Com atuação na integração do São Francisco, Agis assume trechos da Transnordestina
Segundo o presidente da empresa de engenharia, José Lima, início da fase de mobilização já começou e execução dos serviços preliminares está programada para janeiro
Os dois últimos trechos da ferrovia Transnordestina, que tiveram a ordem de serviço assinada no último dia 11 de dezembro em solenidade realizada no Palácio da Abolição, em Fortaleza, terão uma nova empresa operadora dos serviços, a Agis.
Atuante em engenharia e com histórico de 90 anos na construção pesada, mineração e sistemas integrados, conta a seu favor experiências no Ramal do Agreste da Transnordestina, com 70 km de extensão, além do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), com 140 km.
O presidente da companhia, José Lima, destaca que o cronograma para os trechos 9 e 10 da ferrovia no Ceará já iniciou com a fase de mobilização nestes últimos dias do mês de dezembro. A execução dos serviços preliminares está programada para janeiro de 2026.
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O projeto no Estado é dividido em 11 trechos. Até então, nas licitações anteriores, a Marquise Infraestrutura estava tocando a parte construtiva após vencer uma série de licitações.
Apesar do desafio de assumir a parte final da obra, o presidente da Agis destaca que já vinha participando dos processos competitivos relacionados aos trechos anteriores, "tendo realizado estudos técnicos sobre essas etapas do empreendimento".
Além da Transnordestina, a empresa possui operações em andamento em outros 11 estados.
Questionado sobre os principais desafios técnicos dos trechos 9 e 10, José destaca a logística de execução.
"Em relação aos aspectos técnicos, o principal desafio do empreendimento está na logística de execução, considerando a necessidade de atuar simultaneamente em diversas frentes de serviço ao longo de aproximadamente 97 km de extensão. A Agis possui ampla experiência em obras de porte e complexidade semelhantes", pontua.
A Agis não divulga o valor da contratação em função de regras de concorrência do contrato, no entanto, conforme O POVO publicou no último dia 11 de dezembro, os trechos restantes receberão R$ 942 milhões para serem executados.
Os recursos serão liberados pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). No último dia 22, a entidade aportou mais R$ 700 milhões, por meio do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FNDE). Ao todo, os investimentos no projeto já ultrapassaram R$ 5,3 bilhões.
O movimento ocorre ao passo em que se realizou, no último dia 19 de dezembro, o primeiro teste de carga, saindo do Piauí e chegando a Iguatu (CE). Por meio da ferrovia foram transportadas 1 mil toneladas de milho para atender uma agroindústria cearense.
A previsão de conclusão de todos os pontos da Fase 1 da Transnordestina, de Eliseu Martins (PI) até o Porto do Pecém (CE), é em 2028. Serão 1.200 km de extensão, permitindo a integração de regiões produtoras do interior aos portos do litoral.
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