BNP diz que prestou serviço ao Sudão permitido em lei após tombo de ações com veredicto nos EUA

BNP diz que prestou serviço ao Sudão permitido em lei após tombo de ações com veredicto nos EUA

O BNP Paribas declarou que pretende recorrer de decisão judicial nos Estados Unidos relacionada ao seu alegado papel em dar ao governo sudanês acesso aos mercados financeiros internacionais durante o genocídio de Darfur, ocorrido há cerca de duas décadas. A instituição disse, em comunicado, que ofereceu serviços financeiros que eram permitidos pelas leis europeias e suíças em vigor.

"Não há dúvida alguma de que o banco lutará contra este caso e utilizará todos os recursos disponíveis. Acreditamos fortemente que este veredicto deve ser anulado em recurso", observou o BNP. "Gostaríamos também de afirmar que, durante os anos em que o banco operou, ele o fez fornecendo serviços financeiros essenciais a pessoas e empresas no processamento de transações bancárias civis normais. Não há relação de causalidade entre as nossas transações bancárias normais e os demandantes."

As ações do BNP Paribas caíram 7,7%, para o nível mais baixo em seis meses na segunda-feira (20) em Paris, após um júri federal de Nova York considerar o banco francês responsável pelo pagamento de US$ 20,75 milhões em indenizações civis a três demandantes sudaneses em uma ação coletiva movida em nome de refugiados que fugiram da violência e perseguição, e testemunharam sobre abusos de direitos humanos sob o ex-presidente Omar al-Bashir.

Eles alegaram que o BNP Paribas facilitou transações para o governo sudanês entre 2002 e 2008, permitindo a campanha de limpeza étnica, deslocamento e assassinato em massa, de acordo com seus advogados.

"Mais uma vez, o BNP Paribas reafirma que este resultado é claramente errado e ignora importantes evidências", afirmou o banco.

Em 2014, o BNP Paribas fez um acordo com as autoridades dos EUA, concordando em pagar quase US$ 9 bilhões e se declarou culpado de violar sanções contra o Sudão, Irã e Cuba. Na época, o BNP Paribas reconheceu o uso de bancos no exterior para processar mais de US$ 20 bilhões em transações vinculadas a empresas e agências governamentais no Sudão, quando o país estava envolvido em algo rotulado como genocídio pelos EUA e outros países.

Embora esse processo tenha se concentrado em possíveis violações de sanções, o julgamento encerrado na sexta-feira (17) centrou-se em saber se a prestação de serviços financeiros pelo BNP Paribas foi uma "causa natural e adequada" dos ferimentos que os sobreviventes sofreram de limpeza étnica e violência em massa.

O analista do AlphaValue, Sylvain Perret, disse que a compensação que o banco poderia ser forçado a pagar pelo restante dos demandantes poderia chegar a uma quantia potencialmente maior. O veredicto atual "aumenta consideravelmente o risco de litígio para o BNP no contexto deste caso", acrescentou.

O BNP Paribas afirmou que o veredicto é específico para os três demandantes. "Qualquer tentativa de extrapolação é necessariamente errada, assim como qualquer especulação sobre um possível acordo", disse o banco.

*Com informações da Dow Jones Newswires.

Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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