Adece: condições exigidas pela Higer inviabilizaram projeto no Ceará

Estado lançou nota após a empresa chinesa confirmar o cancelamento do projeto de US$ 20 milhões no Estado

A notícia do cancelamento do projeto da Higer Bus no Ceará, publicado com exclusividade pelo jornalista Armando de Oliveira Lima, motivou uma nota da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) sobre a questão.

No texto, a Adece diz que "todas as tratativas para instalação da indústria no estado foram realizadas, desde 2022, quando foi assinado um Memorando de Entendimento".

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A ida de secretários de Estado à China para visitar a sede da empresa e reuniões aqui no Ceará foram citadas como ações no sentido de captar o investimento previsto de US$ 20 milhões.

Mas, completa, que "as condições que a empresa apresentou não eram viáveis para o Estado, pois envolviam suposta garantia de mercado. Outros entes públicos e privados também participaram das negociações." 

Na nota, o Governo do Ceará reforça ainda o compromisso de trabalhar para atrair investimentos, sempre com foco na geração de emprego e renda. Veja a nota completa no fim da matéria.

Entenda a saída da Higer

Há pouco mais de um ano, o diretor para a América do Sul da Higer, Marcelo Barella, esteve reunido com o governador Elmano de Freitas (PT) para dar seguimento às tratativas para a instalação de uma fábrica de ônibus e caminhões elétricos no Complexo do Pecém.

A reunião dava seguimento ao memorando de entendimento assinado em julho de 2022, durante o governo de Camilo Santana (PT).

No entanto, conforme expôs Barella ao colunista Armando de Oliveira Lima, do O POVO, "não houve, por parte do governo do Ceará, nenhuma iniciativa positiva e as conversas não avançaram".

Investimento perdido

Com planos de trazer os modelos elétricos e a hidrogênio da China para serem montados no Ceará, a Higer pretendia atender a demanda pela troca de frotas em cidades brasileiras e da América do Sul a partir de uma planta fabril no Pecém.

Os US$ 20 milhões seriam aplicados para esta estrutura e uma ampliação, que dotaria a unidade da capacidade de fabricar caminhões, estava prevista.

A previsão era de gerar entre 300 e 400 empregos no Estado, além de ampliar a balança comercial cearense com exportações para países como o Uruguai, com o qual a Higer já possui contrato de fornecimento.

"Uma pena, mas tentamos", lamentou Barella ao jornalista do O POVO.

Confira a nota da Adece na íntegra:

Sobre a desistência da empresa Higer Bus de instalar fábrica de ônibus elétricos no Complexo do Pecém, o Governo do Ceará, por meio da Adece, informa: todas as tratativas para instalação da indústria no estado foram realizadas, desde 2022, quando foi assinado um Memorando de Entendimento. Diversas reuniões foram realizadas, além de visita de secretários à sede da companhia, na China. Porém, as condições que a empresa apresentou não eram viáveis para o Estado, pois envolviam suposta garantia de mercado. Outros entes públicos e privados também participaram das negociações.

O Governo do Ceará reforça o compromisso de trabalhar para atrair investimentos, sempre com foco na geração de emprego e renda para os cearenses, oferecendo todas as condições e facilidades para as empresas se instalarem no estado. Porém, a decisão final é da empresa, que, nesse caso, preferiu não ir adiante com os seus investimentos.

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