares de brasileiros.

Em pouco mais de três anos, a empresa passou de uma pessoa “faz-tudo” para uma equipe com mais de dez colaboradores, e saiu do financiamento coletivo para um fenômeno que atrai diversas marcas em busca de campanhas publicitárias - fechadas apenas quando fazem sentido para o propósito do negócio, reforça Nath. Para a administradora, a linguagem simples utilizada para repassar os conteúdos nos vídeos, todos focados em educação e emancipação financeira, foi o diferencial que fez a empresa crescer e se destacar.

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“Já existiam pessoas falando de finanças, mas não era acessível, não era para uma pessoa que começou em um ponto de partida de baixa renda e está crescendo, comprando suas coisas aos poucos”, conta. A empresária destaca que o tema ganhou ainda mais relevância com a chegada da pandemia. “Ainda mais para a mulher chefe de família, para quem não tem uma renda alta”, pontua.

Atualmente, o canal já conta com mais de 230 vídeos, e os materiais produzidos por Nathália e seu time não estão mais só no YouTube, mas também no Twitter (rede na qual ela sempre foi usuária assídua), no Instagram, no TikTok, no LinkedIn e no Spotify, através do podcast "Boletos Pagos". Além dos vídeos, há guias, planilhas e outros documentos gratuitos para auxiliar quem quer se organizar - e não só para pagar as contas, lembra Nath, mas também para estabelecer metas e realizar sonhos, algo que considera essencial a ser considerado, independente da renda.

Além das dicas de “finanças reais para pessoas reais”, focadas na gestão financeira do dia a dia, Nath também ajuda micro e pequenos empreendedores a entender assuntos como fluxo de caixa, precificação, emissão de nota fiscal e requisitos para ser MEI em seus conteúdos. A administradora ressalta que a educação financeira está intimamente ligada ao sucesso dos negócios, e que o empreendedorismo muitas vezes surge a partir de uma necessidade - por isso, estar atento às finanças é ainda mais importante.

“Mais do que nunca, o brasileiro começa a empreender não porque há uma paixão, e sim por necessidade. Isso ocorre principalmente com as mulheres, que às vezes não têm acesso ou não são contratadas porque as empresas não querem contratar mães, por exemplo, aí elas criam pequenos negócios”, explica. Estudar sobre finanças se torna, portanto, a chave para que aquela pessoa ou família obtenha sucesso pessoal e profissional.

Outra questão importante, segundo a empresária, é lembrar que economia e política estão conectadas, como no caso das decisões políticas que impactam a inflação e, consequentemente, o preço dos produtos. “Principalmente nesse ano de eleição, precisamos normalizar a conversa sobre dinheiro”, declara.

Humanizar as finanças para mudar a relação com o dinheiro

Um ponto defendido por Nathália em relação à educação financeira é o estímulo ao pensamento crítico sobre finanças desde cedo. Para ela, os pequenos já convivem com dinheiro ao observar o dia a dia da família, e têm total condição de obter aprendizados relevantes que levarão para toda a vida. “É preciso investir em formas legais de levar a educação financeira para o dia a dia das crianças e adolescentes, porque muitas vezes nós só aprendemos sobre finanças adultos, quando já estamos endividados”, completa.

Pensando na emancipação financeira das novas gerações, Nath aos poucos tem tirado do papel um projeto muito sonhado e que ainda está sendo concluído: um conjunto de ações educativas voltadas para crianças e adolescentes, novo produto da empresa que será lançado ainda este ano.

E, inspirada pelos grupos de estudos online “Nath Estudanças” e pelas palestras que dá em escolas públicas e faculdades, com foco em quem está começando a ter uma vida financeira ativa, ela já pensa em passos ainda mais largos - afinal, como sempre diz, é necessário estabelecer metas e sonhos. “Com a pandemia, ficamos muito tempo online, e agora estamos buscando o presencial, com foco na conexão com as pessoas. Daqui a alguns anos, quero criar o Instituto Nath Finanças, para continuar humanizando a conversa sobre educação financeira”.

