Participamos do
Imagem destaque

Como falar sobre sexualidade e genêro com seus filhos

Especialista dá dicas aos pais e responsáveis a entenderem os desafios do diálogo acerca da temática e como ajudar os filhos na fase do descobrimento da sexualidade
17:29 | Jul. 05, 2017
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

"Mãe, o que é sexo?”. As indagações sobre as diferenças anatômicas do corpo começam já na primeira infância. Depois surgem as divagações sobre sexo, questões de gênero e outras. A dúvida que quase sempre vem à tona aos pais, pegou de surpresa a assistente administrativa Cícera Elisângela, 42, mãe da Sophia, 8, e Stephany, 12. “Sexo é quando se é menina ou menino”, respondeu à filha. A criança não se contentou com a resposta. Pensou, pensou, e foi enfática: ”Não é isso que eu quero saber. Como fazem os bebês?    



A pequena Sophia tem a curiosidade aguçada e vira e mexe aparece com perguntas sobre gênero e sexualidade. Enquanto a mãe ainda tentava encontrar formas de explicar sobre o que é sexo à filha mais nova, eis que surge a pergunta: mulher com mulher e homem com homem pode?


Alguns temas ainda são considerados tabus pela sociedade: gravidez, orientação sexual e questões de gênero, por isso, a assistente administrativa tem dificuldade em conversar com as filhas sobre esses assuntos. Ela não está só. Muitos pais não sabem como devem conduzir esse diálogo, como aponta a pesquisa "Direitos Sexuais e Reprodutivos – O que você tem a ver com isso?".

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

 

Coordenado pelas educadoras Ane Talita Rocha e Natália Landolpho Francisco, do Centro de Direitos Humanos e Educação Popular do Campo Limpo, São Paulo (CDHEP), de 2013, o estudo interpelou sobre a abordagem dialética entre pais e filhos a respeito da sexualidade.

 

Ao todo, foram entrevistados 80 pais e mães, com filhos acima de 12 anos e 75 jovens com idade entres 12 e 16 anos. 58% das mães entrevistadas disse acreditar que, para abordar o assunto com as meninas, deve-se ter uma conduta diferente da abordagem com meninos. 41% delas acham que não. Já os pais, 73% deles afirmam que para falar sobre sexo com meninas, deve sim ser de maneira diferente.



Encontrar o momento e a forma adequada de abordar o assunto ainda é um desafio para os pais. Para Sarah Lopes, psicóloga do Hapvida, uma conversa aberta é a melhor alternativa. É o que explica a especialista em entrevista abaixo.



Em que idade geralmente as crianças começam a fazer perguntas sobre a sexualidade?



As crianças podem começar a fazer estas perguntas por volta dos 3 anos de idade, onde a curiosidade é mais instigada pelas diferenças físicas entre o pai e a mãe ou entre os irmãos e coleguinhas. O primeiro questionamento geralmente é: "Porque eu não tenho "piu-piu"? ou "Onde está o "piu-piu" dela? As diferenças anatômicas surgiram e devem ser respondidas dentro do que os pais podem responder. Ao responder questões para as crianças menores, evitem falar sobre pecado ou que é proibido ou que faz mal, os pais ou responsáveis podem trazer para questões higiênicas, de que ninguém pode pegar porque vai machucar ou vai sujar, por se tratar de regiões realmente sensíveis.

Como os pais podem ajudar seu filho quando ele se identifica com o gênero oposto? O que fazer? Como ajudar?



Esta identificação geralmente ocorre na fase da adolescência. É possível que algumas crianças apresentem já desde mais cedo algumas preferencias ligadas ao gênero oposto, porém, isto pode não significar muita coisa. No momento em que os pais percebam algo, por volta dos 13 ou 14 nos, a melhor forma de ajudar é deixar claro que o adolescente será aceito independentemente de sua condição sexual. Isto poderá fazer com que o adolescente se sinta mais a vontade para conversar com os pais sobre suas dúvidas e seus medos. Muito melhor é quando os pais compreendem. Neste momento, os adolescentes estão confusos com as mudanças corporais, pedagógicas, emocionais e hormonais.



