Diretor do Fed defende mais cortes de juros e vê política monetária ainda muito restritiva

Diretor do Fed defende mais cortes de juros e vê política monetária ainda muito restritiva

O diretor do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) Stephen Miran reforçou que, apesar do corte na taxa de juros de 25 pontos-base realizado na semana passada, a política monetária americana segue "muito restritiva". Ele argumentou que a inflação subjacente do país já está próxima da meta de 2% e ressaltou que não vê as tarifas como o "fator principal" que possam elevar a inflação nos EUA.

Em entrevista à CNBC nesta segunda-feira, Miran reconheceu, porém, que "ainda pode haver inflação induzida por tarifas". Já sobre o outro lado do mandato do Fed, o diretor salientou que "estamos longe de um estresse severo no mercado de trabalho, neste momento". Ele ainda voltou a defender que o banco central precisa tomar decisões de política monetária com base em projeções, não em dados, e por isso reforçou sua hipótese de que a autoridade deve fazer política monetária "já pensando em 2027".

"A dependência de dados é excessivamente retrospectiva. Isso levará a decisões ruins por causa das defasagens", disse Miran. "Futuras dissidências vão depender das decisões de política. Eu gostaria que os juros caíssem mais", acrescentou.

Miran ainda se esquivou de responder sobre a provável indicação do presidente Donald Trump para o próximo presidente do Fed. "O nome do Kevin é ótimo para o banco central", brincou o diretor sobre o primeiro nome dos dois atuais mais cotados para substituir Jerome Powell: o ex-diretor do Fed Kevin Warsh e o conselheiro econômico do republicano Kevin Hassett.

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