Onda de calor fez consumo de energia subir 6,5% no Ceará em setembro

De acordo com dados da CCEE, no País, distribuidoras observaram aumento de 6,2% na demanda por energia

O período de onda de calor aumentou o consumo de energia elétrica em 6,5% no Ceará, em setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), 1.729 megawatts (MW) médios foram consumidos.

Desse total de consumo médio, a maior parte (1.506 MWm) foi fornecida ao mercado regulado, que inclui os pequenos negócios e residências. Isso representa alta de 4,9% neste recorte no comparativo anual.

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Participação do mercado livre de energia no Ceará

O mercado livre de energia responde pelo restante da energia distribuída. Segundo o CCEE, houve um aumento de 13,5% na demanda quando comparado a setembro do ano passado.

Como o mercado livre de energia é direcionado aos negócios, o CCEE destaca que os setores que demandaram mais energia no mercado livre foram o de Metalurgia e Produtos de Metais (83% do total distribuído), Madeira, Papel e Celulose (34%), Comércio (26%), Serviços (15%) e Químicos (12%).

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"Em todos esses ramos, quando a demanda de energia elétrica é maior, é um sinal de que estão produzindo mais, ou seja, o consumo de energia no mercado livre está mais atrelado ao desempenho econômico dos setores", diz o CCEE.

Ainda segundo a Câmara, entretanto, especificamente nos ramos de comércio e serviços, também é possível relacionar o aumento de demanda ao impacto do calor. "Por um lado temos o reflexo de um ímpeto inflacionário menor e a alta movimentação em prédios comerciais e, consequentemente, do outro lado, temos um reflexo da onda de calor, que exige maior consumo de eletricidade em supermercados e centros de comércio/serviços, que procuram manter o conforto térmico para os consumidores".

O nível de demanda por energia elétrica em setembro, no Ceará, foi maior do que a média nacional. O Brasil consumiu 68.306 megawatts médios em setembro. Foi um avanço de 6,2% na comparação com o mesmo período do ano passado e também considerada a maior alta em 2023.

No que se refere ao mercado regulado, que inclui o residencial, o uso de ar-condicionado fez a diferença. "Nesse segmento a temperatura tem mais peso. São consumidores que costumam usar mais ar-condicionado nos dias quentes e em setembro, em boa parte do país, inclusive no Ceará, a demanda foi maior".

Aumento de demanda de energia no Brasil com onda de calor, em setembro

De acordo com dados da CCEE, no País, distribuidoras observaram aumento de 4,2% na demanda de residências e pequenas empresas.

Os estados com as maiores taxas de crescimento na demanda por energia elétrica foram o Acre, com aumento de 19,7%, seguido do Rio de Janeiro (+16,8%) e Amazonas (14,6%).

As altas temperaturas também contribuíram para um aumento expressivo na produção das fazendas solares, que entregaram 2.657 MW médios para a rede, um avanço de 42,5% no comparativo anual. Os maiores produtores foram Minas Gerais (1.108 MW médios), Bahia (522 MW médios) e Piauí (277 MW Médios).

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