Como os hormônios interferem nas mudanças?



Os hormônios possuem um papel muito intenso nessas mudanças. Alguns adolescentes podem ficar mais ansiosos, mais impulsivos, mudanças corporais como a voz grossa ou até mesmo o surgimento de pelos faciais e pubianos geram um amadurecimento emocional, fazendo com que estes percebam que estão iniciando a fase adulta, com isso, a necessidade de independência e de querer ser ouvido.



Por que é prejudicial os pais abandonarem o filho, caso descubram que ele é transgênero, gay, lésbica ou bissexual?



É prejudicial o abandono em qualquer que seja a condição de qualquer criança ou adolescente. Entretanto, quando falamos em algo que está fora da escolha, os filhos precisam se fortalecer com o apoio dos mais próximos. Muitos pais abandonam os filhos com a intenção de fazer com que o adolescente mude de ideia, mas, não é escolha. Não existe algo que justifique alguém tomar a "escolha" mais difícil. Então, isto é uma condição.



Qual a importância da aceitação dos pais?



A partir do momento que os pais compreendem e aceitam a condição de seu (sua) filho (a), a vida de ambos se torna mais fácil, não só do adolescente. Será mais fácil orientar, conversar, falar também de seus medos de forma mais aberta. Para o adolescente, esta aceitação se torna praticamente definitiva para a sua felicidade, levando em consideração que tudo o que fazemos é muito melhor quando temos a aprovação de nossos pais.

 

                                                                                 

Conteúdo de responsabilidade do anunciante
Imagem destaque
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente
Imagem destaque

Babá, creche ou casa de parente: qual opção escolher?

08:00 | Set. 14, 2017 Tipo

[FOTO1]Dentre os inúmeros cuidados que os pais podem ter após o nascimento dos filhos, um deles é com quem deixá-los após o período de licença-maternidade. Entre as opções mais comuns estão contratar uma babá, matricular o filho em uma creche ou deixá-lo com algum parente de confiança. A escolha correta deve ser: a que melhor se encaixa no dia a dia da família e que passa mais tranquilidade aos pais. Para isso, eles devem pesar prós e contras antes de tomar uma decisão.

"A escolha é bastante pessoal e precisa levar em conta o que será melhor para o desenvolvimento da criança”, afirma a psicóloga Anna Lívia Soares, do Hapvida Saúde. Entre os pontos positivos de se deixar a criança com algum parente, ela destaca a despreocupação para os pais. Para a mãe, essa sensação é importante para “não atrapalhar o aleitamento materno e favorecer a tranquilidade para o trabalho”. Contratar uma babá oferece a praticidade de a criança ficar em casa, com os próprios brinquedos, e ter exclusividade do cuidado. “Por outro lado, é preciso que ela seja de extrema confiança", aponta Anna Lívia.

Optar por uma creche, por sua vez, oferece aos pequenos a possibilidade de interagir com outras crianças, além de a instituição oferecer corpo pedagógico preparado para o Ensino Infantil e ser legalmente responsável pelos alunos. O maior benefício, de acordo com a psicóloga, é o incremento do desenvolvimento neuropsicomotor. “A linguagem, principalmente, desenvolve-se bastante nas crianças que convivem com outras”, afirma.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Entre a creche e a babá

Além de não existir escolha certa ou errada, ela não precisa ser uma “decisão sem volta”. A psicóloga Anna Lívia Soares explica que, às vezes, é necessário testar para descobrir se a criança vai se adaptar e se os pais vão ficar tranquilos. Deixar a criança com babá, tem a praticidade de a criança ficar em casa, num ambiente familiar, com seus brinquedos, a exclusividade do cuidado e a prevenção de algumas doenças transmitidas por outras crianças. Por outro lado, é preciso que ela seja de extrema confiança. Optando pela creche, com um corpo pedagógico preparado, há a convivência com outras crianças, que melhora o desenvolvimento neuropsicomotor e a linguagem. “A escolha deve ser feita de acordo com a realidade de cada família, levando em consideração o melhor para a criança. Pensar os prós e os contras pode ajudar na escolha”, acrescenta.

