'Quem vai pagar essa conta mais uma vez são prefeitos', reclama Paes sobre projeto do IR

'Quem vai pagar essa conta mais uma vez são prefeitos', reclama Paes sobre projeto do IR

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), indicou nesta segunda-feira, 7, que o movimento do governo de ampliar a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil é "correto" no sentido de "reduzir o sistema brasileiro injusto de se tributar", mas "quem vai pagar essa conta mais uma vez são prefeitos e prefeitas". "E o governo central vai tratar com todo o seu poder e autoridade de resolver os seus problemas", afirmou.

A fala se dá em meio à pressão de governadores e prefeitos sobre o impacto que o projeto lei do IR pode gerar na arrecadação do imposto de renda retido na fonte (IRRF) pago pelos funcionários públicos estaduais, distritais e municipais. Paes indicou que prefeitos também pagaram a conta pela "benesse na tributação dos combustíveis" às vésperas das eleições 2022.

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Segundo o prefeito do Rio, "o que dá esperança" para os mandatários é o fato de que são atores políticos "muito fortes". "Quando a gente olha para as cidades representadas aqui, para a diversidade das cidades representadas aqui, para a força, a diversidade desse grupo de pessoas, se nós tivermos o mínimo de norte, o mínimo de liderança, o mínimo de capacidade de nos unir, eu tenho certeza que todas essas dificuldades poderão ser endereçadas, se não superadas, e poderão ser minimizados os impactos daquilo que se pretende fazer com os municípios brasileiros", assinalou.

A declaração se deu após Paes avaliar que o País "andou profundamente para trás" com a reforma tributária. "Quando a gente olha pra essa reforma tributária, todos os elogios que podem ser feitos a ela, ela foi uma ruptura profunda com o modelo da Constituição de 1988", afirmou após tomar posse como presidente da Frente Nacional de Prefeitos e Prefeitas (FNP) para o biênio 2025-2027.

"Na hora que você tira a autonomia tributária, a autonomia que os municípios tinham no setor de serviço, na hora que a União mais uma vez consolidou, aqueles tributos que se partilham, que se compartilham em alguns Estados e municípios, a União largou de lado e aumentou a sua carga tributária toda com as malfadadas contribuições destinadas a financiar a Seguridade Social, que não precisavam mais ser partilhadas por Estados e municípios. Foi assim que se aumentou a carga tributária no Brasil", afirmou.

Na avaliação de Paes, o País passa por uma "crise institucional". "É um momento de transição e mudanças e desafios são colocados dentro dos municípios. A gente vive um momento de ruptura institucional", indicou. Segundo o prefeito, há "problemas de representação".

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