Como aprender sobre finanças?

Antes de procurar fórmulas prontas, busque entender um pouco mais sobre quais são as prioridades da sua vida financeira, incluindo metas e sonhos. Trace os objetivos: você quer viajar? Juntar dinheiro para comprar uma casa própria ou um carro? Escreva todos em um papel e divida-os entre metas de curto, médio e longo prazo, sugere Nath. A administradora também afirma que é importante definir um tempo para cada objetivo (5, 10, 20 anos).

Depois, comece a pesquisar e estudar sobre educação financeira e investimentos. Além de órgãos confiáveis que disponibilizam cursos básicos gratuitamente, como o Banco Central do Brasil e a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Nath recomenda o conteúdo de criadores de confiança, como o NoFront - Empoderamento Financeiro e As Investidoras. A empresária também tem playlists temáticas em seu próprio canal, que podem ser acessadas conforme a necessidade do espectador.

Saiba mais

A empresária e administradora Nathália Rodrigues é uma das palestrantes da Semana Movimento Empreender, webinar gratuito realizado pela Fundação Demócrito Rocha (FDR) em parceria com o Sebrae que ocorrerá de 20 a 27 de junho. Para conferir a programação completa e garantir sua inscrição, acesse o link do evento na plataforma Sympla.

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Saiba como usar as principais ferramentas tecnológicas a favor do seu negócio

PUBLIEDITORIAL
06:00 | Mai. 24, 2022 Tipo Publieditorial

A tecnologia tem se tornado cada vez mais o diferencial de muitas empresas. Em uma realidade conectada, é fundamental saber como utilizar as ferramentas ao seu dispor para estimular o crescimento do seu negócio. Para isso, primeiro, é necessário conhecê-las e entender como elas funcionam.

Para auxiliar nesse contexto, o módulo Tecnologias Habilitadoras da Transformação Digital, do curso gratuito Transformação Digital Para Micro e Pequenas Empresas, aborda quatro tipos de tecnologia para orientar o pequeno empreendedor a utilizá-las a seu favor. São elas: dispositivo móvel, computação em nuvem, inteligência artificial e internet das coisas.

Uma das primeiras ferramentas que chama atenção são os chamados dispositivos móveis. Como explica o professor associado do Departamento de Computação da Universidade Federal do Ceará (UFC) e Cientista Chefe de Dados e Transformação Digital do Governo do Ceará, José Macedo, "hoje em dia, os usuários passam mais tempo navegando na web em celulares ou tablets do que em computadores de mesa".

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Por isso, as empresas precisam lançar canais que possam ser acessados adequadamente por meio desses dispositivos. Nesse caso, a aposta deve ser em um design responsivo, ou seja, que ajuste automaticamente o layout e o conteúdo para diferentes tamanhos de tela. Esse tipo de design está disponível em construtores de site acessíveis, como WordPress e Squarespace, com opções gratuitas e práticas para serem aplicadas no seu negócio.

A mídia social também é uma importante ponte para o sucesso da sua empresa, principalmente se tratando de dispositivos móveis. Incentivar seu público a curtir e compartilhar seu conteúdo na internet e se envolver em conversas sobre seus produtos gera engajamento e, consequentemente, crescimento da marca. Aliado a isso, utilizar URLs abreviadas e códigos QR são estratégias que mantém a mensagem direta e prática, evitando que o consumidor seja levado pelas distrações constantes presentes no mundo online.

Para saber mais sobre as melhores práticas para o seu negócio nos dispositivos móveis e em outros tipos de tecnologia, basta se inscrever no curso Transformação Digital para Micro e Pequenas Empresas. A iniciativa é gratuita. Acesse movimentoempreender.com para ter acesso ao conteúdo e utilize seu CNPJ para ganhar benefícios exclusivos.

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