Nem creche nem babá

Mãe de Pedro, 6, e João, 2, a pedagoga Angela Serpa teve de fazer a escolha. Para ela, que trabalhou fora de casa até o sexto mês da primeira gestação, considerar a possibilidade de outra pessoa ficar com o bebê era um peso emocional. Por conta do apego ao filho, aliado ao intenso fluxo de mama, do alto valor de custos para contratação de babá, e ainda falta de confiança e medo, Angela passou a trabalhar em casa. Dessa forma, pode dar atenção integral, sem deixar de ganhar uma renda. “Mesmo cansada, a sensação de acompanhar o crescimento e estar perto a cada dente que cai é a melhor possível. Eu gosto de cuidar e saber que tá dando certo”, relata a mãe.

Quando completou dois anos, por escolha de Angela, Pedro entrou em um colégio de grande porte. Para ele não passar por uma nova adaptação ao sair da creche para a escola maior, a pedagoga escolheu iniciar os estudos do filho em uma escola que ofereça bom serviço por toda a vida escolar. Segundo ela, o filho mais velho passou por, no máximo, um mês de adaptação. Já com o segundo filho, a experiência foi parecida. Entretanto, a adaptação foi ainda mais rápida. O mais novo já queria seguir os passos do irmão indo para a escola.

Ela não se arrepende da escolha. Hoje, ela não exclui a possibilidade de voltar a trabalhar fora de casa, mas reconhece que, para ela, dividir o tempo com o trabalho e o cuidado com os filhos em casa é o melhor. “Cada mãe analisa as suas possibilidades e vai saber o que é o melhor para o filho. Cada caso é um caso”, pontua.

Conteúdo de responsabilidade do anunciante
Imagem destaque
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente
Imagem destaque

Babá, creche ou casa de parente: qual opção escolher?

08:00 | Set. 14, 2017 Tipo

[FOTO1]Dentre os inúmeros cuidados que os pais podem ter após o nascimento dos filhos, um deles é com quem deixá-los após o período de licença-maternidade. Entre as opções mais comuns estão contratar uma babá, matricular o filho em uma creche ou deixá-lo com algum parente de confiança. A escolha correta deve ser: a que melhor se encaixa no dia a dia da família e que passa mais tranquilidade aos pais. Para isso, eles devem pesar prós e contras antes de tomar uma decisão.

"A escolha é bastante pessoal e precisa levar em conta o que será melhor para o desenvolvimento da criança”, afirma a psicóloga Anna Lívia Soares, do Hapvida Saúde. Entre os pontos positivos de se deixar a criança com algum parente, ela destaca a despreocupação para os pais. Para a mãe, essa sensação é importante para “não atrapalhar o aleitamento materno e favorecer a tranquilidade para o trabalho”. Contratar uma babá oferece a praticidade de a criança ficar em casa, com os próprios brinquedos, e ter exclusividade do cuidado. “Por outro lado, é preciso que ela seja de extrema confiança", aponta Anna Lívia.

Optar por uma creche, por sua vez, oferece aos pequenos a possibilidade de interagir com outras crianças, além de a instituição oferecer corpo pedagógico preparado para o Ensino Infantil e ser legalmente responsável pelos alunos. O maior benefício, de acordo com a psicóloga, é o incremento do desenvolvimento neuropsicomotor. “A linguagem, principalmente, desenvolve-se bastante nas crianças que convivem com outras”, afirma.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Entre a creche e a babá

Além de não existir escolha certa ou errada, ela não precisa ser uma “decisão sem volta”. A psicóloga Anna Lívia Soares explica que, às vezes, é necessário testar para descobrir se a criança vai se adaptar e se os pais vão ficar tranquilos. Deixar a criança com babá, tem a praticidade de a criança ficar em casa, num ambiente familiar, com seus brinquedos, a exclusividade do cuidado e a prevenção de algumas doenças transmitidas por outras crianças. Por outro lado, é preciso que ela seja de extrema confiança. Optando pela creche, com um corpo pedagógico preparado, há a convivência com outras crianças, que melhora o desenvolvimento neuropsicomotor e a linguagem. “A escolha deve ser feita de acordo com a realidade de cada família, levando em consideração o melhor para a criança. Pensar os prós e os contras pode ajudar na escolha”, acrescenta.

