Na prévia do PIB, Ceará avança pelo segundo mês consecutivo

Na prévia do PIB, Ceará avança pelo segundo mês consecutivo

Dados do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), do Banco Central, apresentam vigor da economia cearense, que avançou 0,6% em outubro

A economia cearense apresentou alta de 0,6% no mês de outubro no Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), medido pelo Banco Central. Esse é o segundo mês consecutivo de crescimento no indicador dessazonalizado, considerado a prévia do produto interno bruto (PIB).

O desempenho do Estado ficou acima da média Nordeste, que fechou o mês variando 0,1%.

O levantamento também traz informações sobre a variação da atividade econômica no período de três meses. No Ceará, o indicador ficou estagnado, com variação zero. Na Região, a média foi negativa em 1,6%.

Entre os vizinhos nordestinos, a economia de Pernambuco avançou 0,2% no mês. Já a da Bahia subiu 1%, o melhor desempenho do Norte e Nordeste.

Dentre os estados com as atividades econômicas mais relevantes e que fazem parte do IBCR, o melhor desempenho no mês de outubro foi o de Goiás, com alta de 2,7%, seguido do Rio de Janeiro (+2,2%) e da Bahia (+1%).

Estado com o maior PIB do País, São Paulo apresentou resultado negativo no IBCR de outubro, com retração de 0,8% na atividade econômica. No trimestre, a queda é de 0,4%.

Para o economista Alex Araújo, a atividade econômica cearense ficou um pouco abaixo da esperada para o mês e avalia que a tendência é que o movimento persista em novembro.

Ele observa que o alto nível de endividamento das famílias impediu maior consumo, mas acelerou a partir da liberação do 13º salário dos trabalhadores formais, o que deve ser percebido nos dados do fechamento do ano.

“Alguns indicadores específicos apresentaram desaquecimento leve, mas continuamos crescendo por conta da inércia, mas a uma velocidade menor. Somente com o pagamento do 13º vimos um aquecimento maior, então, veremos uma concentração do consumo muito forte em dezembro”, pontua.

O economista destaca que o movimento impacta especialmente a economia nacional neste segundo semestre. Pelo lado do Ceará, a “gordura” acumulada no começo do ano deve proporcionar um resultado de PIB superior à média nacional em 2025.

De acordo com dados observados ou sazonalizados, que permitem um recorte longo mais fiel - incluindo setores como agropecuária, indústria e serviços -, o Ceará apresenta um desenvolvimento de 1,8% na atividade econômica no período de 12 meses até outubro.

Já no acumulado de janeiro a outubro, o avanço é de 1,6%. Os valores são inferiores à média do Nordeste, que em 12 meses avançou 2,5% e em 2025 acumula alta de 2,1%.

Em suma, a atividade econômica cresceu em todas as cinco regiões do Brasil na comparação entre outubro deste ano e de 2024, no índice observado.

A maior alta, de 3,2%, ocorreu na região Norte. Em seguida, aparecem Nordeste (2,6%), Centro-Oeste (1,6%), Sudeste (1,2%) e Sul (1,1%).

Dos 13 Estados acompanhados pelo BC, somente dois registraram queda no período: São Paulo (-0,9%) e Paraná (-0,6%). Nos demais houve alta.

O maior aumento foi registrado no Rio de Janeiro (7,0%). Na sequência, aparecem Amazonas (5,7%), Goiás (4,7%), Bahia (4,0%), Santa Catarina (3,1%), Espírito Santo (2,5%), Pernambuco (2,3%), Ceará (1,7%), Pará (1,7%), Rio Grande do Sul (1,3%) e Minas Gerais (1,1%).

Entre as regiões, no acumulado do ano, o maior crescimento é do Centro-Oeste (5,8%), seguido por Norte (3,4%), Sul (2,9%), Nordeste (2,1%) e Sudeste (1,6%). Em 12 meses, a maior alta regional também é do Centro-Oeste (5,9%). (Com Agência Estado)

Dados da atividade econômica do Ceará, segundo o Banco Central - IBCR-CE / Out-25

  • CE
    Dados dessazonalizados
    Variação mensal (out-out): 0,6%
    Dados sazonalizados
    Variação trimestral (ago-set-out): 0,9%
    Variação no ano (jan-out 2025): 1,6%
    Variação em 12 meses: 1,8%
  • Nordeste
    Dados dessazonalizados
    Variação mensal (out-out): 0,1%
    Dados sazonalizados
    Variação trimestral (ago-set-out): 2,2%
    Variação no ano (jan-out 2025): 2,1%
    Variação em 12 meses: 2,5%
  • PE
    Dados dessazonalizados
    Variação mensal (out-out): 0,2%
    Dados sazonalizados
    Variação trimestral (ago-set-out): 0,9%
    Variação no ano (jan-out 2025): 0,3%
    Variação em 12 meses: 1,1%
  • BA
    Dados dessazonalizados
    Variação mensal (out-out): 1%
    Dados sazonalizados
    Variação trimestral (ago-set-out): 3,0%
    Variação no ano (jan-out 2025): 3,1%
    Variação em 12 meses: 3,1%
    Fonte: Banco Central

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