CNI pede para depor em audiência da USTR que acusa Brasil de práticas desleais de comércio

CNI pede para depor em audiência da USTR que acusa Brasil de práticas desleais de comércio

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou nesta segunda-feira, 18, pedido para comparecimento e apresentação de depoimento na audiência agendada pelo Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês) em Washington, em 3 de setembro de 2025. A USTR acusa o Brasil de práticas desleais de comércio internacional.

Em documento assinado pelo presidente Ricardo Alban, a entidade industrial brasileiro disse que o embaixador Roberto Azevedo poderá depor em nome da CNI perante o Comitê da Seção 301.

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"O depoimento do Embaixador Azevedo na audiência deixará claro que o Brasil não adotou atos, políticas ou práticas injustificáveis e que o comércio dos EUA não foi prejudicado ou restringido pelos supostos atos, políticas ou práticas identificados pelo USTR no Aviso do Registro Federal que deu início à investigação atual", diz a CNI. "Seu depoimento também demonstrará que os Estados Unidos e o Brasil mantêm há muito tempo uma relação comercial mutuamente benéfica e que quaisquer medidas restritivas ao comércio tomadas sob a Seção 301 colocarão em risco as fortes e confiáveis cadeias de suprimentos que promovem o crescimento econômico e a prosperidade em ambos os países", completa.

Acusações

Na investigação, o USTR acusa o Brasil em seis temas: acesso ao mercado de etanol do Brasil, desmatamento ilegal, falhas na fiscalização de medidas de anticorrupção, tarifas preferenciais injustas, proteção da propriedade intelectual e políticas relacionadas ao comércio digital e serviços de pagamento eletrônico, o que inclui o Pix. Na defesa, o governo vai contestar os argumentos americanos.

Diversas associações já protocolaram resposta no órgão americano nos últimos dias, considerando as investigações injustas. Entre elas, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro), e Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit).

Nesta segunda, a Embraer também apresentou seu comentário, sustentando que a imposição, pelo governo americano, de restrições à importação da empresa área seria "diretamente contrário aos interesses" dos próprios norte-americanos.

A resposta completa do governo brasileiro também é aguardada para esta segunda-feira, último dia do prazo para defesa.

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