Nem creche nem babá

Mãe de Pedro, 6, e João, 2, a pedagoga Angela Serpa teve de fazer a escolha. Para ela, que trabalhou fora de casa até o sexto mês da primeira gestação, considerar a possibilidade de outra pessoa ficar com o bebê era um peso emocional. Por conta do apego ao filho, aliado ao intenso fluxo de mama, do alto valor de custos para contratação de babá, e ainda falta de confiança e medo, Angela passou a trabalhar em casa. Dessa forma, pode dar atenção integral, sem deixar de ganhar uma renda. “Mesmo cansada, a sensação de acompanhar o crescimento e estar perto a cada dente que cai é a melhor possível. Eu gosto de cuidar e saber que tá dando certo”, relata a mãe.

Quando completou dois anos, por escolha de Angela, Pedro entrou em um colégio de grande porte. Para ele não passar por uma nova adaptação ao sair da creche para a escola maior, a pedagoga escolheu iniciar os estudos do filho em uma escola que ofereça bom serviço por toda a vida escolar. Segundo ela, o filho mais velho passou por, no máximo, um mês de adaptação. Já com o segundo filho, a experiência foi parecida. Entretanto, a adaptação foi ainda mais rápida. O mais novo já queria seguir os passos do irmão indo para a escola.

Ela não se arrepende da escolha. Hoje, ela não exclui a possibilidade de voltar a trabalhar fora de casa, mas reconhece que, para ela, dividir o tempo com o trabalho e o cuidado com os filhos em casa é o melhor. “Cada mãe analisa as suas possibilidades e vai saber o que é o melhor para o filho. Cada caso é um caso”, pontua.

Conteúdo de responsabilidade do anunciante
Imagem destaque
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente
Imagem destaque

Atividade física na gravidez: riscos e benefícios

08:00 | Ago. 31, 2017 Tipo

[FOTO1]

A maternidade é um momento de muita alegria, mas também de bastante preocupação. Afinal, a mulher carrega uma segunda vida dentro do corpo. Por conta disso, é essencial tomar diversos cuidados com a saúde. Alimentação saudável e exercícios físicos devem fazer parte da rotina da gestante. Entretanto, esses hábitos devem ser tomados sob a orientação médica para evitar possíveis transtornos alimentares. Entre as grávidas, o desejo excessivo para ter um corpo em forma é reflexo do transtorno alimentar conhecido como pregorexia.

Os sintomas estão relacionados a uma descompensação entre alimentação balanceada e atividades físicas. De acordo com a psicóloga Sarah Lopes, do Hapvida Saúde, esse transtorno é causado pela busca da manutenção do corpo e da estética sem preocupação com as consequências. Para a psicóloga, a “moda fitness” é a maior influência para a existência do transtorno.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Assim como a pregorexia, outros transtornos também podem acometer gestantes, como bulimia, anorexia e até obesidade.

Durante a gravidez, é recomendado o aumento de peso entre nove e doze quilos. No primeiro trimestre, é comum a perda de peso por conta dos enjôos. Nessa fase, as atividades físicas devem ser leves por conta da maturação do feto. Caminhada, pilates e hidroginástica são boas opções para serem realizadas durante o período. Após os primeiros três meses, sob acompanhamento de médicos e realização regular de avaliação, os exercícios podem ser um pouco mais intensos, de acordo com a condição da mulher. “Se você já é atleta e possui bom condicionamento físico, pode dar continuidade ao ritmo com as devidas recomendações de seu médico”, aponta Sarah Lopes.

Efeitos

Os cuidados abusivos na busca pelo corpo “sarado” durante a gravidez pode prejudicar o desenvolvimento fetal por conta da nutrição inadequada. Além dos danos para o bebê, a mãe pode sofrer ainda com desnutrição e com alteração da visão corpórea. “A mamãe que se olha no espelho não se sente confortável com o peso nem como a sua estrutura, mesmo sabendo que é temporário e que é necessária a mudança para o desenvolvimento fetal adequado”, explica a psicóloga.

