Supersafra de coco e mais de 1,8 mil produtores sentirão tarifaço no CE, diz associação
Quase 90% da produção das duas principais indústrias que beneficiam coco no Estado são vendidas aos Estados Unidos
A fundadora da Associação Nacional dos Produtores de Coco (Aprococo), Rita Grangeiro avalia que o segmento, por ficar fora da lista de exceções publicada pelo governo Donald Trump, pode entrar em crise no Ceará.
Quase 90% da produção das duas principais indústrias que beneficiam coco no Estado são vendidas aos Estados Unidos e o momento é de uma supersafra.
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Ela destaca que a taxação de 50%, que entra em vigor no dia 6 de agosto, pode chegar à ponta. Em um raio de aproximadamente 150 km (de Paraipaba), são pelo mais de 1,7 mil a 1,8 mil produtores.
“É um desastre. Vai impactar o pequeno produtor lá na ponta com a queda no preço. Com os contratos de exportação, eu pagava R$ 1,80 por 1 litro de água de coco. Agora, é esperar que esse preço fique em R$ 1,20, mas já tem gente pagando R$ 1 só pela crise e assim não banca o custo de produção”, aponta.
Segundo ela, o momento do anúncio da tarifação foi o pior possível, pois há uma supersafra sendo colhida.
Isso faz com que, mesmo com as exportações em alta, ainda haja coco cobrando no Ceará. A proporção é comparável ao período de seca extrema ocorrido na década passada, última crise enfrentada pelo setor.
Em julho, total de US$ 3 milhões em água de coco foram exportados somente de uma das cinco fábricas, sendo que 90% da produção foi destinada aos Estados Unidos. Outra operação fabril exportou aproximadamente 80% de sua produção ao país.
Veja lista completa dos 694 produtos isentos da taxa de 50%, segundo a Casa Branca:
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