Prisão de dono do Banco Master é defendida por 94% dos brasileiros, aponta AtlasIntel

Prisão de dono do Banco Master é defendida por 94% dos brasileiros, aponta AtlasIntel

Desejo pela Manutenção de Daniel Vorcaro na cadeia mostra consenso nacional sobre a gravidade do caso

Uma pesquisa da AtlasIntel apontou que para 85,8% da população brasileira o caso da liquidação do Banco Master é “muito grave”, enquanto para outros 10,9% consideram a situação “grave”. A pesquisa ouviu tanto a população em geral quanto clientes do Banco Master.

Ainda mais contundente é o percentual de brasileiros que defendem que o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, deveria continuar preso até a conclusão das investigações por 94,1% dos entrevistados, ante 2,3% que acham que ele deveria responder em liberdade.

Segundo o relatório da AtlasIntel, “a liquidação do Banco Master gerou uma onda de indignação que atravessa espectros políticos e classes sociais no Brasil”, acrescentando que “os dados revelam um cenário de severa desconfiança nas instituições fiscalizadoras e judiciárias, além de expor a responsabilidade das corretoras na distribuição dos produtos da instituição”.

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli de decretar sigilo nas investigações, por exemplo, é rejeitada por 83,3% da população, que avalia que o sigilo “aumenta o risco de impunidade”.

Entre os clientes do Banco Master, a pesquisa revela que o relacionamento direto foi de apenas 1,5%, enquanto 90,4% chegou ao banco via corretoras. Entre as plataformas utilizadas, as três primeiras foram as seguintes:

  • XP Investimentos, com 58,1% dos investidores.
  • O BTG Pactual, com 12,6%.
  • A NuInvest, com 11,6%

A pesquisa também mostra que 73% dos respondentes da população geral afirmam que investir em bancos menores com rendimentos muito elevados é "um risco elevado".

Além disso, a percepção de que o risco era conhecido reflete na opinião sobre o ressarcimento pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), mostrando uma divisão na opinião pública. Quando questionados sobre quem investiu acima do limite garantido (R$ 250 mil):

  • 35,3% acreditam que "a pessoa deve assumir o prejuízo, pois conhecia o risco".
  • 32,8% acham que o investidor deveria receber 100% do valor.

Ou seja, enquanto há solidariedade com as vítimas por parte expressiva dos entrevistados, mais de um terço atribui responsabilidade individual ao investidor pela busca de retornos agressivos.

Segundo o relatório, “a reputação do sistema financeiro foi abalada não apenas pela fraude em si, mas pela resposta das instituições”. Assim sendo, a descrença na fiscalização é alta. Um total de 51,7% afirmam que o Banco Central não fiscalizou adequadamente o Banco Master,

O impacto no comportamento do investidor pode ser visto pelos seguintes números: 26,6% afirmam que evitarão bancos médios daqui para frente e 20,6% pretendem diversificar mais suas carteiras.

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