Por essa percepção equivocada do próprio corpo, a mulher busca exercícios físicos e alimentação restritiva como soluções. Entretanto, se não houver acompanhamento de médicos e de instrutores físicos, as consequências podem ser negativas.

Uma alimentação irregular da mãe pode causar má formação fetal, com possíveis danos físicos e neurológicos. Em alguns casos, o transtorno alimentar pode desencadear doenças, como também, no momento do parto podem ocorrer algumas complicações. Para se desenvolver de forma saudável até o nascimento, é essencial que o bebê receba todos os nutrientes da mãe.

Em relação às atividades físicas, o que se deve evitar são esportes de contato e uso excessivo de força. Exercícios na medida recomendada – nem para mais, nem para menos – contribuem para dar condicionamento físico adequado e preparação para o parto. Porém, se realizados de forma intensa, pode comprometer a saúde de mãe e filho. Mudanças drásticas na temperatura corporal, dores musculares agudas e sangramentos são consequências de excessos.

Cuidados

Para evitar a existência de transtornos alimentares, é necessário o acompanhamento médico regular de ginecologista/obstetra, nutricionista e psicólogo. Sarah Lopes aponta que o tratamento da pregorexia está diretamente ligado ao modo como a mulher se vê.

Segundo Sarah, é indicada uma psicoterapia pautada pela Terapia Cognitivo Comportamental. Essa técnica busca reestruturar pensamentos distorcidos com causas emocionais que têm reflexos comportamentais.

Conscientização

Há um mês com o pequeno Lucca nos braços, a estudante de Nutrição Camila Barros, 26, manteve as atividades físicas até o 33º mês de gestação. Sob orientação de médico obstetra, educador físico e nutricionista direcionado a gestantes, Camila praticou musculação a partir do terceiro trimestre de gestação.

[FOTO2]Segundo ela, os exercícios contribuem para evitar cansaço e inchaço, além de melhorar a respiração e gerar disposição física. Além disso, a estudante reconhece que a atividade fez a diferença, sobretudo no momento pós-parto. “Com certeza, os alongamentos fizeram total diferença para a recuperação, eu senti que não fiquei com muito inchaço”, reconhece.

Durante o período gestacional, o instrutor eliminou exercícios mais puxados e incluiu mais alongamentos. Camila explica que a cada dois meses fazia avaliações físicas para ver os resultados e fazer alterações dos exercícios. Considerando as atividades, ela cumpria um plano alimentar especial para ter a nutrição adequada dela e do bebê. Com o suporte médico, ela não deixou de lado o gosto pelo esporte durante o período. Enquanto aguarda a recuperação total para voltar à academia, Camila aproveita o bebê em casa.

Conteúdo de responsabilidade do anunciante
Imagem destaque
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente
Imagem destaque

Atividade física na gravidez: riscos e benefícios

08:00 | Ago. 31, 2017 Tipo

[FOTO1]

A maternidade é um momento de muita alegria, mas também de bastante preocupação. Afinal, a mulher carrega uma segunda vida dentro do corpo. Por conta disso, é essencial tomar diversos cuidados com a saúde. Alimentação saudável e exercícios físicos devem fazer parte da rotina da gestante. Entretanto, esses hábitos devem ser tomados sob a orientação médica para evitar possíveis transtornos alimentares. Entre as grávidas, o desejo excessivo para ter um corpo em forma é reflexo do transtorno alimentar conhecido como pregorexia.

Os sintomas estão relacionados a uma descompensação entre alimentação balanceada e atividades físicas. De acordo com a psicóloga Sarah Lopes, do Hapvida Saúde, esse transtorno é causado pela busca da manutenção do corpo e da estética sem preocupação com as consequências. Para a psicóloga, a “moda fitness” é a maior influência para a existência do transtorno.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Assim como a pregorexia, outros transtornos também podem acometer gestantes, como bulimia, anorexia e até obesidade.

