Com R$ 21,99 bi até novembro, arrecadação do Ceará deve bater recorde
No acumulado do ano, a arrecadação avançou 7% em relação ao ano passado. Projeção da Sefaz-CE é superar recorde obtido em 2024, de R$ 22,5 bilhões
A arrecadação de impostos ao Tesouro Estadual já superou a marca de R$ 21,99 bilhões entre janeiro e novembro deste ano. De acordo com o titular da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz), Fabrízio Gomes, a expectativa é fechar com número superior ao ano passado.
Em 2024, o Ceará arrecadou R$ 22,54 bilhões, no que foi a melhor marca da história.
Nos primeiros 11 meses do ano, o tributo que mais contribuiu com a receita foi o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com mais de R$ 19,47 bilhões.
Depois vêm os valores obtidos com o Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA), de R$ 2,10 bilhões, com o Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Bens ou Direitos (ITCD), de R$ 222 milhões, além de R$ 194,9 milhões oriundos de taxas e outras fontes.
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Ao O POVO, Fabrízio revela que, até essa altura do ano, a arrecadação do Estado cresceu cerca de 7%, o que, segundo ele, coloca o fisco cearense em uma posição de destaque em relação aos demais estados, que estão observando redução das receitas por conta de desaceleração econômica.
O titular da Sefaz destaca o papel que os incentivos fiscais têm neste processo, permitindo a atração e a ampliação de negócios em setores estratégicos, “estimulando a economia de forma direta”.
Fabrízio celebra que esse conjunto de fatores tem “produzido uma economia cearense saudável”, com maior atividade, geração de emprego e renda e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
“A arrecadação no estado do Ceará, de janeiro a novembro, tem crescido algo em torno de 7%. Ainda estamos fechando alguns números, pois eles são contabilizados até o fim do ano. Mas quando comparamos com outros estados, o Ceará tem crescido também acima da média no quesito arrecadação”, destaca.
Sobre o cenário para 2026, Fabrízio aponta que o alto patamar de taxa básica de juros (Selic) é o principal desafio.
“É necessário que o Banco Central comece uma política de redução da taxa de juros. Por mais que a economia cearense seja resiliente, é preciso que o custo do capital seja menor para o contribuinte e para o empresário que deseja continuar investindo”, enfatiza.
Em meio aos desafios, o titular da Sefaz crava que a postura do Governo do Estado deve continuar em prol de uma política econômica e fiscal equilibrada e sustentável, para que a gestão possa continuar a realizar investimentos.
“Já contabilizamos até agora um investimento superior a R$ 4,8 bilhões. Isso mostra toda a solidez fiscal do Estado, o equilíbrio de suas receitas e despesas. Mas queremos avançar e precisamos de um setor privado com dinamismo”.
Arrecadação total do estado do Ceará - Série histórica recente
- 2021: R$ 17,70 bilhões
- 2022: R$ 18,94 bilhões
- 2023: R$ 19,29 bilhões
- 2024: R$ 22,54 bilhões
- 2025*: R$ 21,99 bilhões
*Janeiro a novembro
Fonte: Sefaz/Governo do Estado
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