Juros elevados são principal desafio da indústria da construção, aponta sondagem da CNI

Juros elevados são principal desafio da indústria da construção, aponta sondagem da CNI

As taxas de juros elevadas continuam sendo o principal desafio da Indústria da Construção, segundo Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta segunda-feira (28) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O item foi mencionado por 37,7% dos industriais como maior entrave no segundo trimestre de 2025.

"Os juros altos afetam a indústria da construção de duas maneiras: encarecem o custo do crédito para o empresário, que precisa de recursos para investir, e para o consumidor, que deseja adquirir algum bem do setor", afirma a analista de Políticas e Indústria da CNI, Isabella Bianchi.

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A sondagem aponta em segundo lugar como maior obstáculo para o setor a elevada carga tributária (30,5% das menções), e o alto custo/falta de mão de obra qualificada em terceiro lugar, com 24,6% da citações.

Segundo a CNI, esse cenário propiciou uma deterioração das condições financeiras. Os empresários do setor reportaram maior dificuldade de acesso ao crédito no segundo trimestre deste ano, além de insatisfação com o lucro operacional e com a situação financeira de forma geral.

O Índice de Confiança (ICEI) também recuou em julho, como reflexo da piora da avaliação dos empresários da indústria da construção acerca das condições atuais da economia brasileira e das próprias empresas. O ICEI da Construção ficou em 47,1 pontos. "Ao se afastar da linha divisória, o índice revela que a falta de confiança se tornou mais intensa e disseminada entre os empresários da construção", diz a pesquisa.

Apesar da piora da confiança no setor, as expectativas de número de empregados, novos empreendimentos e serviços, compra de insumos e matérias primas e nível de atividade para os próximos seis meses se mantiveram positivas em julho.

Desempenho

Em junho, o Índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção ficou em 48,8 pontos. Pela metodologia da pesquisa, o indicador varia de zero a 100 pontos. Quanto menor o índice, pior o desempenho do setor. O resultado de junho, foi inferior ao registrado no mês do ano passado (49,9 pontos).

O índice de evolução do número de empregados do setor ficou em 48,3 pontos em junho, também inferior a junho de 2024 (48,8 pontos).

A sondagem também revela que, no mês passado, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) da Indústria da Construção ficou em 66%, uma queda de um ponto porcentual em relação a maio. Segundo a CNI, em sete meses, esse foi o primeiro recuo da UCO. Na comparação com junho do ano passado, o índice é dois pontos porcentuais inferior.

A pesquisa foi feita entre os dias 1º e 10 de julho, com 305 empresas, sendo 118 pequenas, 123 médias e 64 grandes.

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