Durante a gravidez, é recomendado o aumento de peso entre nove e doze quilos. No primeiro trimestre, é comum a perda de peso por conta dos enjôos. Nessa fase, as atividades físicas devem ser leves por conta da maturação do feto. Caminhada, pilates e hidroginástica são boas opções para serem realizadas durante o período. Após os primeiros três meses, sob acompanhamento de médicos e realização regular de avaliação, os exercícios podem ser um pouco mais intensos, de acordo com a condição da mulher. “Se você já é atleta e possui bom condicionamento físico, pode dar continuidade ao ritmo com as devidas recomendações de seu médico”, aponta Sarah Lopes.

Efeitos

Os cuidados abusivos na busca pelo corpo “sarado” durante a gravidez pode prejudicar o desenvolvimento fetal por conta da nutrição inadequada. Além dos danos para o bebê, a mãe pode sofrer ainda com desnutrição e com alteração da visão corpórea. “A mamãe que se olha no espelho não se sente confortável com o peso nem como a sua estrutura, mesmo sabendo que é temporário e que é necessária a mudança para o desenvolvimento fetal adequado”, explica a psicóloga.

Por essa percepção equivocada do próprio corpo, a mulher busca exercícios físicos e alimentação restritiva como soluções. Entretanto, se não houver acompanhamento de médicos e de instrutores físicos, as consequências podem ser negativas.

Uma alimentação irregular da mãe pode causar má formação fetal, com possíveis danos físicos e neurológicos. Em alguns casos, o transtorno alimentar pode desencadear doenças, como também, no momento do parto podem ocorrer algumas complicações. Para se desenvolver de forma saudável até o nascimento, é essencial que o bebê receba todos os nutrientes da mãe.

Em relação às atividades físicas, o que se deve evitar são esportes de contato e uso excessivo de força. Exercícios na medida recomendada – nem para mais, nem para menos – contribuem para dar condicionamento físico adequado e preparação para o parto. Porém, se realizados de forma intensa, pode comprometer a saúde de mãe e filho. Mudanças drásticas na temperatura corporal, dores musculares agudas e sangramentos são consequências de excessos.

Cuidados

Para evitar a existência de transtornos alimentares, é necessário o acompanhamento médico regular de ginecologista/obstetra, nutricionista e psicólogo. Sarah Lopes aponta que o tratamento da pregorexia está diretamente ligado ao modo como a mulher se vê.

Segundo Sarah, é indicada uma psicoterapia pautada pela Terapia Cognitivo Comportamental. Essa técnica busca reestruturar pensamentos distorcidos com causas emocionais que têm reflexos comportamentais.

Conscientização

Há um mês com o pequeno Lucca nos braços, a estudante de Nutrição Camila Barros, 26, manteve as atividades físicas até o 33º mês de gestação. Sob orientação de médico obstetra, educador físico e nutricionista direcionado a gestantes, Camila praticou musculação a partir do terceiro trimestre de gestação.

[FOTO2]Segundo ela, os exercícios contribuem para evitar cansaço e inchaço, além de melhorar a respiração e gerar disposição física. Além disso, a estudante reconhece que a atividade fez a diferença, sobretudo no momento pós-parto. “Com certeza, os alongamentos fizeram total diferença para a recuperação, eu senti que não fiquei com muito inchaço”, reconhece.

Durante o período gestacional, o instrutor eliminou exercícios mais puxados e incluiu mais alongamentos. Camila explica que a cada dois meses fazia avaliações físicas para ver os resultados e fazer alterações dos exercícios. Considerando as atividades, ela cumpria um plano alimentar especial para ter a nutrição adequada dela e do bebê. Com o suporte médico, ela não deixou de lado o gosto pelo esporte durante o período. Enquanto aguarda a recuperação total para voltar à academia, Camila aproveita o bebê em casa.

