Enem 2023: estudantes comentam expectativas para segundo dia de prova

Portões dos locais de prova do Enem 2023 no Ceará abriram ao meio-dia. Ao todo, são 241.978 candidatos inscritos no Estado

O segundo e último dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 é realizado neste domingo, 12. Os portões abriram ao meio-dia, e muitos estudantes já aguardavam do lado de fora dos locais de prova até o fechamento, às 13 horas.

Ao todo, 241.978 pessoas estão inscritas no Ceará. Isto representa 6,2% das mais de 3,9 milhões em todo o Brasil. No Estado, são 718 locais de prova e 8.575 salas de aplicação.

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Na Universidade Estadual do Ceará (Uece), os estudantes começaram a chegar por volta de 11 horas. Sob o sol de Fortaleza, os candidatos se organizaram para aguardar em fila paralela ao muro da Universidade.

Pontualmente ao meio-dia, os portões da Uece se abriram e quem esperava se aglomerou para entrar. O fluxo seguiu tranquilamente, com estudantes chegando de forma espaçada e já adentrando o local em busca de suas salas.

Gabriel de Moura da Silva, de 17 anos, aproveitou a sombra do muro para aguardar. O estudante faz o Enem pela primeira vez neste ano, visando ingressar no Bacharelado em Química da Universidade Federal do Ceará (UFC).

“Estou tranquilo, tentando tratar como se fosse um dia qualquer para não ficar nervoso. Isso não ajuda”, disse o aluno da E.E.M. Adauto Bezerra. Para a segunda prova, ele afirmou que seguirá uma dica dada por professores: priorizar as questões fáceis e que o estudante sabe resolver.

Acompanhada do pai, Ana Beatriz, 16, chegou à Uece às 11 horas. Ela está treinando para realizar o Enem de novo em 2024, com foco em Psicologia.

O objetivo é "já ter ideia de estratégias e como melhorar meus erros. Até mesmo entender como economizar o tempo", relatou a estudante.

Beatriz acredita ter mais dificuldade no segundo dia, por conta dos conteúdos voltados a cálculo. "Não vim tão preparada, mas ano que vem vai dar certo", disse. A moradora do Bonsucesso explicou ter "estudado a base" do que é cobrado no Enem, neste ano.

A presença de cálculo na prova, por outro lado, tranquiliza Gabriela Maria, 16, que também faz Enem pela primeira vez. "Estou um pouquinho mais calma porque me dou melhor com números. Pretendo começar pelas questões com gráficos e menos texto", explicou.

A mãe da jovem, Márcia da Silva, é enfermeira e destaca seu orgulho pela filha, inclusive pela decisão da filha de fazer a prova como treineira. No próximo ano, quando Gabriela fizer a prova novamente, seu objetivo será seguir os passos da mãe e cursar Enfermagem.

"Estou muito confiante que ela vai se desenvolver. Sempre dou meu apoio, vou deixar ela na sala, até onde puder. Estou sempre do lado dela", contou a mãe.

Em 2024, Márcia também pretende ser candidata do Enem e passar pelo processo ao lado da filha, com a meta de avançar na área de saúde e cursar Medicina.

"Estamos nos preparando juntas. Eu mais, com ela. Porque tudo dela é mais atual, a didática dela. Estou renovando minha didática antiga e aprendendo com ela", relatou Márcia.

Já na EEEP Maria José Medeiros, no bairro Papicu, local de prova voltado a pessoas no espectro autista, candidatos usaram a música para se acalmar antes do exame.

Mateus Bastos, 26, chegou às 11 horas no local. Já graduado em Engenharia Civil, ele é diagnosticado com transtorno generalizado de ansiedade. O estudante revelou que a música lhe mantém focado. Mateus citou Shawn Mendes, Linkin Park e Bruno Mars como artistas que ajudam nisso.

André Luís, 20, também usa a música como ferramenta de concentração. O morador do bairro Ellery está no nível 1 do espectro autista e escuta músicas do gênero punk para conseguir lidar com os estímulos externos.

Enquanto André ouvia música, a mãe, Adriana Sampaio, 45, fazia crochê. Ela relatou ter levado dois rolos de linha para dar início a uma encomenda de cliente: dois tapetes.

Mãe e filho chegaram cedo, então Adriana viu a oportunidade de desopilar — algo em que o crochê lhe ajuda. "O crochê é bom porque passo o tempo e fico pensando em outras coisas. Já tive muito problema de ansiedade, preocupações. Aí vou e faço um crochêzinho para distrair a minha mente", contou a atendente.

Com informações das repórteres Eduarda Porfírio e Lara Vieira

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