Enel faz empréstimo de R$ 100 milhões para garantir operações

Documento diz que as operações foram realizadas por causa das condições refletidas do mercado à época; para empresário, acordo pode ser para fechar contas de empresa

A Enel Ceará (distribuidora de energia) informa que contratou um empréstimo em torno de R$ 100 milhões à Companhia Energética do Ceará (Coelce ou Enel Brasil) para terminar as atividades em 2023.

O acordo foi feito por meio de transações para financiar capital de giro. O anúncio foi publicado pela Enel na segunda-feira, 28.

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O empresário Francisco de Queiroz Maia Júnior explica que as operação de financiamentos, normalmente, são realizadas para fechar o fluxo de caixa das despesas correntes e das despesas de investimentos.

“É uma algo normal, de rotina, ocorre dentro das empresas que não conseguiram cumprir o seu orçamento dentro do ano, que eu acredito que seja o que aconteceu”, diz Maia Júnior.

Em relação aos dois contratos, o primeiro foi firmado na última segunda-feira, 21, e tem data de vencimento para 31 de dezembro de 2023. O valor do acordo é de R$ 60.328.185,33 com custo de Certificado de Depósito Interbancário (CDI) acrescido de 0,4% de juros ao ano.

Já o segundo teve início dia 17 de novembro e possui um menor valor, de R$ 40.225.423,27 com custo de CDI acrescido de 0,4% de juros ao ano. O acordo tem data de vencimento para dia 31 de dezembro de 2023.

Segundo o documento, as operações foram contratadas refletindo as condições de mercado vigentes à época da contratação, de acordo com as boas práticas de mercado e anuência prévia da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Em nota, a Enel Ceará informa que os empréstimos foram tomados junto à controladora Enel Brasil para financiar, exclusivamente, o capital de giro da empresa. Veja a nota completa ao final desta reportagem.

Crise na Enel

A empresa prestadora de serviços de energia elétrica em São Paulo e no Ceará enfrenta três Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPIs) nos respectivos estados ao longo deste ano, sendo duas no estado paulista. As três comissões têm por objetivo investigar os serviços prestados pela empresa e apurar possíveis irregularidades.

A Enel também anunciou a saída do presidente Nicola Cotugno na última quinta-feira, 23. O aviso foi dado depois de 20 dias, após mais de 2,1 milhões de paulistas ficarem sem energia. Agora a empresa é comandada por Antônio Scala.

Além disso, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) instaurou um inquérito para investigar o apagão. A procuradoria propôs um Termo de Ajustamento da Conduta (TAC) à Enel no dia 8 de novembro em que a empresa deveria se comprometer com a indenização dos mais de 2 milhões de consumidores.

Confira a nota da Enel

A Enel Ceará informa que os empréstimos foram tomados junto à sua controladora (Enel Brasil) para financiar exclusivamente capital de giro da Companhia. Cabe salientar que trata-se de uma operação comum entre Controladora e Controlada, dentro das regras locais de mercado, cuja divulgação está em consonância com as instruções da CVM”.

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