Dólar recua em linha com exterior à espera de corte de juro e sinais do Fed -
O dólar opera em baixa, alinhado à desvalorização externa frente a seus pares fortes e moedas emergentes latino-americanas e o rand sul africano. Investidores precificam expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve e de manutenção da taxa Selic no Brasil em decisões que serão anunciadas à tarde.
Também é esperado um placar dividido do Fed, o que gera certa parcimônia entre os investidores e limita a valorização do real e pares emergentes. Alta firme de 1,85% do minério de ferro e sinal positivo do petróleo também beneficiam as divisas de países exportadores de matérias-primas, como o real.
Investidores aguardam a coletiva de Powell e a atualização das projeções econômicas em meio a uma redução nas expectativas sobre o número de novos cortes em 2026 devido aos sinais de desinflação lenta no país. Em relação ao mercado de trabalho, a pesquisa ADP semanal mostrou criação de empregos no setor privado americano e o relatório Jolts crescimento na abertura de vagas em setembro e outubro, na comparação com agosto.
Na agenda desta quarta-feira, 10, o IPCA de novembro subiu 0,18% ante alta de 0,09% em outubro. O resultado ficou em linha com a mediana das estimativas (intervalo de 0,16% a 0,26%). A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 3,92%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 4,46% até novembro, ante taxa de 4,68% até outubro.
Na cena política, sondagem da Paraná Pesquisas mostra que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) lidera todos os cenários na disputa pela reeleição em São Paulo, à frente dos possíveis candidatos apoiados pelo presidente Lula (PT) para 2026.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a aprovação do projeto de lei do devedor contumaz na Câmara é uma muito boa notícia para os contribuintes sérios. Segundo ele, se ficar provado que alguém é devedor contumaz, com a nova legislação, essa pessoa pode ter a empresa fechada e ser obrigado a sair do mercado.
Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que a autoridade monetária "ainda está em uma boa posição na política monetária" e sinalizou novas revisões nas projeções econômicas.
A União Europeia fechou acordo provisório para alterar a Lei Europeia do Clima, estabelecendo meta intermediária obrigatória para 2040 de redução de 90% nas emissões líquidas de gases de efeito estufa em relação a 1990.
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente