Setor de transporte internacional de cargas teme atraso de entregas com alongamento de greve

Auditores fiscais entraram em operação-padrão no último dia 26 de novembro e pressionam o governo federal pela negociação de reajuste no vencimento básico

A greve dos auditores fiscais que vai completar duas semanas nesta terça-feira, 10, está trazendo preocupação ao setor de transporte internacional de cargas, que aponta preocupação com atraso na liberação de mercadorias nas alfândegas do País.

Desde o último dia 26, a categoria adotou operação-padrão, alternando entre liberações no dia seguinte aos voos de transporte de carga e liberações após sete dias. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Internacional Expresso de Cargas (Abraec), antes da greve, “essas remessas expressas importadas eram liberadas no mesmo dia da chegada dos voos”.

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Segundo nota da Abraec, “o acúmulo de mercadorias nos armazéns, que já operam próximos à capacidade máxima, tem elevado os custos com segurança, armazenagem e mão de obra”. a presidente da entidade Mirele Maustchke pontua que a greve se dá “no ápice da movimentação sazonal, e qualquer paralisação neste momento gera frustração para consumidores e prejuízos para empresas de diversos setores, como tecnologia, aviação civil e têxtil”.

Conforme o diretor-executivo do Instituto Livre Mercado (ILM), Rodrigo Marinho, “o impacto gerado neste momento, após a Black Friday e às vésperas do Natal, compromete não apenas negócios, mas também a experiência do consumidor final. É preciso garantir o retorno pleno das atividades essenciais da Receita Federal.”

Já o presidente da Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM) e deputado federal, Luiz Phillipe Orleans Bragança (PL-SP), disse que “os atrasos não se limitam a produtos de alto consumo; eles também afetam mercadorias essenciais, como medicamentos controlados, kits laboratoriais e peças industriais indispensáveis”.

Por sua vez, o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) classificou como “intransigente” a postura do Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) em torno do pleito da categoria de recomposição das perdas salariais e afirmou que o impasse comprometerá o combate às fraudes fiscais.

Em manifesto direcionado ao ministério da Fazenda, Fernando Haddad, e ao secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, auditores-fiscais disseram que suspenderam “projetos sistêmicos em áreas estratégicas, bem como os projetos de enfrentamento de fraudes tributárias bilionárias que inviabilizam a concorrência”.

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