Correios coloca 1,5 mil bens usados à venda no Ceará
Foram postos à venda computadores e bicicletas. Ao mesmo tempo, a estatal tenta se recuperar da maior crise financeira pela qual já passou
Os Correios colocaram à venda cerca de 1.590 itens considerados inservíveis para as atividades da estatal no Ceará. Entre os bens disponíveis estão microcomputadores, notebooks, impressoras, bicicletas, cadeiras, condicionadores de ar e geladeiras.
Os interessados podem visitar os materiais na unidade da empresa em Fortaleza, na Avenida Almirante Tamandaré, 75 – Praia de Iracema, até esta sexta-feira, 28, das 8 horas às 16 horas.
Os bens serão ofertados em lotes, por dispensa de licitação, e serão vendidos ao proponente que apresentar a maior oferta. As propostas devem ser enviadas até as 17 horas do dia 28 de novembro de 2025, por meio de uma das seguintes formas:
- Correspondência (carta ou ofício, via postal) para Avenida Almirante Tamandaré, 75 - Praia de Iracema, Fortaleza-CE, CEP 60060-913;
- Mensagem eletrônica, com proposta digitalizada para os e-mails: [email protected] ou [email protected];
- Entrega presencial, na Seção de Bens Móveis dos Correios no Ceará (SBEM/GEPAS/COSUP/SE/CE), no mesmo endereço acima.
Correios ao meio de crise; Saiba mais
A venda dos bens ocorre em meio à maior crise financeira da história da estatal.
Os Correios enfrentam queda de receita diante do aumento da concorrência privada e a obrigação legal de atender todos os municípios brasileiros. Muitos deles com operações deficitárias.
Para garantir o funcionamento da empresa e financiar o plano de recuperação, a direção negocia um empréstimo de R$ 20 bilhões, com garantia do Tesouro Nacional.
Anteriormente, o presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, afirmou que o programa de reestruturação no curto prazo está focado na redução de despesas e na diversificação das fontes de receita, com ampliação do portfólio de produtos e serviços.
“O objetivo final é a recuperação estrutural da empresa, para que a gente tenha uma nova companhia funcionando com estabilidade e tranquilidade no futuro próximo”, disse.
Os resultados negativos vêm se agravando. Em 2022, a estatal registrou prejuízo de R$ 767 milhões. No ano seguinte, houve uma leve melhora, com déficit de R$ 596 milhões.
Mas, em 2024, o rombo aumentou significativamente, chegando a R$ 2,59 bilhões.
A diretoria reforça que, apesar de ter perdido o monopólio das entregas no país, os Correios mantêm a responsabilidade de atuar em todo o território nacional. Inclusive em áreas remotas e pouco lucrativas, o que pressiona ainda mais as contas.
Com Agência Estado