Taxas de juros oscilam perto da estabilidade ante mercado cauteloso com cenário fiscal

Taxas de juros oscilam perto da estabilidade ante mercado cauteloso com cenário fiscal

As taxas de juros negociadas no mercado futuro iniciaram esta quinta-feira, 16, em baixa, alinhados à fraqueza do dólar ante o real e ao resultado abaixo do esperado do IBC-Br de agosto (0,40%, contra mediana esperada de 0,70%). No entanto, o mercado mantém fixa a atenção em movimentos do governo no Congresso e nas falas de diretores do Federal Reserve, que podem indicar os próximos passos da política monetária americana.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), informou o cancelamento da sessão conjunta do Congresso Nacional, que iria analisar os 63 vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Lei Geral do Licenciamento Ambiental. O cancelamento foi pedido pela liderança do governo no Congresso, devido à falta de acordo em torno da matéria, um indicativo de possível desgaste do governo, o que mantém o mercado em alerta sobre o quadro fiscal.

Na quarta-feira (15) o ministro Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União (TCU), suspendeu os efeitos da decisão da Corte que determinava ao governo a obrigatoriedade de contingenciar gastos para atingir o centro da meta fiscal, e não o piso. Ele atendeu a um recurso da Advocacia-Geral da União (AGU). A decisão tem efeito suspensivo, enquanto não for julgado o mérito do próprio recurso. No documento, a AGU havia alertado para o risco de "prejuízos materiais às políticas públicas" e pedido urgência na deliberação da suspensão, para que não houvesse impacto na elaboração dos próximos Relatórios de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias.

No exterior, o diretor do Federal Reserve Christopher Waller classificou um corte de juros na próxima reunião do banco central americano como a "coisa certa a fazer" para apoiar o mercado de trabalho dos EUA. No entanto, ele afirma que os diretores do Fed não querem cometer erros com a política monetária e por isso recomendou cautela.

Às 9h57, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2027 tinha taxa de 14,025%, ante 14,028% do ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2029 projetava 13,300%, contra 13,301% o ajuste anterior. E a taxa do DI para janeiro de 2030 estava em 13,43%, ante 13,42%.

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