Salário mínimo em 2026 deve ser de R$ 1.627, indica Governo

Projeção é menor que a divulgada anteriormente, de R$ 1.631; valor deve ser conhecido nos próximos dias, após divulgação do INPC

11:01 | Nov. 30, 2025

Por: Carlos Viana
O salário mínimo é usado como base de gastos do Governo Federal, como aposentadorias, pensões, seguro desemprego e abono salarial. (foto: Pixabay / Pexels)

O salário mínimo em 2026 deve ser de R$ 1.627. A proposta está em um documento enviado ao Congresso pelo Governo Federal, e é menor que a divulgada anteriormente, de R$ 1.631.

A diminuição do valor justifica-se pela queda na inflação, um dos índices utilizados para definir o valor do piso salarial no Brasil.

Nos últimos meses, os produtos e serviços têm subido menos que o esperado, o que reflete numa inflação menor, que impacta diretamente no valor do salário mínimo.

Se confirmado o novo valor, o salário mínimo em 2026 terá um reajuste de 7,2%, se comparado ao atual, de R$ 1.518.

No entanto, o valor do salário mínimo só será conhecido nos próximos dias, após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Salário mínimo no Brasil: como é definido e no que impacta?

Para a definição do valor do salário mínimo, são considerados dados como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nos últimos 12 meses até novembro, além do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. No entanto, o reajuste não pode ultrapassar 2,5% acima da inflação, conforme o Arcabouço Fiscal.

O salário mínimo é usado como base de gastos do Governo Federal, como aposentadorias, pensões, seguro desemprego e abono salarial.

Ao enviar o documento ao Congresso, o Ministério do Planejamento não pediu corte nesses gastos, uma vez que a decisão cabe aos parlamentares.

"De todo modo e tudo o mais constante, a projeção menor tem o efeito de reduzir os gastos com aposentadorias, pensões e outros benefícios. No entanto, a atualização da projeção depende de outros fatores, como a variação da base de beneficiários, cabendo ao Congresso avaliar a conveniência e oportunidade de alterar as estimativas dos gastos previdenciários e sociais durante a tramitação do PLOA [projeto de Orçamento]", informou a pasta.