Conteúdo de responsabilidade do anunciante
Imagem destaque
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente
Imagem destaque

Tosse é um sintoma que não deve ser ignorado

08:00 | Ago. 17, 2017 Tipo

[FOTO1]

Desde uma leve gripe, passando por um problema respiratório como asma, pneumonia ou processo alérgico, até refluxo e efeitos colaterais a medicamentos, a tosse é um quadro que pode ter diversas causas. As citadas são apenas algumas da extensa lista de agentes causadores da tosse. Seja ela acompanhada de secreção ou seca, é importante que o paciente fique atento. "A tosse é um sintoma que conta que algo não está ocorrendo bem com o nosso organismo, principalmente na parte respiratória", afirma o otorrino Eduardo Yunes, do Hapvida Saúde.

Para ele, a primeira atitude do paciente deve ser evitar a automedicação. "Se começar a tossir, é importante identificar o que está acontecendo. Se for um quadro que esteja incomodando muito, que não dá para esperar pelo atendimento médico habitual, é importante procurar a emergência", completa.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Na emergência, um clínico geral ou um pediatra (em casos de tosses em crianças) podem fazer esse primeiro atendimento. Após o alívio do incômodo, três especialidades podem fazer o acompanhamento do caso e identificar a causa da tosse: otorrinolaringologista, pneumologista ou alergologista.

Causas

Desde criança, a assistente pedagógica Bárbara Guerra, 27, convive com tosses alérgicas que, por volta dos 14 anos, percebeu piorar em épocas de fortes ventos na Cidade. "Final de agosto, começo de setembro, quando começa a ventar, já entope o nariz e preciso respirar mais pela boca. Aí começa a tosse. Até meus olhos ficam irritados, é horrível", conta.

[FOTO2]

Em Fortaleza, na época dos ventos fortes (nos meses de agosto, setembro e outubro) é percebido o aumento dos casos de tosses. Para Yunes, o evento tem relação. “Essa época do ano, em que temos mais ventos, tende a gerar uma tosse mais específica relacionada à parte alérgica. Isso porque os ventos trazem mais poeira. É comum que as pessoas sintam a garganta raspando mais, coçando, irritando, tendo mais pigarro”, afirma.

Segundo o otorrino, alguns fatores que podem provocar a tosse são: processo alérgico, refluxo (principalmente a tosse seca noturna), asma, bronquite, processo de faringite alérgica, processo infeccioso como pneumonia, sinusite, doenças que precisam de antibiótico e que podem complicar se não forem tratadas corretamente.

Acompanhamento médico

Se as idas ao otorrino já eram algo constante nos cuidados de Bárbara com as tosses, um susto no ano passado fez das consultas periódicas algo ainda mais indispensável. "Na última vez, a tosse alérgica abriu espaço para uma bactéria oportunista na minha laringe", relata. Como a bactéria foi atípica, ou seja, não demonstrou sintomas de quadro bacteriano, a assistente pedagógica seguiu tratando como tosse alérgica. "Eu tossia tanto que perdia o fôlego."

Com a piora do quadro, ela voltou ao otorrino e precisou fazer tratamento à base de antibióticos. "Graças a Deus, fiquei boa antes de atingir os pulmões, onde poderia virar uma pneumonia mesmo", relembra. Atualmente, além das consultas, Bárbara faz um tratamento de medicina preventiva com acompanhamento médico, já para evitar maiores ocorrências. "Devido à reincidência de problemas assim, este ano estou utilizando medicina preventiva."

Para evitar a piora dos sintomas, Yunes destaca que é importante se manter longe dos agentes causadores da tosse. “Evite contato com poeira, mudança bruscas de temperatura, cheiros fortes como cloro, produtos de limpeza e perfume, além da fumaça de cigarro.” Ele alerta que crianças e pessoas com mais de 70 anos tendem a sofrer mais com os sintomas.

O médico reforça, ainda, que, ao perceber que os sintomas estão persistentes, é de extrema importância que o paciente procure o médico, uma vez que a tosse pode ser causada por diversos fatores. “Por mais simples que seja, mesmo que não esteja incomodando tanto, a tosse pode ser o indício de que algo mais sério está por vir e, quanto mais cedo tratado, maiores são as chances de cura”, completa.

Conteúdo de responsabilidade do anunciante
Imagem destaque
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente