Colégio Guri Sênior

Educação: não podemos tapar sol com peneira

É inegável que a pandemia afetou os estudantes em vários aspectos. Merecem destaque a defasagem na aprendizagem dos conteúdos, a desconstrução das habilidades de cumprir rotinas e as dificuldades na regulação emocional

Os dois anos de aulas on-line, síncronas e assíncronas, no ambiente familiar, muitas vezes sem o acompanhamento dos pais, levaram a maioria dos alunos a não cumprir horários, a ignorar a obrigação de fazer as atividades escolares e a postergar os estudos.

Por outro lado, essas crianças não entendiam a razão pela qual viviam aquele contexto de reclusão, nem por quanto tempo estariam proibidas de estar com seus pares e de frequentar a escola, e tudo isso gerou um grave prejuízo emocional.

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É verdade que a escola redobrou os esforços para minimizar esses prejuízos, fazendo chegar ao lar dos alunos aulas lúdicas, brincadeiras, canções, tudo para que eles vivessem - nem que fosse um pouco - a escola dentro de casa.

O retorno em 2022 é uma oportunidade para agir. No Colégio Guri Sênior, 2022 é o Ano da Esperança e da Atitude. Preparamo-nos para receber as crianças sedentas da energia do ambiente escolar.

Nosso primeiro passo foi realizar avaliações diagnósticas, e constatamos que a maioria apresentava defasagem cognitiva, conjugada com dificuldades no controle das emoções.

Deparamo-nos com crianças que não mais sabiam lidar com o outro, que manifestavam baixa tolerância à frustração e, ao mesmo tempo, mostravam-se ansiosas e excessivamente preocupadas nos momentos em que eram cobradas.

Percebemos também o quanto a falta de monitoramento permitiu que muitas dessas crianças tivessem acesso ilimitado à Internet, inclusive a conteúdos não indicados para a faixa etária.

Encerramos o primeiro semestre de 2022 e concluímos que muitas deficiências já foram sanadas devido às intervenções pedagógicas implementadas.

No entanto, verificamos que não poderíamos sair de férias com as crianças que não avançaram, afinal não se pode reprovar o aluno e sair de férias.

Com o propósito de recuperar as deficiências de aprendizagem, propusemos uma programação de aulas para os alunos que mais necessitavam e, contando com a colaboração de professores conscientes, oferecemos mais quinze dias de aulas no mês de julho de 2022, sem ônus para os pais dos alunos.

Sabemos que essa atitude não resolverá todos os problemas, mas, sem ela, muito menos. Mantendo o foco nas estratégias de recuperação das aprendizagens, certamente minimizaremos as consequências da pandemia e contribuiremos para que os alunos não se desestimulem e continuem avançando. O tempo que passou não volta nunca mais.

Por Francisca de Assis Barbosa
Diretora Pedagógica do Colégio Guri Sênior

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