Cesta básica, ônibus e medicamentos: veja como a reforma tributária afeta o seu bolso
Por tratar da tributação sobre bens e serviços, a medida tem impacto direto no preços dos produtos para os consumidoresO texto da Reforma Tributária, que vai mudar a forma como os impostos são cobrados no Brasil, foi aprovado definitivamente pela Câmara dos Deputados na madrugada desta sexta-feira, 7.
No entanto, por tratar da tributação sobre bens e serviços, a medida tem impacto direto no preço dos produtos para os consumidores. Confira abaixo os produtos previstos a serem impactados.
Também está previsto que os deputados votem as mudanças no texto nesta sexta-feira, 7, a partir das 10h, antes de ir ao Senado. A votação será realizada de forma híbrida. Ou seja, será permitido que os deputados votem de forma remota.
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AssineOs quatro destaques são do Partido Liberal (PL), partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Eles tratam da base de cálculo do imposto, regime específico de cobrança para planos de saúde e benefícios fiscais do ICMS. A expectativa é que todos sejam rejeitados.
Quais bens e serviços podem ficar isentos?
Um exemplo disso é a cesta básica. Isso porque o parecer estabeleceu a isenção dos alimentos presentes na cesta do futuro Imposto sobre Valor Adicionado (IVA).
A definição do que irá compor a cesta básica será feita depois, por uma lei complementar. Os outros alimentos que não entrarem, devem seguir a taxação reduzida.
Além disso, foi criada uma cesta básica nacional de alimentos. Antes, era responsabilidade do estado definir quais produtos estariam inclusos.
Fora a cesta básica, não serão cobrado impostos para outros itens: os medicamentos para doenças graves, como câncer, e os serviços de educação superior (Prouni).
Quais produtos podem ter tributação reduzida?
Os medicamentos e dispositivos médicos, exceto os para tratamentos de cancêr, terão taxação reduzida em 50%. Isso significa que, se o imposto padrão for de fato estabelecido em 25%, será cobrado 12,5%.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), atualmente os medicamentos possuem uma taxação de 33,87%.
Outros bens e serviços receberão 60% da alíquota geral. Veja abaixo:
No projeto, a ideia também é que alguns bens e serviços paguem a metade do valor da alíquota geral. Veja quais são:
- Educação
- Saúde
- Dispositivos médicos e de acessibilidade para pessoas com deficiência
- Medicamentos e produtos de cuidados básicos à saúde menstrual
- Serviços de transporte coletivo
- Produtos agropecuários, pesqueiros, florestais e extrativistas vegetais in natura
- Insumos agropecuários, alimentos destinados ao consumo humano e produtos de higiene pessoal
- Atividades culturais nacionais
Os demais produtos pagarão a alíquota cheia de IVA, que será definida após a reforma tributária.
Veja quais alimentos podem ter isenção de impostos
A Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) elaborou uma lista com produtos que a entidade acredita que deveriam compor a cesta básica nacional. Segundo a instituição, a seleção foi com base no consumo médio em todo o país.
Confira abaixo a lista completa elaborada pela entidade:
Proteínas
- Carne bovina
- Carne de frango
- Carne suína
- Peixes
- Ovos
Farinhas e massas
- Farinha de trigo
- Farinha de mandioca
- Farinha de milho
- Massas alimentícias
- Pão francês
Laticínios
- Leite UHT
- Leite em pó
- logurte
- Leite fermentado
- Queijos
- Soro de leite
- Manteiga
Cereais e leguminosas
- Arroz
- Feijão
- Trigo
Outros
- Café
- Açúcar
- Óleo de soja
- Óleo vegetal
- Margarina
FLV
- Frutas
- Verduras
- Legumes
Higiene pessoal
- Sabonete
- Papel Higiênico
- Creme dental
- Fralda descartável
- Absorvente higiênico
- Produtos de higiene bucal
Limpeza
- Detergente
- Sabão em pó
- Sabão em barra
- Água sanitária
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